24 de abril de 2016

O BRASIL NO MEMORÁVEL DIA 17 DE ABRIL


Reações contra a esquerdização do País e alerta para a atual crise política, social e econômica cuja origem reside numa crise religiosa e moral

Paulo Roberto Campos

Com multidões nas ruas das principais cidades, o povo brasileiro virou uma página de sua história. Entretanto, muitas outras páginas ainda precisam ser viradas para que o Brasil reencontre o seu caminho e realize sua missão providencial no concerto das nações.

Para falar de um local onde estive — Avenida Paulista —, os manifestantes que a lotavam celebraram cada voto pró-impeachment emitido no plenário da Câmara dos Deputados no histórico dia 17 de abril. Com os olhos fixos nos telões, eles comemoraram 367 vezes os votos pelo SIM! e vaiaram 137 vezes os votos pelo NÃO! Encerraram a celebração daquela vitória cantando o Hino Nacional. Eventos análogos ocorreram em todas as regiões do País. 

Notei na fisionomia de numerosos manifestantes que eles sentiam-se como se estivessem recebendo uma lufada de ar fresco em meio à poluição petista que há 13 anos espalhou-se pelo Brasil; ou como se tivessem a alegria de ver, depois de tantos anos, uma luz no fim de um tenebroso túnel. 

Esperemos que o Senado e o STF não venham a frustrar, com delongas, o que a imensa maioria dos brasileiros espera: a aprovação do processo de impeachment

Um fato ficou evidenciado: o Brasil real é bem diverso do Brasil oficial. Ou seja, o Brasil autêntico e cristão não deseja que no livro de sua história, no capítulo denominado PT, o atual governo seja registrado como bom para o povo brasileiro. Este rejeita a adulteração do Brasil por ideologias marxistas; rejeita figuras opostas aos grandes valores de seu glorioso passado; recusa a “cubanização” do País. Nesse sentido, uma das faixas muito chamativa na Avenida Paulista continha estes dizeres: “Deputado que vota NÃO, nunca mais ganha eleição!”. 

Ação anticomunista 

Voluntários do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira [foto abaixo] estiveram presentes na Avenida Paulista, distribuindo um manifesto intitulado O BRASIL EM HISTÓRICA ENCRUZILHADA, com uma introdução Abra e Veja: Operação para enganar o público e tentar salvar o projeto socialista que vem demolindo o Brasil há vários anos! 

Como nossos leitores já devem ter lido, o documento não trata apenas da tremenda crise que deixou o País à deriva pela aplicação do projeto comuno-bolivariano do governo lulopetista, mas versa também e principalmente sobre a conjuntura que eventualmente nos aguarda em decorrência dessa crise sem precedentes, cujo fim após a provável aceitação do impeachment é muito difícil determinar. 

Petismo sem PT 

Com relação ao período pós-PT — com impeachment ou não — o manifesto oferece subsídios para um sadio debate, e levanta algumas possíveis soluções que poderiam ajudar o País a enfrentar com denodo as atuais dificuldades. Por exemplo, ao afirmar que “a solução verdadeira não está por ser inventada. Trilhando as vias da fidelidade aos princípios da civilização cristã, o Brasil, sempre fiel a si mesmo, poderá esperar as bênçãos do Cristo Redentor”. 

Levanta ainda algumas hipóteses, as quais poderiam sugerir falsas soluções. Uma delas seria o perigo de o País naufragar em mãos de aventureiros — novos “salvadores da pátria”, velhos conhecidos — ou de um governo que não se apresentaria como petista, mas que continuaria a empregar o mesmo estratagema do PT. Popularmente falando, seria seguir “tudo como dantes no quartel de Abrantes”... 

Tal hipótese se realizaria, por exemplo, com a implantação de um “sistema melancia” (verde por fora e vermelho por dentro), meio ecologista, meio petista. Um regime comuno-miserabilista como aquele que arruinou a infeliz Cuba e no qual afunda a vizinha Venezuela, onde o governo bolivariano debilitou as autênticas tradições cristãs consubstanciadas na instituição da família e no direito de propriedade. 

