7 de junho de 2024

Tragédia no Rio Grande do Sul e show de pornochanchada no Rio de Janeiro

 

Foto: lvan Rocha / Agência Brasil


Enquanto milhões de brasileiros sofriam e choravam devido à tragédia que se abateu sobre o Estado gaúcho, uma imoralíssima e demoníaca festa de blasfêmias e zombarias acontecia no Rio de Janeiro

✅   Paulo Roberto Campos

Causou euforia em certo público e muita indignação em outro, a realização na Praia de Copacabana, no primeiro sábado do mês de maio, do show da pornocantora “Madonna”.

Trata-se de uma americana de terceira idade, cujo objetivo na vida parece ser o de ultrajar Nossa Senhora, utilizando não só seu Nome, mas apresentando-se muitas vezes, de modo blasfemo e sacrílego, em trajes que lembram as vestimentas da Santíssima Virgem. Já ousou também ultrajar seu divino Filho, apresentando-se crucificada como Jesus Cristo. Seus trajes são com frequência negros, lembrando o mundo satânico, misturados com símbolos católicos, fazendo uma paródia da Religião [vide quadro abaixo].

Entre centenas de manchetes, selecionei apenas algumas para transcrever aqui. Uma, do portal TERRA do dia 5 de maio, sintetiza o ocorrido: “Além de simulação de sexo, blasfêmia, beijo lésbico e masturbação, show de Madonna homenageou Che Guevara.” [foto ao lado] Nisso, bem se vê como as coisas semelhantes se atraem, ou seja, perversões morais, comunismo, ódio à Igreja Católica, homossexualismo, orgias etc. “Dize-me com quem andas e te direi quem és”... As fotos de aspectos do show-pornochanchada são impublicáveis, sobretudo em uma revista verdadeiramente católica como a nossa, lida por pais, mães e filhos.

Do portal UOL (5-5-24), com a manchete “Madonna, a maior, faz no Rio a festa da família nada tradicional brasileira”, copio esta informação: “Uma grande roda com bailarinos que simbolizam Jesus e padres com incensários pelo palco criam um dos momentos mais impactantes do espetáculo.”

E na revista FORUM (5-5-24), no subtítulo Tradição, Família e Propriedade, lemos: “Entre beijos trans, homossexuais, gregos, simulações de atos imorais, drag queens, Madonna quebrava a tradição.”

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“DEVIL PRAY”

“O diabo reza” é o abominável título de uma composição feita pela referida pornocantora americana para o seu 13º álbum. A letra musical, além de tratar do tema das drogas, pecados, tentações, Deus e salvação eterna, tem também conotações diabólicas, como se pode constatar neste trecho da canção:

O diabo está aqui para enganar você
Mãe Maria, você não pode me ajudar?
Porque eu estou fora do caminho
Todos os anjos que estavam ao meu redor
Já voaram para longe
O chão sob meus pés está ficando mais quente
Lúcifer está próximo
Segurando as pontas, mas eu estou ficando mais fraca
Me veja desaparecer
E nós podemos usar drogas.

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Quase todas as cidades gaúchas foram atingidas pela tragédia

         Uma grande multidão — atraída e depois enormemente inflada pela propaganda da grande e inescrupulosa mídia —, festejava em Copacabana, enquanto milhões de gaúchos sofriam em consequência das fortes chuvas e enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. Esses nossos irmãos continuam padecendo, pois enquanto escrevo este artigo, em meados de maio, os níveis dos rios subiram em algumas cidades, deixando submersas casas, empresas, lavouras, animais, estradas e pontes. Regiões inteiras estão debaixo d’água, completamente arrasadas ou cobertas pela lama. Pelas fotos, deu-me a impressão de estar vendo zonas de guerra, como se fossem cidades inteiramente bombardeadas.

         Segundo comunicado da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), 90% das empresas do Estado estão em cidades atingidas pelas cheias. “Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais, impactando segmentos significativos para a economia do Estado”, declarou o presidente em exercício da FIERGS, Arildo Bennech Oliveira.

Um boletim da Defesa Civil informou que, dos 497 municípios gaúchos, 463 foram afetados — ou seja, quase todas as cidades. A catástrofe impacta mais de 2 milhões de pessoas; quase um milhão delas se viram obrigadas a abandonar suas casas; incontáveis famílias tiveram seus bens levados pelas correntezas e agora têm dificuldade de obter o básico para sobreviver; escaparam levando apenas a roupa do corpo; foram reduzidas ao estado de pobreza da noite para o dia.

