Paulo Roberto Campos Um oceano de tinta já se gastou para tratar do caso da menina de 9 anos, estuprada por um monstro (o padrasto) em Alagoinha (PE), e que ficando grávida de gêmeos foi obrigada, contra a vontade dos pais
(1), a abortar seus dois bebês. Portanto, não vou aqui relembrar tudo que se passou e pulo diretamente para o fim da história.
No final, quem realmente saiu castigado?
Os inocentes! Condenados à pena de morte sem apelação, os dois bebês foram rapidamente executados por mãos inescrupulosas. Seus assassinos estão soltos. A justiça humana não condenou os homicidas, mas a Justiça Divina não falha NUNCA. Rezemos para que tais criminosos possam, no final desta vida, comparecer arrependidos ao Juízo de Deus do crime praticado — arrependidos do grave pecado contra o 5º Mandamento da Lei Deus que ordena
“Não Matarás”.Sobrou soberba e faltou competência Neste caso, todo mundo quis pontificar, mesmo aqueles que não entendiam nada de nada. Incontáveis jornalistas saíram por aí “palpitando”, falando e escrevendo sobre o que ignoravam completamente. Muitos, como papagaios, repetiam o que liam ou ouviam dos meios de comunicação. Como tais meios falseavam os fatos, o alarido aumentava ainda mais, os boatos multiplicavam-se. Criticando a posição da Igreja, ministros e políticos não perderam a oportunidade de aparecer na tevê. Até o presidente da República teve a pretensão de querer
“ensinar o Pai Nosso ao Arcebispo”... (D. José Cardoso Sobrinho), dizendo
“a medicina está mais correta que a igreja” (sic!). Ele bem que poderia pensar um pouquinho antes de “dogmatizar”..., ou então ser coerente e não ficar se dizendo “católico” só para enganar os fiéis à Igreja Católica e obter seus votos. Um bom conselho deu-lhe o Arcebispo de Olinda e Recife, dizendo que Lula
“deveria procurar assessoria teológica para falar com mais propriedade sobre religião...”.
Recado ao Presidente: Da próxima vez, Senhor Presidente, lembre-se: as leis humanas só são corretas se estiverem de acordo com a Lei Natural e as Leis Divinas. A não ser que o senhor seja adepto do princípio de que os fins justificam os meios... Se isso fosse verdade, realmente os inocentes gêmeos poderiam ser privados do direito à vida.
“Menti, menti, alguma coisa sempre ficará” A mídia esquerdista — ou seja, abortista — quis aproveitar desse
“affaire-Alagoinha” para tentar reverter a posição da imensa maioria dos brasileiros que são contrários ao aborto. Para alcançar tal objetivo, todas as tubas midiáticas puseram-se a criar sensacionalismos, desinformar, deturpar, esbravejar, caluniar, mentir. —
“Menti, menti, alguma coisa sempre ficará”, dizia o ímpio Voltaire. Todas as armas foram utilizadas para fazer demagogia barata, ocultar os fatos como eles realmente se passaram. Ficou claro, sobretudo, que
praticamente todos os órgãos da mídia obedeciam a uma única “palavra de ordem”: denegrir ao máximo a Igreja Católica. “Esmagai a infame (a Igreja)”, repetia constantemente o mesmo ímpio acima citado.
A Santa Igreja, que entrou no caso de Alagoinha apenas como
Advogada dos gêmeos para salvar a vida dos inocentes, foi tachada de cruel, sanguinária e inquisitorial, que voltou toda sua cólera para fulminar os envolvidos no aborto dos dois nascituros. Nesse sentido, um bombardeio de reportagens, entrevistas, notícias e comentários foi desfechado no Brasil e no mundo inteiro. Negaram à Igreja até mesmo o tão propalado direito à
“liberdade de expressão”. Todo mundo podia opinar como bem entendesse (ou não entendesse...), mas a Igreja NÃO! JAMAIS! Em nome da
“liberdade de expressão”, todo mundo ainda está tendo direito de esbravejar contra a Igreja e seus ensinamentos morais, exceto aqueles que procuram defendê-la. Esses não têm direitos nem espaço na mídia e são tachados de fundamentalistas.
Infelizmente, até eclesiásticos (progressistas, é claro) contribuíram para denegrir a própria Mãe, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, emitindo pareceres incoerentes, “límpidos” como a lama... O que contribuiu para aumentar ainda mais a confusão no rebanho católico.
Foi uma gritaria universal para denegrir a moral católica e, ao mesmo tempo, uma gigantesca manobra, diabolicamente bem articulada, para levar parte da população — que até o presente considerava o aborto um crime hediondo — a não se opor à descriminalização da prática abortiva no Brasil.
Uma armação sinistramente montadaNeste caso da menina, acompanhei tudo passo a passo e esperei um pouco baixar a poeira do
“estrondo publicitário”. Agora, tendo passado a comoção geral, somando e subtraindo, a conclusão que se pode chegar é que todo este
affaire-Alagoinha foi uma tremenda armação.
Uma conspiração de todas as forças pró-aborto (inclusive do exterior) que já contava com o
show publicitário na grande mídia.
