Maria Antonieta
aos 14 anos [Martin van Meytens (1695-1770). Palácio de Schönbrunn, Viena]
Em rememoração dos 230 anos da morte da Rainha Maria Antonieta, que reinou na França de 1774 a 1793, e foi vítima do ódio implacável revolucionário em 16 de outubro de 1793, reproduzimos um comentário do autor desta coluna.
✅ Plinio Corrêa de Oliveira
Maria Antonieta era tão delicada, tão fina, tão formosa, que a simples presença dela comunicava beleza a tudo.
Uma Rainha deve saber fazer-se admirar. Ela dá aos seus súditos a ocasião deste ato de virtude específico e magnífico que é a admiração.
Ela tem a missão de ser como Stella Matutina, uma estrela matutina que quando aparece cintila. Também deve ter uma luz fulgurante, o que é uma forma especial e mais fascinante de brilho.
A Arquiduquesa d’Áustria Maria Antonieta não era só muito bonita, mas possuía uma alma bonita de se contemplar, cheia de vida e alegria — uma alegria séria, dentro de muita elegância, distinção, leveza e superioridade.
Mas tudo isso dentro de uma ascese contínua. Não se é assim na preguiça, agindo de qualquer jeito. Não é fácil, por exemplo, entrar numa sala quase em passo de minueto, com todo o esplendor de uma estrela. Não agir desse modo seria fácil, mas muito vulgar.
A Rainha ouvindo a acusação
no dia anterior ao julgamento [Edward Matthew Ward (1859). Coleção Particular] |
Podemos imaginar a placidez da Rainha e o ato de confiança que ela deve ter feito a Ele naquele momento. Isto deve ter cintilado no Céu mais do que cintilava quando ela entrava num dos salões de bailes do palácio de Versailles. A estrela matutina havia se transformado no símbolo da dor.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 19 de agosto de 1994. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.
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