No Brasil, contribuiu para o atual estado de coisas a chamada esquerda católica, bafejada pela CNBB (Conferência Nacional do Bispos do Brasil) e pelos “teólogos da libertação”, que procuraram iludir o povo católico a respeito do PT, exaltando-o e abençoando-o como se fosse uma espécie de “partido salvador do trabalhador oprimido”. Mesmo com o governo petista no fundo do poço, sem qualquer credibilidade, o clero esquerdista ainda procura dar-lhe uma sobrevida. Contribui assim para a desesperada tentativa de implantar em solo pátrio o regime de miséria e de fome reinante na Cuba de Fidel Castro e repetido na Venezuela, primeiro no governo do falecido Hugo Chávez e agora no de Nicolás Maduro — regime, aliás, agonizante. 

Vigilância contra falsas soluções 

Entretanto, é exatamente isto que o povo brasileiro rejeita. A prova são os recentes e monumentais protestos que transcorreram ordeiros e pacíficos em todo o território nacional. Milhões de compatriotas nossos manifestaram-se indignados com os erros que serpenteiam, espalhados sobretudo pelo PT e assimilados. 


Nesta “encruzilhada histórica” — com a eventual queda do governo petista e para evitar que a demolição do País prossiga —, a referida introdução ao manifesto do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira alerta para os enganosos rumos e falsas alternativas que “poderão nos levar ao mesmo abismo a que a cobra socialista nos está tentando conduzir nos últimos anos. É só pelo retorno à fonte de nossa civilização cristã — e aos seus pilares que são a tradição, a família e a propriedade — que disporemos da assistência divina, com cujo auxílio e com nossos esforços poderão estar à altura da imensa tarefa de reconstrução moral e material do nosso querido País. Que a isso nos ajude o Cristo Redentor”. 

Peçamos a Ele, por meio da Rainha e Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que ampare nossa Pátria nesta difícil encruzilhada, não permitindo que a serpente infernal continue afligindo o povo brasileiro, enganando-o ou conduzindo-o rumo às mencionadas falsas soluções. Mas o Divino Redentor deseja nossa contribuição: não devemos permanecer de braços cruzados face às investidas venenosas da víbora marxista, causadora da atual crise política, social e econômica, que encontra sua origem numa crise religiosa e moral.

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Para percorrer a "galeria" de fotos que fiz durante a manifestação pelo impeachment, realizada na Av. Paulista, no dia 17 de abril, click na primeira imagem:



Manifestação de alegria pelo impeachment do governo PT pode-se perceber em fisionomias de pessoas de todas as classes sociais e todas as raças














Note-se à direita o terço desta senhora. Rezemos em família para que Nossa Senhora livre o Brasil dos erros do comunismo espalhados em nossa Pátria pelo PT
















22 de abril de 2016

O ZIKA VIRUS é realmente o causador da microcefalia?


A partir do surto da microcefalia no Brasil, no final de 2015, foi levantada a suspeita de que o ZIKA VIRUS seria o principal suspeito. Multiplicaram-se os estudos e análises. 

Parece ser necessário investigar outros possíveis fatores e/ou cofatores.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira convida todos os interessados a participarem de um debate com dois especialistas: 
  • Dra. Elizabeth Kippman, Ginecologista e Obstetra
  • Dr. Paulo Leão, Presidente dos Juristas Católicos do Estado do Rio de Janeiro. 
  • O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, na mesma ocasião falará sobre o recente manifesto do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira: “O Brasil em Histórica Encruzilhada” 

Participação gratuita, mas inscrição obrigatória.