Segundo alguns especialistas, essa calamidade no Sul é pior do que aquela causada pelo Katrina, o furacão e tempestade tropical que em agosto de 2005 inundou 80% da cidade americana de New Orleans, a qual demorou 10 anos para ser reconstruída.

 

Show da pornocantora “Madonna”, no RJ, na Praia de Copacabana
Foto: Fabio Motta - Prefeitura do Rio

O que vimos até agora é apenas a ponta do iceberg

Se é duro dizer que quase 200 pessoas morreram, mais de 100 estão desaparecidas e 806 feridas — de acordo com os dados disponíveis até o momento —, mais triste ainda é ser obrigado a reconhecer que os danos piores ainda estão por vir, pois mesmo depois de as águas baixarem, perdurará infelizmente o dito de que as desgraças nunca chegam sozinhas. Por exemplo, além dos roubos às casas abandonadas e dos casos de estupros — inclusive de crianças! — nos abrigos lotados, começam a aparecer algumas doenças transmissíveis e problemas respiratórios desencadeados pelo contato com águas contaminadas e matérias em decomposição.

O presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, Dr. Alessandro Pasqualotto, declarou que, “como podemos imaginar, essa água está nitidamente contaminada. Ela é escura e deve estar cheia de matéria orgânica, com excretas de humanos e outros animais [...]. Obviamente quem teve contato com esses líquidos corre um risco maior de adoecer”.

Confirma esse parecer o médico infectologista Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold, professor da Universidade Federal de Santa Maria (RS): “As doenças diarreicas são a maior causa de morte por questões infecciosas após desastres hídricos.”

Baseado na cadeia de consequências danosas, como alimentos contaminados, e sequelas que esse tipo de desastre provoca na saúde das vítimas, até mesmo em razão de doenças mentais, o Dr. Carlos Machado, especialista em saúde pública e ciências ambientais, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, afirmou que a catástrofe pode se revelar muito mais grave do que até agora temos constatado: “Cada desastre tem características muito próprias, mas em todos eles os registros constituem só a ponta do iceberg em termos de impacto na saúde.”

Sem falar das enfermidades homogêneas ao transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), agravados pela desestabilização do sistema de saúde, com postos, clínicas e hospitais alagados e/ou danificados.

Segundo o Dr. Machado, há aumento de casos de TEPT, como insônia, amnésia, fobias, ansiedade, depressão e outros transtornos. Também não é incomum que famílias atingidas pelas enchentes tenham que lidar com abuso de substâncias (Cfr. BBC News Brasil em Londres, 15-5-24).

Destruição na cidade gaúcha Arroio do Meio por causa das enchente.
[Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini].


A Cruz como condecoração aos combatentes

É sobretudo em momentos de sofrimentos como esses, causados por tão terrível catástrofe, que devemos dobrar os joelhos e olhar para o Céu, pedindo clemência. O Livro dos Provérbios nos ensina “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria [...]. Repreende o justo e ele te amará” (Pr 9, 8-10). Se essa disposição de alma prevalecer, a tragédia no RS será de molde levar os gaúchos a reconhecerem suas faltas — e a serem nisso imitados pelos demais brasileiros, pois a todos, em grau maior ou menor, podem ser dirigidas as palavras do Evangelho “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar uma pedra...” (Jo 8,7). Assim, a catástrofe, em vez de minorar, poderá engrandecer o Estado gaúcho e todo o Brasil, pois estaremos mais voltados para Deus, Autor de todo bem e de toda grandeza.

A Cruz é símbolo de sacrifício e de luta, mas também de vitória. “Nosso Senhor e Nossa Senhora, quando querem nos condecorar, põem-nos uma Cruz nas costas”, dizia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Deus nos envia advertências e cruzes para nos alertar que os bens materiais, assim como tudo nesta vida terrena, são transitórios, e que somos chamados à vida eterna na glória deslumbrante do Céu.

 

“Pão e circo” e um governo desgovernado

         Ao mesmo tempo em que vimos, de um lado, uma calamidade sem precedentes se abater sobre um Estado inteiro, flagelando incontáveis famílias, vimos, de outro lado, uma folia erótica zombando da instituição familiar — pior, zombando de Deus e de Maria Santíssima — no show de conotações blasfemas, satânicas e pornográficas.

         Seguindo a mesma política do “panem et circenses” do Império Romano, governos desgovernados oferecem atualmente ao povo pão e divertimento, a fim de que ele se esqueça das mazelas, da situação caótica do País e dos desmandos governamentais. É assim que as massas se tornam mais facilmente manipuláveis, e aquele imoral show multitudinário serviu inteiramente a esse objetivo.