(2)Nunca vi algo semelhante! Todos os holofotes dos meios de comunicação focalizaram, no caso da menina, apenas o aspecto emocional, exagerando ao máximo a questão da pena de excomunhão, para comover a opinião pública e, assim, arrastar parte dela para a causa abortista.
Tal intenção e as etapas do processo ficaram evidenciadas: primeiramente levar os brasileiros a aceitar o aborto neste caso concreto (uma menina de 9 anos, estuprada, que, segundo os abortistas, corria risco de vida)
(3); depois levá-los a aceitar o aborto em outros casos; finalmente, em qualquer circunstância, mesmo em casos de mulheres em perfeita saúde, adultas, não estupradas e que não correm qualquer risco de morrer. De maneira que
o caso da pequena de Alagoinha foi o pretexto montado e explorado para formar um consenso pró-abortamento e, assim, obter a ampliação da lei do aborto, permitindo-o, mais tarde, em qualquer período da gravidez, até mesmo no 9º mês.
Trata-se de uma estratégia muito empregada em diversos países pelo
lobby internacional pró-aborto (4) — com o qual o PT está comprometido e que conta com grupos de pressão e várias ONGs. Eis as etapas da ardil estratégia:
1º.) Enganar a população com casos sensacionais;
2º.) Criar um clima contrário aos movimentos pró-vida;
3º.) Enfraquecer o apoio que esses movimentos recebem na opinião pública;
4º.) Por etapas, ir levando as pessoas a achar normal (“um direito da mulher”) aquilo que antes era considerado um crime hediondo;
5º.) Aquilo que era julgado como um assassinato, passa a
ser tido como“uma mera interrupção da gravidez”;
6º.) Por fim, processivamente, chegar à legalização total e completa da prática abortiva.
Investida fanática e virulenta contra a Igreja Católica
Assim sendo, assistimos nesses dias não apenas a um casinho ocorrido numa pequena cidade do interior do Pernambuco, mas a uma fanática e virulenta perseguição à Igreja Católica e a todos aqueles que desejam levar uma vida coerente com sua doutrina e sua moral. O “espetáculo midiático” procurou inclusive dividir os católicos, jogando uns contra os outros — os que seguem os ensinamentos do Magistério da Igreja e os que o relativizam, ou mesmo pouco se importam com tais ensinamentos. Lamentavelmente, muitos incautos caíram nessa armadilha. Não sejamos bobos! Estejamos, pois, unidos, atentos e reativos em nossa luta para impedir a legalização do aborto no Brasil. O que seria uma maldição para nosso País!
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Notas:
(1) Os pais da menina (Erivaldo Francisco dos Santos e Esmeralda Aparecida Bezerra), muito contrários ao aborto, foram pressionados por ativistas — comprometidos com ONGs feministas que defendem a causa abortista — a autorizar o aborto. Os pais, pessoas muito simples que não sabem ler nem escrever, foram procurados pela assistente social Karolina Rodrigues, ameaçando que a filha morreria se não abortasse rapidamente — o que não correspondia à verdade, como veremos. Mais tarde, a própria assistente social confessou que não tinha competência para explicar questões médicas relativas ao estado em que a menor encontrava-se. Naquele momento, nenhum médico apareceu para explicar... A mãe afirmou: “Pensava que o aborto não era correto, mesmo naquele caso, e que ninguém tinha o direito de tirar a vida de ninguém”. Entretanto, baldeada por grupos de pressão, acabou dando a autorização fatal.
(2) Durante todo o tempo desse “estrondo publicitário”, fui selecionando documentos, notícias e artigos, e pretendo, nos próximos dias, postar alguns em nosso blog. Creio que vale a pena, sobretudo, alguns documentos que justificam minhas afirmações, pois nossos leitores não os verão publicados na grande mídia... — devido à censura das conhecidas “patrulhas ideológicas”.
(3) O Dr. Antonio Figueira, diretor do IMIP (Instituto Materno-Infantil de Pernambuco), afirmou que a menina não corria risco iminente de vida e que, se os pais não quisessem realizar o aborto, ela poderia levar a gestação a termo se fossem oferecidos os cuidados necessários de que seu quadro necessitava.
(4) A respeito, a “Comissão de Cidadania e Reprodução” (CCR) não esconde que isso faz parte da agenda para o Brasil da própria “Fundação MacArthur” (poderosa organização que financia com de milhões de dólares várias ONGs que atuam na implantação do aborto no Brasil): “Estes momentos críticos são usados pelo movimento feminista como uma oportunidade de promover o debate público e esclarecer argumentos a favor da descriminalização do aborto”.
http://www.pesquisasedocumentos.com.br/MacArthur.pdf
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PS: Atenção: Relembrando o convide já feito, não deixe de comparecer à concentração na Praça da Sé. Não esqueça de convidar também seus Familiares e Amigos. Será até uma boa ocasião para manifestarmos — além de nossa repulsa à legalização do aborto no Brasil — nossa inconformidade com o “Estrondo publicitário”, sobre o qual tratamos acima, bem como uma demonstração de que nossa fé não ficou vacilando com os recentes ataques proferidos contra a Igreja Católica.
Será no próximo sábado,
dia 28 de março,
às 10 horas da manhã!