Click aqui ou copie e cole o link abaixo em seu navegador:





21 de abril de 2016

Aniversário de Sua Majestade a Rainha da Inglaterra


Hoje celebra-se o 90º aniversário da Rainha Elizabeth II. Em nossa época tão pobre de símbolos, a monarquia é um alento para as almas elevadas e nos faz recordar de outros tempos e…, por assim dizer, ter “saudades do futuro”. Ou seja, de épocas melhores… Em homenagem à Soberana do Reino Unido, segue comentário de recebi de um amigo, Heitor-Serdieu Buchaul: 

Dignidade! É a palavra que melhor sintetiza esta foto da Rainha Elizabeth II com seus bisnetos por ocasião das comemorações de seu nonagésimo aniversário! Mesmo sabendo que ela é uma Rainha protestante de um País liberal, o que está representado nesta foto não é nem o protestantismo nem o liberalismo, mas os restos da Civilização Cristã, austera, hierárquica e sacral, anti-liberal e anti-igualitária! E este fato já é o suficiente para que uma alma católica, conservadora e tradicional admire e queira conservar esta família em seu poder e dignidade!

15 de abril de 2016

A CIRURGIA NA JARARACA SOCIALISTA!


Paulo Roberto Campos 

Nestas vésperas da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo governo tem provocado tantos malefícios ao povo brasileiro, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira distribuiu o vídeo que segue abaixo. Recomendo assistir e fazer a difusão de tal vídeo entre amigos e parentes.

A jararaca do PT pode ser salva? No momento, parece que a solução para o Brasil é ver-se livre de tal maligna sigla. Como dizem por aí: “Ou o Brasil acaba com o PT, ou PT acaba com o Brasil”... 

Depois nos depararemos com outros problemas, mas vamos começar por resolver este atual que tanto aflige o País. Isto devido ao projeto lulopetista de aqui implantar um sistema bolivariano, nos moldes criado pelo falido Hugo Chavez na Venezuela e pelo matusalênico Fidel Castro em Cuba.

No site do Instituto acima referido, lemos o texto:
“O Brasil entrou em uma encruzilhada histórica com a possível queda do PT. A serpente malfazeja que há três décadas, com engôdos e artimanhas, vem conduzindo o País pela via da esquerdização, encontra-se agora em agonia. [...]
"Nas apreensões e incertezas próprias a momentos como o atual, falsos rumos podem bem tentar a Nação. Entretanto, a solução verdadeira não está por ser inventada. Trilhando as vias da fidelidade aos princípios da Civilização Cristã, o Brasil, sempre fiel a si mesmo, poderá esperar as bênçãos do Cristo Redentor.
Eis algumas sugestões para traduzir na prática tais princípios:

  • Respeito ao direito de propriedade e à livre iniciativa;
  • Fim da psicose ambientalista;
  • Redução da carga tributária;
  • Relações exteriores que engrandeçam o Brasil;
  • Defesa da família nos moldes tradicionais, como celula mater da sociedade;
  • Respeito e lugar de honra às Forças Armadas e à Polícia;
  • Um sistema eleitoral que garanta a representatividade das eleições”
Para outras informações sobre essas sugestões, click em:
http://ipco.org.br/ipco/brasil-em-historica-encruzilhada/#.VxBbP9QgvIU 

11 de abril de 2016

“Quando uma alma abusa da misericórdia divina, a misericórdia divina está bem próxima de a abandonar”

No portal principal da catedral de Notre Dame de Paris, a cena do Juízo Final. À baixo da imagem de Jesus Cristo, à Sua direita, os eleitos que se salvaram; à Sua esquerda, os réprobos que se condenaram

Paulo Roberto Campos 

Nos presentes dias, ouvimos falar por todos os lados, exaustivamente, de misericórdia. Sobretudo neste ano, declarado “Ano Santo da Misericórdia” (ou “Jubileu Extraordinário da Misericórdia”) pelo Papa Francisco através da bula Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia).

Mais recentemente, com a divulgação da “Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Lætitia” (A alegria do amor), o tema da misericórdia foi ainda mais bafejado. Em suas 272 páginas, o documento do Pontífice — publicado no dia 8 de abril a propósito do último Sínodo da Família — emprega 46 vezes a palavra misericórdia! 

