São Bento, detalhe do afresco de Fra Angelico, Museu Nacional de São Marcos, Florença. |
Neste dia 11 de julho celebramos o grande Patriarca dos monges do Ocidente, o Abade São Bento. Patrono da Europa, seus monges reconstruíram, por meio do cristianismo, aquele Continente arrasado pelos bárbaros.
São Gregório Magno afirma que ele “estava cheio do espírito de todos os justos”, e Bossuet o chama de “síntese perfeita do cristianismo”.
Lutou por uma Europa católica, diametralmente oposta à que hoje se quer construir.
Em sua homenagem reproduzo aqui um belo e evocativo trecho que extrai do livro Em Defesa da Ação Católica (1943), de Plinio Corrêa de Oliveira, à p. 114.
Abadia de Monte Cassino, a primeira casa da Ordem Beneditina, tendo sido instituída pelo próprio São Bento por volta de 529. |
“Amando filialmente a Igreja e todas as Ordens que nela existem, não poderíamos deixar de nesta veneração afetuosa atribuir lugar particularmente sensível à Ordem de São Bento.
Pela admirável sabedoria de sua Regra, pelos extraordinários frutos espirituais que produziu, produz e produzirá sempre na Igreja, pela sua primazia histórica em relação a todas as Ordens do Ocidente, pelo papel que desempenharam na formação da sociedade e da cultura medievais os filhos de São Bento, ocupam eles em nosso coração um lugar de escol, tanto mais firmemente acentuado quanto em suas fileiras contamos alguns dos melhores amigos que tenhamos tido em nossa vida.
Enche-nos de indignação o rumor de que tais erros se possam identificar, ou de qualquer maneira filiar ao espírito de São Bento, sob o pretexto de Liturgia.
Não amar a Liturgia, que é a voz da Igreja orante, é ser, quando nada, suspeito de heresia. Entender que o esforço desenvolvido pela Ordem Beneditina em prol de uma mais profunda compreensão da Liturgia e de sua exata localização na vida espiritual dos fiéis possa trazer inconvenientes, e um absurdo.
E, por tudo isto, reputamos caluniosa qualquer identificação que circunstancias fortuitas, quiçá inexistentes, possam sugerir, entre espírito beneditino e espírito litúrgico autêntico, de um lado, e de outro lado, a estratégia modernista que vimos combatendo e os exageros do ‘hiper-liturgismo’”.
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