Nosso governo perdulário vai se tornando cada vez mais impopular. Na atual emergência sul-rio-grandense, ele, por oportunismo, faz comícios prometendo grandes ajudas às cidades mais castigadas pelas chuvas, aproveitando-se da triste situação para seduzir eleitores.

Até a insuspeita “Folha de S. Paulo” parece ter ficado chocada com o oportunismo na atitude de Lula da Silva, utilizando-se da tragédia como palanque eleitoral, agindo “para ficar bem na foto”. Eis um trecho de um dos artigos daquele periódico no dia 15 de maio:

“O presidente Lula (PT) anunciou nesta quarta-feira (15) medidas para socorrer famílias do Rio Grande do Sul em evento com tom de comício em meio às enchentes que destruíram casas e cidades. O ato ocorreu em São Leopoldo, maior município governado pelo PT no estado, a cerca de 35 km de Porto Alegre e um dos mais afetados pela tragédia. O evento foi marcado por gritos da plateia geralmente usados em campanhas petistas e por elogios a Paulo Pimenta [PT], que é potencial candidato a governador em 2026 e foi nomeado para comandar a pasta extraordinária de reconstrução do RS”.

Apesar de ter recebido vários alertas após o aguaceiro ocorrido na mesma região no ano passado, o governo não tomou medidas preventivas para impedir, ou ao menos amenizar, as presentes cheias. Estando assim enlameado, inclusive por tal negligência, o governo, para escapar das críticas e continuar na farra dos gastos entre os companheiros de partido, faz o mais fácil: joga toda a culpa nas costas do alardeado “aquecimento global”...

Assim, a mesma tragédia poderá se repetir no próximo ano, apesar das vultosas verbas destinadas à reconstrução do Estado. Como geralmente ocorre com governos pouco escrupulosos — já vimos esse filme várias vezes —, o dinheiro público poderá ser mal empregado e/ou desviado. Foi o que aconteceu, por exemplo, no caso da catástrofe que se abateu sobre a região Serrana do Rio de Janeiro, atingida pelas fortes chuvas em 2011. Donde política do “pão e circo”, à qual nos referimos acima.

 

Na “Operação Abrigo Pelo Mar”, Marinha Brasileira mostra plantações submersas no RS
[Foto: Marinha do Brasil/via Fotos Públicas]

“O blasfemo afia ele mesmo a espada que o há de ferir”

O mencionado show de depravação representou o escárnio àqueles que perderam seus parentes, suas casas, suas histórias e outros bens no RS. Representou também o escárnio a todos que naquele momento lutavam pela sobrevivência: bebês, crianças, jovens, adultos e idosos sem alimentos, que faziam de tudo para serem resgatados das águas torrenciais.

Enquanto o espetáculo de pornochanchada se realizava ante uma multidão embrutecida e posta em delírio, milhões de brasileiros eram escarnecidos — particularmente aqueles infortunados que se viram obrigados a fugir de suas casas para acampar em algum lugar desconhecido, inclusive em rodovias, pois tiveram suas regiões evacuadas. Escarnecidos foram também os heroicos voluntários que arriscaram as suas próprias vidas e o conforto pessoal para se empenharem diuturnamente nos resgates e no auxílio aos flagelados.

As vítimas do Rio Grande do Sul foram também escarnecidas por aquela que é considerada a maior rede de TV do Brasil. No pior dia da tragédia, ela dedicou menos tempo à calamidade gaúcha que ao show satânico, o qual despejou, ao vivo e a granel, por seu intermédio, pornografia em incontáveis lares, favorecendo a destruição da inocência de milhões de crianças. Além disso, ela encerrou um de seus programas de notícias — o de maior audiência — aos risos com as notícias sobre o show de perversões morais.

         Escárnio ao Cristo Redentor! Essa zombaria a Nosso Senhor Jesus Cristo não é de molde a atrair a ira divina sobre o Brasil — a sua outrora verdadeiramente querida Terra de Santa Cruz? Deixo a resposta com São João Crisóstomo: “O insensato que lança uma pedra contra o céu não pode atingir os astros, mas expõe-se ao perigo de a ver cair sobre si; assim o blasfemo não atinge o objeto celeste que ataca, mas atrai sobre si a vingança divina. O blasfemo afia ele mesmo a espada que o há de ferir.”

         Pelo contrário, se tal show de zombarias, imoralidades e blasfêmias tivesse sido cancelado — já não digo por amor a Deus, mas ao menos em memória dos incontáveis de nossos irmãos que morriam e sofriam nas cidades gaúchas —, isso não atrairia as bênçãos e graças divinas sobre o nosso País e todos os brasileiros? Ademais, os milhões de dólares que a pornocantora recebeu dos cofres públicos (retirados dos bolsos dos brasileiros), poderiam ser destinados a socorrer mais famílias flageladas.

