Afresco, no Vaticano, representando Pio IX no momento da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição |
Dogma proclamado no dia 8 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX
✅ Plinio Corrêa de Oliveira
Em tese, uma pessoa poderia ser concebida sem pecado original e não ter toda a santidade que Nossa Senhora teve. Mas essa exceção única foi-Lhe concedida dentro do mundo de pecadores em vista da santidade que Ela teria, e para que pudesse chegar à santidade perfeita. Não é só santidade, é a excelência em todos os aspectos do conjunto da pessoa. Isto estava para a Imaculada Conceição como o aroma está para a flor.
Com a Imaculada Conceição nossas almas sentem alegria, rememorando que houve na Terra alguém assim. As pessoas sentem-se como se estivessem desmaiadas, prostradas no chão, depois se sentam, levantam-se e se ajoelham para venerar a Imaculada, dizendo: “Tínhamos necessidade de que tivesse havido pelo menos uma pessoa assim, para que todas as coisas boas, santas, grandes, de que são hábeis as coisas dessa Terra, tivessem o próprio élan e justificassem sua marcha ascensional”.
Todas as caminhadas ascensionais tomam força, todas as coisas nobres, belas e grandes tomam alento, se explicam e começam a andar pelo fato de ter havido uma pessoa como Ela. A partir disto, sentem uma forma especial de alegria e um desejo de ir para o Céu.
O dogma da Imaculada ordena as pessoas, concede uma meta-concepção do Universo, ao saber que Ela foi concebida sem pecado original. O céu com todas suas estrelas nasceu para mim a partir do momento que me falaram da Imaculada Conceição. É como um holofote para eu ver e explicar todas as coisas.
Imagine que Deus, por sua ordenação, não permitisse o pecado original. Seriam possíveis outros mundos, outros universos. Assim como se diz que na noite de Natal toda a natureza reverdejou, poder-se-ia dizer que isso ocorreu também quando Nossa Senhora foi concebida. Deus depositou n’Ela todas as quintessências. Acho altíssimo esse tema. Mais alto ainda seria falar de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 12 de maio de 1982. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.
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