27 de novembro de 2011

Uma grande dama brasileira

A Princesa Isabel e o Conde d´Eu com seus três filhos
Diletos Amigos 
Recebi o convite (segue abaixo) para um painel sobre uma grande dama brasileira, a Princesa Isabel, a propósito do aniversário de 90 anos de seu falecimento, e, com prazer, estendo tal convite aos leitores de nosso Blog. Evento que espero não perder de jeito nenhum, pois a “Princesa Redentora” — infelizmente desfigurada por nossos livros escolares — foi realmente uma grande personalidade de nossa Pátria, exemplo de vida para todas famílias brasileiras.

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CONVITE PARA O PAINEL


A catolicidade da Princesa Isabel vista por um bisneto

Expositores: 
D. Bertrand de Orleans e Bragança 
Prof. Hermes Rodrigues Nery 
Dr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca 

Data: 29 de novembro de 2011, terça-feira, 19h00 (recepção) 
Local: Hotel Golden Tulip / Alameda Santos, 85 - São Paulo - SP 

A Princesa D. Isabel passou à História sobretudo pela promulgação, como Regente do Império, da histórica "Lei Áurea" de redenção dos escravos no Brasil.

Imbuída de certeza de que não era mais dado demorar a inteira emancipação dos escravos — cujo primeiro passo fora ela mesmo a empreender com a Lei do Ventre Livre em 1871, na sua primeira Regência — e dando mostras de grande tino político, a Princesa despediu em março de 1888 o Gabinete Barão de Cotegipe, um convicto antiabolicionista, e convocou para a chefia do Governo o Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, ilustre pernambucano simpático à causa abolicionista, o qual, com empenho e habilidade, em menos de dois meses obteve na Câmara e no Senado ampla maioria para a aprovação da Lei que seria por ela afinal promulgada em 13 de maio.

Por relevante entretanto que tenha sido este gesto de determinação e magnanimidade da Princesa Isabel — que lhe valeu o cognome de "Redentora" e a outorga da "Rosa de Ouro", mais alto galardão da Igreja Católica, pelo Papa Leão XIII — ele não esgota as razões de benemerência que a ornam aos olhos dos brasileiros, os católicos especialmente.

Devotados estudiosos vinham pesquisando documentação acerca da religiosidade da Princesa e do fundamento espiritual que animava suas aspirações, seu proceder pessoal, sua conduta na investidura regencial. Esse trabalho resultou na compilação de vasto repertório de fatos reveladores de uma personalidade marcada a fundo pelo espírito sobrenatural, pelo amor de Deus e do próximo e o propósito de buscar a realização de Sua vontade, tanto nas ações privadas quanto nos gestos públicos.

Essa fundada constatação conduziu ao desejo de obter para a Princesa o reconhecimento, por parte da Santa Igreja, de sua assinalada virtude, não só por uma questão de justiça mas também pelo grande bem que a divulgação desse destacado exemplo poderia fazer aos brasileiros.

Incumbiu-se de materializar este anseio o historiador Prof. Hermes Nery, o qual, em audiência com Sua Excia. Revma. o Arcebispo do Rio de Janeiro D. Orani Tempesta, no último dia 19 de outubro, apresentou formalmente o pedido da abertura de um processo canônico de beatificação da Princesa Isabel. Nesse solene ato o peticionário contou com a honrosa companhia de S.A.R. o Príncipe D. Antônio de Orleans e Bragança, em representação da Família Imperial brasileira.

Reveste-se assim da maior oportunidade o Painel que o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira promove sobre a "Redentora" para assinalar o aniversário de 90 anos de sua morte, ocorrido no dia 14 do corrente. Nele serão expositores S.A.I.R. o Príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança, que falará ex abundantia cordis sobre sua Bisavó; o já mencionado Prof. Hermes Nery, que detalhará fatos e razões embasadores do pedido do processo de beatificação da Princesa; e o Sr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca, que tratará da instituição da nobreza e das elites a ela análogas enquanto formadoras da boa ordem social e sustentáculo da realeza.

A Pró Monarquia, associando-se a esta feliz iniciativa e fazendo eco a manifesto desejo de S.A.I.R. o Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, renova o convite já feito, encarecendo a todos os monarquistas e amigos da Família Imperial que prestigiem com sua presença o relevante ato.

