Brecha na barragem — com a recusa do ensinamento tradicional da Igreja Católica, uma pergunta se impõe: o Vaticano continuará a se submeter ao lobby homossexual?
✅ Fonte: Revista Catolicismo, Nº 883, Julho/2023
Impressiona como, através de um processo verdadeiramente diabólico — utilizando o método da gradualidade como artimanha para avançar passo a passo sem assustar a opinião pública —, a que extremo está chegando a revolução homossexual.
No início, os ativistas de tal revolução “apenas” reivindicavam o direito de existir; depois, de serem aceitos; mais tarde, de serem aplaudidos; e, nos presentes dias, de que não somente suas condutas sejam ensinadas até nas escolas primárias, mas se tornem leis, como o projeto de “casamento” entre duplas do mesmo sexo.
Nesse processo gradual, uma parte da opinião pública que antes rejeitava o comportamento homossexual, passou a aceitá-lo e a não aceitar que a outra parte o rejeite, e até mesmo a defender as piores ignomínias contra a lei divina e a lei natural. Há inclusive radicais que propugnam as relações homossexuais de adultos com crianças e até mesmo relações zoofílicas.
Assim, gradativamente, ao longo das décadas, a barragem que representava a moral foi sendo forçada, a ponto de a vermos hoje com uma enorme brecha. A partir daí — se não houver forte reação e intervenção divina nos acontecimentos —, estamos a um passo de vermos toda a barragem da moralidade ir por água abaixo. Seria o fim, por exemplo, da instituição familiar como estabelecida por Deus.
Chegou-se a essa anomalia graças à infiltração de ativistas da agenda homossexual em toda a sociedade e até dentro da Igreja Católica, agindo junto a eclesiásticos “modernistas”, inclusive no Vaticano, com vista a obter a aprovação da Igreja para a perversão homossexual e alteração de sua milenar doutrina, que sempre condenou essa perversão como ato “intrinsecamente desordenado”.
Pressionados pelo lobby homossexual, alguns organismos da Santa Sé foram relativizando esta questão moral, ora avançando dois passos, ora recuando um, mas sempre capitulando, favorecendo assim essas relações pecaminosas.
Um marco na citada revolução foi a Declaração Fiducia Supplicans, publicada pelo Cardeal Fernández com aprovação do Papa Francisco, recomendando bênçãos sacerdotais para casais que vivem em situação irregular e duplas do mesmo sexo.
Denunciando essa infiltração, a “homoheresia” e a capitulação do Vaticano, José Antonio Ureta e Julio Loredo — os mesmos autores do best-seller O Processo Sinodal: uma Caixa de Pandora (2023) — acabam de lançar outro livro: Uma brecha na barragem — Fiducia Supplicans sucumbe à pressão do lobby homossexual.
A matéria de capa da presente edição versa sobre este tema, que está causando muito impacto, polêmicas e reações, inclusive de membros eminentes da sagrada hierarquia. Aconselhamos vivamente aos nossos leitores um estudo aprofundado sobre ele, para que saibam resistir eficazmente segundo a moral católica.
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