Monumental manifestação em prol da família tradicional, belo exemplo para o Brasil de recusa ao ensinamento da Ideologia de Gênero nas escolas
Paulo Roberto Campos
Segundo a agência de notícias “France-Presse”, na data em que na Itália se comemora o “Dia da Família” (20 de junho), cerca de 500 mil pessoas participaram em Roma de uma gigantesca manifestação contra o “casamento” homossexual e a introdução da absurda "Ideologia de Gênero" nas escolas — projetos em discussão no Parlamento italiano.
Já de acordo com os matutinos “Il Giornale” (20-6-15) de Roma e “Le Monde” (21-6-15) de Paris, o total de participantes teria chegado a 1 milhão. Apesar da chuva, a praça San Giovanni in Laterano, nas proximidades do centro histórico de Roma, bem como as ruas adjacentes, ficaram repletas de pais e mães com seus filhos, mas também de jovens e idosos. Defendiam eles os valores da instituição familiar, bradavam e portavam faixas com dizeres “Não à Teoria de Gênero”, “Sim à Família tradicional”, “A família salvará o mundo”, “Vamos defender nossas crianças”, “Tirem as mãos de nossos filhos” etc.
Os pais italianos estão indignados, pois, contra o desejo deles, em muitas escolas do país o movimento pró-homossexual está infiltrando sua “agenda” para (de)formar as mentes dos pequenos a seu favor.
Organizados pela associação Defendendo Nossos Filhos, diversos movimentos participaram desse evento pró-família que, apesar de gigantesco, passou praticamente ignorado da mídia brasileira. Inexplicável!
Sem dúvida, essa espetacular manifestação das famílias italianas serve de claro e potente recado aos bispos que participarão do “Sínodo da Família” em outubro próximo em Roma. Tal recado foi: Senhores bispos, não queremos que se alterem a doutrina nem a pastoral tradicionais da Igreja a respeito da instituição familiar, estabelecida por Deus como a união entre um homem e uma mulher num matrimônio monogâmico e indissolúvel; não se pode legalizar o “casamento” homossexual; não se pode autorizar a adoção de crianças por parte de duplas homossexuais; não desejamos que se permita a comunhão eucarística a divorciados; não permitiremos que se ensine a nossos filhos a antinatural Ideologia de Gênero!
Essa monumental reação é um belo exemplo para o Brasil, pois também em muitas de nossas escolas — de modo sorrateiro, sem aprovação e sequer o conhecimento dos pais — as crianças já estão sendo “doutrinadas” por tais absurdas teorias, contrárias à Lei natural e à Lei divina e sem qualquer fundamento científico.
Pais e mães devem estar alertas e procurar tomar conhecimento do que os “ideólogos de gênero” andam introduzindo nas escolas de seus filhos. Essa nefasta ideologia ensina, por exemplo, que é subjetivo e apenas cultural o conceito de homem ou mulher, pai e mãe, masculino e feminino, e que cada criança deve escolher o seu próprio “gênero”, entre eles os “gêneros” homossexual, bissexual, transexual... Ou seja, trata-se de um ensinamento absurdo que, além de confundir as mentes dos escolares, poderá perverter nossas crianças na mais tenra infância.
Nesse sentido, é elucidativo o editorial da “Gazeta do Povo” (21-6-15), o mais importante jornal do Paraná, que sob o título Educação e teoria de gênero, escreve: “Observa-se uma tentativa de impor aos estudantes teorias controversas e carentes de fundamentação científica”. O mesmo editorial denuncia: “Em 2014, quando o Congresso Nacional votou o Plano Nacional de Educação, a presença da teoria de gênero foi refutada pelos congressistas, também após intensos debates e pressão popular [...]. Mas o que tem havido é uma pressão do Ministério da Educação para que os responsáveis pelos planos estaduais e municipais contemplem o que foi rejeitado no Congresso — isso, sim, constitui um desrespeito ao Legislativo federal e uma forma inaceitável de ‘virada de mesa’”.
Mas, graças a Deus, as sadias reações vêm crescendo cada vez mais de norte a sul do Brasil. Sobretudo por parte de pais e mães que não aceitam a imposição do ensinamento a seus filhos dessas teorias contrárias à natureza humana.
Até o momento em que encerro este artigo, a Ideologia de Gênero já foi excluída em oito estados da Federação. É o que noticia a “Folha de S. Paulo” (25-6-15): “Deputados de ao menos oito Estados retiraram dos Planos Estaduais de Educação referências a identidade de gênero e orientação sexual”. Para a obtenção desses bons resultados, os pais estão pressionando os deputados e os vereadores, pois a inclusão da Ideologia de Gênero destruiria o modelo tradicional de família (o único de acordo com a ordem natural), em cujo seio as crianças devem receber a devida e prudente orientação sexual e moral. Para os pais, tal orientação cabe a eles e não a estabelecimentos públicos. Numa sala de aula a criança seria pressionada a aceitar o absurdo e não teria capacidade crítica para analisar o tema.
Não ao "gênero" na escola |