Dia 29 de novembro, terça-feira, às 19h00
Hotel Golden Tulip - Alameda Santos, 85 - São Paulo - SP 

Para inscrição, não indispensável mas conveniente para facilitar a acomodação, clique aqui
E para conhecer a íntegra da belíssima carta do Santo Padre Leão XIII à Princesa Isabel, que acompanhou a "Rosa de Ouro", clique  letras apostólicas
Atenciosamente,
Pró Monarquia

26 de novembro de 2011

Para certas feridas não basta apenas band-aid


Paulo Roberto Campos


Teve bom resultado a campanha de católicos espalhados por todo País contra certos programas da rede “Canção Nova”. Isto porque tais programas televisivos eram ancorados por pessoas (p. ex., o deputado federal Gabriel Chalita e seu colega estadual Edinho Silva) que publicamente defendem posições opostas à doutrina católica — o que deixou os fiéis católicos muito perplexos e até mesmo indignados. (Vide artigo abaixo). 


A “Folha de S. Paulo” (21-11-11) noticiou que “A rede Canção Nova, emissora de TV e rádio ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ)”. 


A “gota d’água”, que fez transbordar o copo da indignação católica, foi o programa “Justiça e Paz” comandado pelo deputado petista Edinho Silva, conhecido por seu vínculo com a condenada “teologia da libertação” do ex-frei Leonardo Boff. É inacreditável, mas o petista-esquerda-católica estreou seu programa, no dia 3 de novembro último, com uma entrevista ao Sr. Gilberto Carvalho — principal mentor político de Sr. Edinho, secretário-geral da Presidência, articulador da aproximação entre a campanha de Dilma Rousseff e a “Canção Nova”, a fim de obter apoio ao PT no segundo turno da eleição presidencial.
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Ainda bem que “Canção Nova” tirou do ar aqueles péssimos programas. Deo Gratias! Entretanto, não sei dizer se a decisão tomada foi porque tais programas tinham um teor anti-católico ou porque estava a emissora perdendo audiência dos católicos justamente indignados. Também não tive notícias de alguma retratação pública emitida pelos responsáveis da rede que contrataram aqueles esquerdistas. Se alguém tiver conhecimento disso, seria um favor informar-me. 


O normal seria — pelo menos — um pedido de desculpas formal e um firme propósito de difundir somente programas AUTENTICAMENTE CATÓLICOS, portanto, diametralmente opostos aos programas ancorados pelos esquerdistas, agora defenestrados. A ferida aberta na emissora foi “braba”, profunda e grave demais; e para certas feridas não basta apenas um merthiolatizinho, um bandeidizinho, um soprinho. 


Uma vendetta?
Logo em seguida à campanha do mundo católico contra esquerdistas dirigindo programas na “Canção Nova”, o Ministério Público Federal entrou com uma ação pedindo a anulação das concessões das emissoras de TV “Canção Nova” e “Aparecida”, alegando irregularidades. 


Vingança? Ou será que o PT imitará a inábil, louca e tirânica política adotada por Hugo Chaves que — também alegando “irregularidades” — fechou emissoras e jornais que não se prestavam a fazer propaganda do ridículo mandatário venezuelano? 


Quem viver verá...

18 de novembro de 2011

CANÇÃO NOVA — Já ouvi esta canção... velha favorecedora de posições anticatólicas



Canção Nova tem apresentador a favor da Revolução Homossexual 

Luís Felipe Escocard  



Folheto afirma que católicos
não podem votar em abortistas.
Coletiva do Sr. Edinho Silva
discordando.
A rede de TV Canção Nova estreou um novo programa denominado Justiça e Paz, apresentado pelo Sr. Edinho Silva, com o intuito de falar sobre a doutrina social da Igreja Católica.

O novo apresentador é deputado pelo PT em São Paulo. É sempre bom lembrar que a atuação anticatólica desse partido não se restringe ao campo político, ao defender o MST e o socialismo, mas também moral.

Por exemplo, para o segundo mandato do presidente Lula, o PT estabeleceu diversas diretrizes, entre elas, a de que “o governo federal se empenhará na agenda legislativa que contemple a descriminalização do aborto.”(1)

Além disso lançou o malfadado PNDH-3, – que vem sendo valorosamente combatido pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira – que contém o incentivo à legalização do aborto, ao “casamento” homossexual, à retirada de crucifixos de locais públicos e outras aberrações.