Mas não sejamos caolhos vendo Deus de modo deformado e incompleto. Ele é infinitamente misericordioso, mas também infinitamente justo.

Evidentemente, em Deus não há contradição. Ele deseja a salvação de todos e, para isso, nos oferece misericordiosamente o Céu por toda a eternidade. Entretanto, condena quem peca mortalmente, recusando toda a bondade divina e desprezando toda a disposição que Ele tem para perdoar o pecador. Este, se não se arrepender, será atingido pela divina justiça. 

Pecou e não deseja ser condenado? — Não se desespere, pois há remédio. Com o coração contrito e humilhado e sinceramente arrependido, faça uma boa confissão com o firme propósito de não mais pecar. Nesse perdão — a absolvição dos pecados concedida pelo sacerdote — vemos o que realmente é misericórdia. Vemos a beleza da clemência de Deus para com seus filhos.

O caso da “mulher adúltera”

Quadro de Nicolas Poussin (1653), Museu do Louvre (Paris)
Conforme a narrativa do Evangelho, no caso da mulher que os escribas e fariseus queriam apedrejar por prática de adultério, Nosso Senhor Jesus Cristo não disse à pecadora: Mulher, pode ir embora. Mas disse-lhe: “Vai e não peques mais” (São João, 8,11). Infelizmente, ouve-se muitos comentarem tal passagem do Evangelho de modo estrábico, dizendo apenas que Jesus não condenou a adúltera, omitindo que Ele a perdoou e a aconselhou que não tornasse a pecar.

Somente alguém psicologicamente vesgo diria que misericórdia é sinônimo de tolerância para com o pecado ou qualquer forma de mal. Deus manifesta suprema misericórdia para com o pecador verdadeiramente arrependido — e para isso, a ninguém falta a graça divina —, mas também manifesta Sua justiça para com o pecador empedernido, aquele que abusa de modo contumaz de Sua misericórdia.

Justo castigo por abusar da misericórdia divina 

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) — Doutor da Igreja, Padroeiro dos Confessores e dos Moralistas — define perfeitamente essa questão ao afirmar: “Deus envia mais gente ao inferno por abusar de sua misericórdia, do que por obra de sua justiça.” 

É o que esse santo desenvolve num de seus sermões, cujo trecho transcrevo no final, quando trata do abuso que o pecador faz da misericórdia. Ele prega que o próprio demônio nos engana inspirando o falso conceito de misericórdia, para que levemos assim uma vida cometendo pecados, sem nos arrepender deles, nem confessá-los a um bom sacerdote. 


Sandro Magister, célebre jornalista italiano, especializado em temas religiosos, publicou um interessante artigo, intitulado Giubileo della misericordia, ma con i confessionali vuoti (Jubileu da misericórdia, mas com os confessionários vazios), no qual reproduz carta de um sacerdote que lhe escreveu testemunhando que neste “Ano Santo da Misericórdia” os confessionários estão vazios — como se a misericórdia dispensasse o pecador do sacramento da penitência (ou confissão). Entretanto, no “Ano Santo da Misericórdia” deveria ocorrer justamente o contrário: aproveitar para pedir especial misericórdia, acorrendo multidões aos confessionários. É o que não acontece... Os confessionários estão às moscas...

Evitemos qualquer unilateralismo 

Em seu livro “Em Defesa da Ação Católica, Plinio Corrêa de Oliveira, desenvolve o tema da justiça e da misericórdia, do perdão e do castigo divinos, recomendando não sermos unilaterais vendo apenas um aspecto de Deus. O autor cita D. Antonio Joaquim de Melo, “um dos maiores Bispos que teve o Brasil” [quadro ao lado]. que — corroborando a afirmação acima citada de Santo Afonso de Ligório —, dizia: “a Misericórdia de Deus tem mandado mais almas para o inferno do que sua Justiça.”. E o Prof. Plinio comenta: “Em outros termos, afirmava o grande Prelado que a esperança temerária de salvação perderá maior número de almas, do que o temor excessivo da Justiça de Deus. Do mesmo modo, é indiscutível que a excessiva benignidade na aplicação das penas, que ora se observa em muitas associações religiosas, e a inteira carência delas em certos setores, têm depauperado mais as fileiras dos filhos da luz, do que os atos de energia inconsiderados e talvez excessivos, eventualmente levados a cabo” (Plinio Corrêa de Oliveira, Em Defesa da Ação Católica, Artpress, 2ª edição, 1983, pág. 153). 