 

Um dos vários centros de ajuda para os atingidos pela catástrofe 
[Foto: Cristiane Rochol /PMPA].


Reparação a Deus, arrependimento e emenda de vida

         Aos promotores do espetáculo de aberrações, imoralidades e blasfêmias aplicam-se bem as palavras de indignação do Apóstolo São Paulo ao invectivar: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba” (Epístola aos Gálatas, 6, 7). Não se zomba impunemente... pois, como preceitua o divino Decálogo: “Não tomarás o nome de Deus em vão”. Mandamento que não concerne apenas ao seu nome e ao supremo respeito que devemos a Ele, mas a tudo que há de sagrado relacionado ao nosso Redentor. “Quando se ama a Deus, Nosso Senhor, de todo o coração e se vê o seu santo nome profanado da maneira mais revoltante, é impossível suportar isto sem indignação” (São Bernardo de Claraval).

Será que os assistentes daquela fuzarca orgíaca em Copacabana a teriam ovacionado se soubessem das afrontas a Deus e da quebra dos valores visados e escarnecidos pelos organizadores? E se soubessem do que estava encoberto por eles, como os aspectos indecentes e satânicos? — Certamente, uma parte muito maior do público teria se indignado e rejeitado o show bizarro e ultrajante à Religião e à honra dos brasileiros.

Supliquemos a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que faça crescer entre nós a indignação e rejeição a tudo aquilo que é contrário aos Mandamentos de Deus, para que possamos realizar plenamente a nossa grande vocação de Terra da Santa Cruz, tão bem representada pela imagem de nosso Divino Redentor com os braços abertos no alto do Corcovado. 


Rezemos a Deus — por intermédio de Maria Santíssima, Medianeira universal de todas as graças —, pelo arrependimento e emenda de vida dos infelizes pecadores, pois, como afirmou Santa Jacinta de Fátima, “Se os homens não se emendarem, Nossa Senhora enviará ao mundo um castigo como não se viu igual.”

E supliquemos a Ela, sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que faça crescer entre nós a indignação e rejeição a tudo aquilo que é contrário aos Mandamentos de Deus, para que possamos realizar plenamente a nossa grande vocação de Terra da Santa Cruz, tão bem representada pela imagem de nosso Divino Redentor com os braços abertos no alto do Corcovado.

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Dedicação e coragem de Mons. de Belzunce, bispo de Marselha, durante a peste de 1720 – Nicolas André Monsiau (1754-1837). Museu do Louvre, Paris.


O que é preciso fazer nas épocas de grandes calamidades?

               

Em artigo escrito com o título em epígrafe para o jornal “Legionário”, no longínquo 4 de fevereiro de 1945, Plinio Corrêa de Oliveira faz um comentário muitíssimo oportuno, que serve como uma luva para os presentes dias de calamidades e guerras, particularmente aplicável à catástrofe que se abateu sobre o Rio Grande do Sul. 

Basta pensarmos nas cidades flageladas e no simultâneo show, o espetáculo carnavalesco de perversões morais na Praia de Copacabana.

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Sempre fomos contrários aos divertimentos carnavalescos. E especialmente durante o tempo de guerra. Consideramos censuráveis essas orgias de fundo pagão.

Com efeito, há entre todos os membros da grande família humana uma solidariedade objetiva e profunda, que torna indecorosas as diversões feitas em público, e com estrondo, quando tantos homens sofrem nos campos de batalha, e tantas famílias choram nos países em guerra.

A essa solidariedade natural de todos os homens, devemos acrescentar a solidariedade sobrenatural infinitamente mais preciosa, que a todos nos vincula, a todos os católicos, como membros do Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Igreja CatólicaDevemos sentir, como se fossem praticados em nós mesmos, todos os crimes, todas as injustiças que sofrem nossos irmãos [...].

Opressos e perseguidos, nossos irmãos católicos? E nós nos divertimos, divertimo-nos — o que é mil vezes pior — ofendendo a Deus?

Nas épocas das grandes calamidades, é preciso gemer junto ao altar, é preciso rezar, é preciso fazer penitência, é preciso distribuir esmolas. Assim se aplaca a ira de Deus, se vencem os ímpetos desordenados da natureza e se expulsam os demônios.

Pelo contrário, nós abandonaríamos o altar pelo baile, a penitência pela orgia, e esbanjaríamos em futilidades o dinheiro das esmolas. Para quê? Para colocar nas mãos de Deus o látego com que devemos ser punidos?


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