Os deputados contrários ao aborto que pertenciam ao partido ou foram expulsos ou foram pressionados a se desfiliarem. O “católico” Sr. Edinho Silva lá permaneceu…

A então candidata Dilma Roussef, conhecida por ser favorável ao aborto, viu seriamente ameaçada sua candidatura até que houve uma série de censuras aos esclarecimentos que se fazia com relação a ela.

O leitor deve se lembrar dos folhetos da Regional Sul I da CNBB, impulsionado por D. Bergonzini, bispo de Guarulhos. Uma grande encomenda de folhetos foi apreendida pela justiça eleitoral (que mais tarde verificou a legalidade destes) a pedido do PT.

Já adivinhou quem era na época, e ainda é, o presidente do PT paulista, não?

O mesmo que a Canção Nova contratou, e que, à época, afirmou que “os advogados da campanha irão à Justiça Eleitoral para impedir a continuidade da impressão.”(2). Isto porque o documento dos bispos, segundo ele, estaria “abrindo um precedente, criando uma cultura política nociva que nenhum de nós sabemos onde pode chegar. Se resultado eleitoral pode ser alcançado com esse tipo de prática, com mentiras, calúnias, difamações, boatos, efetivamente, a democracia está em risco.”(3)

Além disso, no site do Sr. Edinho encontra-se a notícia (4) de um encontro homossexual na cidade de Araraquara promovido pelo PT “para enfrentar o conservadorismo religioso” nas cidades pequenas. O que diz a notícia sobre o “fervoroso” Sr. Edinho? “O presidente do Diretório Estadual, Edinho Silva, enviou uma saudação aos presentes e reiterou o apoio do Partido nos debates envolvendo o movimento.” 

Na biografia descrita em seu website, afirma-se que “como cristão engajou-se nas pastorais da Igreja Católica e, seguindo os passos da Teologia da Libertação, orientou-se politicamente para o Partido dos Trabalhadores, no qual se filiou em 1985.”

Ou seja, além de tudo, um membro da velha Teologia da Libertação (esta que há anos esperneia por comunismo e que foi condenada pelo Vaticano).

A Canção Nova faz parte da Renovação Carismática Católica, movimento que, segundo alguns, teria surgido e existiria em contraposição à Teologia da Libertação, porque veria nesta muita ação político-social em detrimento da prática religiosa.

A ser assim, seria inexplicável que uma pessoa como o Sr. Edinho Silva tenha um programa televisivo na Canção Nova. Ou então a sobredita rede de TV também simpatizaria com suas ideias? Ou, ainda, quer abrir espaço para “novas ideias”, bem diversas da Doutrina Católica de sempre?

O fato é que já se percebe, especialmente na internet, uma grande perplexidade e apreensão no público que geralmente assiste à Canção Nova ou que achava ser esta um pólo de oposição à Teologia da Libertação.
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Notas: 
1- http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=43228 
2- http://www1.folha.uol.com.br/poder/815617-grafica-recebe-encomenda-de-bispo-para-imprimir-21-mi-de-panfletos-anti-dilma.shtml 
3- http://edinhopt.com.br/noticias/socia-da-grafica-dos-panfletos-ilegais-antidilma-e-filiada-ao-psdb 
4- http://edinhosilva.com.br/2011/08/pt-realiza-1%C2%BA-encontro-lgbt-em-araraquara/

16 de novembro de 2011

Aborto favorece a depressão


Benno Hofschulte 

Segundo ACI/Europa Press, 80% das mulheres que se submeteram a um aborto sofrem de sintomas depressivos, enquanto que 40% pensou em suicidar-se. Estes são os resultados apresentados numa primeira nota técnica de um grupo de trabalho que se dispôs a estudar os aspectos médicos do aborto. Esse grupo estava integrado no Comitê de Especialistas do movimento espanhol “Derecho a Vivir” (DAV).

O resultado da pesquisa, realizada pela psiquiatra da Universidad de Navarra (UNAV) Carmen Gómez-Lavín [foto acima], revela outros sintomas relativamente frequentes entre mulheres com Síndrome Post-Aborto como transtornos da sexualidade (40%), abuso de drogas, particularmente entre adolescentes (30%), alterações de conduta (60%) ou irritabilidade (70%).

Os resultados da pesquisa mostram que, em mulheres que se submeteram a um aborto a mortalidade é entre 3,5 a 6 vezes maior durante o período imediatamente posterior à intervenção e no ano que se segue, do que entre as que dão a luz, principalmente por causa de suicídios, acidentes e homicídios. “A incidência de suicídio é entre 6 a 7 vezes maior do que em mulheres que dão a luz”, indica.