Passo à transcrição do referido trecho do sermão de Santo Afonso Maria de Ligório [quadro acima], considerado um dos maiores moralistas de todos os tempos. 

“Misericórdia! Sim, mas para aquele que teme a Deus, e não para aquele que abusa da paciência divina!” 


“Pode ser que haja, no meio de vós, meus irmãos, alguém que se encontre com a alma carregada de pecados e que — longe de pensar em se livrar deles pela confissão e penitência — não cessa de cometer novos pecados, se sobrecarregando ainda mais. Este, certamente, abusa da misericórdia divina; pois, a que fim nosso Deus tão bom deixa que este pecador viva senão para que ele se converta e, por consequência, escape da desgraça de perder sua alma?

Ele merece as severas censuras que o Apóstolo dirigiu ao povo judeu impenitente: Porventura desprezas as riquezas da bondade, da paciência e da longanimidade de Deus? Ignoras que Sua bondade te convida à penitência? Mas que na tua dureza e coração impenitente, acumulas para ti um tesouro de ira no dia da ira e da manifestação do justo juízo de Deus (Rom. II. 4,5).

Eu quero vos afastar, meus irmãos, desse funesto abuso, e vos preservar da desgraça de cair na morte eterna do inferno. A esse propósito, chamo vossa atenção para a seguinte verdade: Quando uma alma abusa da misericórdia divina, a misericórdia divina está bem próxima de a abandonar […]. 

Santo Agostinho observa que, para enganar os homens, o demônio emprega ora o desespero, ora a confiança. 

Após o pecado, o demônio nos mostra o rigor da justiça de Deus para que desconfiemos de Sua misericórdia. Entretanto, antes do pecado, o demônio nos coloca diante dos olhos a grande misericórdia de Deus, a fim de que o receio dos castigos, devidos ao pecado, não nos impeça de satisfazer nossas paixões […]. 

Essa misericórdia sobre a qual vós contais para poder pecar, dizei-me, quem vo-la prometeu? — Não Deus, certamente, mas o demônio, obstinado em vos perder. Cuidado!, diz São João Crisóstomo, de dar ouvidos a este monstro infernal que vos promete a misericórdia celeste […]. 

’Deus é cheio de misericórdia, eu pecarei e em seguida confessar-me-ei’. Eis aí a ilusão, ou antes, a armadilha que o demônio usa para arrastar tantas almas ao inferno![…]. 

Nosso Senhor, aparecendo um dia a Santa Brígida, queixou-Se: ‘Eu sou justo e misericordioso, mas os pecadores não querem ver senão minha misericórdia’ (Ego sum justos et misericors; peccatores tantum misericordem me existimant - Rev. 1. I. c. 5). Não duvideis, diz São Basílio, que Deus é misericordioso, mas saibamos que Ele é também justo, e estejamos bem atentos para não considerar apenas uma metade de Deus. Uma vez que Deus é justo, é impossível que os ingratos escapem do castigo […]. Misericórdia! Misericórdia! Sim, mas para aquele que teme a Deus, e não para aquele que abusa da paciência divina!”.
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(Sermons de S. Alphonse de Liguori, Analyses, commentaires, exposé du système de sa prédication, par le R.P. Basile Braeckman, de la Congrégation du T. S. Rédempteur, Tome Second. Jules de Meester-Imprimeur-Éditeur, Roulers, pp. 55-60).