5 de dezembro de 2023

O Divino Infante nasceu nobre, descendente de Príncipes e Reis, herdeiro do trono de David

Adoração dos Reis Magos – Atribuído a Francisco Varela (1580-1645). Coleção Particular.


Fonte: Editorial da e Revista Catolicismo, Nº 876, Dezembro/2023* 

O Evangelho de São Mateus inicia-se assim: “Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão”. Segue-se extensa lista genealógica, mostrando como Nosso Senhor descende de Príncipes e Reis. O evangelista, no versículo 17, conclui: “Portanto, as gerações, desde Abraão até David, são quatorze. Desde David até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E, depois do cativeiro até Cristo, quatorze gerações”

Conquanto fosse de sangue real, da estirpe do Rei David, o Menino Jesus, devido a uma série de infortúnios, nasceu pobre. São José, o castíssimo esposo de Maria Santíssima e Pai adotivo de Jesus, trabalhou como simples carpinteiro. Foi proclamado pelo Papa Leão XIII “Patrono dos Príncipes lançados no infortúnio”. 

Como herdeiro do trono de Judá, caso essa dinastia estivesse reinando, São José seria Rei. Sobre ele afirmou São Pedro Julião Eymard: “A injustiça expulsou a sua família do trono a que tinha direito, mas nem por isso ele deixa de ser Rei, filho desses Reis de Judá, os maiores, os mais nobres, os mais ricos do universo”. 

O Menino Jesus nasceu da raça de Patriarcas, Reis e Príncipes, por parte de mãe e de pai. Títulos próprios ao Salvador do gênero humano. Entretanto, quando se fala d’Ele, destaca-se quase sempre um só aspecto: nasceu pobrezinho, num estábulo de Belém. Embora isso seja verdade, há outra verdade muito esquecida, que também deve ser lembrada: a altíssima nobreza do Divino Infante. 

É o que desejamos recordar de modo especial com a matéria de capa de Catolicismo comemorativa do Santo Natal, uma vez que é a revista das verdades esquecidas e da denúncia dos erros esquecidos, como, por exemplo, o de se falar de São José apenas como operário e patrono dos trabalhadores. 

Convidando os nossos diletos leitores a refletirem sobre esse tema natalino, suplicamos ao Divino Príncipe de Belém, à sua Santa Mãe, Rainha do Universo, e a São José, de linhagem patriarcal, régia e principesca em linha direta, que lhes concedam copiosas graças e bênçãos de Natal e um Bom Ano Novo. 

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