Esses resultados científicos põem em dúvida, na opinião da comissão de especialista do DAV, que a proposta legal do “perigo para a saúde física ou psíquica da mãe”, que atualmente é responsável por 90 por cento dos mais ou menos 113.000 abortos praticados anualmente na Espanha, de acordo com os dados de Ministério da Saúde, “ajude realmente a proteger a saúde da mulher”. Pelo contrário, a comissão do DAV pergunta “se (esta determinação legal) realmente diminui o risco para a saúde psíquica da mãe”. 

Concluindo, o DAV considera que “a evidência científica demonstra que submeter-se a um aborto, longe de melhorar a saúde psíquica da mulher, ocasiona na maioria delas graves transtornos psíquicos”.

12 de novembro de 2011

II Congresso Internacional pela Verdade e Pela Vida

Edson Carlos de Oliveira


A Human Life International (HLI) promoveu em São Paulo, de 3 a 6 de novembro, no auditório do Colégio de São Bento, o II Congresso Internacional pela Verdade e Pela Vida, que reuniu oradores pró-vida de diversas partes do mundo.


Após a abertura, feita pelo Prof. Felipe Néri, do Colégio São Bento, o Pe. Shenan Boquet [foto abaixo], presidente da HLI, alertou os participantes do evento para o fato de que a questão-chave por detrás da “cultura da morte” é a rejeição de Deus e a falta de prática dos Mandamentos. Numa clara referência ao aborto de anencefálicos e à eutanásia, disse que muitas pessoas não são militantes conscientes dessa cultura anti-vida, mas de alguma forma participam dela ao utilizar métodos anticoncepcionais ou ter uma falsa compaixão ao pensar que se pode tirar a vida de quem sofre. 



 O Pe. Shenan destacou que o controle de natalidade é contrário ao sacramento do matrimônio, tema este que outro conferencista, Matthew Hoffman, correspondente para a América Latina da agência de notícias LifeSiteNews, tratou com mais detalhes. Para Hoffman, a origem do movimento homossexual se encontra no estilo de vida promíscuo entre aqueles que não o são e que excluem da prática sexual a procriação como finalidade primeira. Esse desregramento facilitou o êxito da propaganda homossexual.


A palestra de Mons. Dr. Juan Carlos Sanahuja [foto ao lado], formado em jornalismo pela Universidade de Navarra e doutor em Teologia, versou sobre a nova “Religião Universal”, de fundo ecológico, a qual tenta impor uma uniformização política e um mesmo regime de pensamento para todas as nações. “A ética judeu-cristã não poderá ser aplicada no futuro”, diz um documento da OMS (Organização Mundial da Saúde) aludido por Mons. Sanahuja, que surpreendeu o público presente com diversas outras citações extraídas de textos oficiais de órgãos ligados à ONU.


O conhecido Pe. Luis Carlos Lodi, presidente da associação Pró-Vida, de Anápolis (GO), pronunciou excelente conferência sobre os principais erros a serem evitados por aqueles que lutam contra o aborto. Destacou a importância do uso de uma linguagem correta, não utilizando termos próprios aos abortistas. Ele se referiu também às principais armas que devemos utilizar nesse apostolado em defesa da família.

A exiguidade de espaço não permite infelizmente dar o merecido destaque aos demais ilustres oradores. O Dr. Jorge Scala abordou a “ideologia de gênero”; o Dr. Piero Tozzi ressaltou que o termo aborto nunca foi citado em Tratados Internacionais; o Pe. Paulo Ricardo explicou como o marxismo cultural se infiltrou na Igreja; o Sr. Raymond de Souza discorreu sobre os três pontos fundamentais de combate à “cultura da morte”: “rezar, estudar e agir”; e finalmente o Dr. Mario Rojas alertou para a assustadora queda demográfica mundial.

O II Congresso Internacional pela Verdade e Pela Vida atingiu assim seus objetivos de apresentar um panorama completo da “cultura da morte”, salientando como tal “cultura” está ao nosso lado em muitos aspectos e esclarecendo como combatê-la eficazmente.

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A seguir, um vídeo no qual o Cel. Jairo Paes de Lira faz um “aperçu” do congresso anti-aborto promovido pela Human Life International