27 de janeiro de 2013

A paz entre os Lobos e as Ovelhas

Assinatura do tratado de paz entre lobos e ovelhas...
Paulo Roberto Campos

Um leitor de nosso blog, JERRY CTBA, sobre o post "FAMILIAFOBIA — Agressão praticada pelo movimento homossexual contra a 'Cruzada pela Família'” enviou-nos um comentário (abaixo transcrito) crítico e severo. Após o mesmo, vai a minha réplica. 
“Cara, o que precisamos não é diversidade, mas sim unidade. Não teria acontecido aquela briga em Curitiba, com direito a pedrada, se procurassem a unidade. Se um não está de acordo com o outro não precisa sair pelas ruas, como vc escreveu: “difundindo obras em defesa da família, que discorrem sobre a doutrina católica que condena o aborto, o “casamento” homossexual, a eutanásia, o kit homossexual nas escolas etc." 
“Cada macaco no seu galho! Cada um que fique no seu canto. Não existe um lado bom e outro lado mau. Um lado errado e outro certo. Se um lado procurasse o outro para fazer as pazes, todos viveriam felizes e em concórdia, não haveria mais guerras. Nada disso de ser pró algo, ou contra algo. Cada um que fique na sua. Nada de ficar uns hostilizando os outros.  
“O que precisamos é de PAZ E AMOR! Por que vcs não procuram o outro lado para fazer um acordo de paz? Garanto que não mais seriam hostilizados e desse jeito viveriam tranquilos, sem o perigo das pedradas. rsrsrsrsrs  
“O tempo da Cruzada já era, cara! Ou vc ainda está na Idade Média? Se vc estiver na Idade Média não vai publicar o meu comentário. Vai excluir este comentário, né?”  
> JERRY CTBA 
Jerry, como você pode ver, eu não excluí o seu comentário... E o motivo para publicá-lo não é porque não admiro a Idade Média — a época de ouro da Cristandade. É porque eu a admiro tanto, que não poderia deixar de replicar o seu comentário... 

Mas, para ser breve, entro direto no ponto central de sua objeção. Nota-se que você tem uma noção muito equivocada do conceito de PAZ. Santo Agostinho brilhantemente a definiu: “A PAZ É A TRANQUILIDADE NA ORDEM”. Logo, não pode haver paz na desordem. Qual foi o motivo do confronto ocorrido em Curitiba? — A defesa da posição católica segundo a qual o “casamento” homossexual é uma profunda desordem ("os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados", Cat. Ig. Cat. § 2 357) e uma grave depravação, porquanto antinatural.

Daí a razão daquela campanha dos jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira: uma ação na opinião pública visando a uma restauração da ordem na sociedade, ou seja, o restabelecimento da “Paz de Cristo no Reino de Cristo”. Daí também o apoio que eles receberam dos curitibanos. Aqueles jovens só foram hostilizados por pessoas que querem viver na desordem. E que se continuarem a viver desordenadamente, não alcançarão a PAZ verdadeira. Afinal, Deus criou Adão e Eva, e não Adão e Ivo... 


Jerry, sua objeção fez lembrar-me de uma fábula (entre parênteses, asseguro-lhe que ela não foi escrita na Idade Média...) e acho que ela poderá responder-lhe adequadamente. Assim, passo a palavra ao autor, nada menos que La Fontaine. Ela intitula-se “Les Loups et les Brebis” e foi publicada em 1668. O poeta francês Jean de la Fontaine nasceu em 1621 em Château-Thierry e morreu em Paris, em 1695.

Se você ler a fábula até o fim, não precisarei responder mais nada, pois tudo está subentendido. Sobretudo leia e releia a conclusão, tirando depois a moral da história. Mas, se desejar, estou aberto à sua eventual tréplica, como um cavaleiro medieval... 

Os lobos e as ovelhas

“Depois de mil anos e mais de guerra declarada, 
Os lobos fizeram a paz com as ovelhas. 
Era, aparentemente, a felicidade dos dois partidos:  
Pois, se os lobos comiam muita rês extraviada,  
Os pastores, da pele deles, para si faziam muitos trajes.  
Jamais havia liberdade, nem para as pastagens,  
Nem, de outro lado, para as carnificinas:  
Não podiam usufruir de seus bens senão tremendo.  
A paz se concluiu, portanto; trocam-se os reféns:  
Os lobos entregam seus lobinhos; e as ovelhas, seus carneirinhos. 


Sendo a troca feita nas formas habituais,  
E ajustada por comissários.  
Ao fim de algum tempo, quando os senhores lobinhos  
Se viram lobos perfeitos e ávidos de matança,  
Valem-se do tempo em que, no redil,  
Os senhores pastores não se achavam, 
Estrangulam metade dos cordeiros mais gordos  
Agarram-nos com os dentes e se retiram para os bosques. 
Haviam eles avisado sua gente secretamente.  
Os carneiros, que, sob a palavra deles, repousavam confiadamente,  
Foram estrangulados dormindo.  
Foi isto feito tão rapidamente, que eles mal sentiram;  
Foram todos feitos em pedaços; nem um só escapou.


Podemos concluir disto  
Que é preciso fazer aos maus guerra contínua.  
A paz é bastante boa em si mesma;  
Concordo: mas de que serve ela  
Com inimigos sem palavra?” 

A VERSÃO ORIGINAL EM FRANCÊS:

Les Loups et les Brebis

“Après mille ans et plus de guerre déclarée,  
Les Loups firent la paix avecque les Brebis,  
C’était apparemment le bien des deux partis:  
Car, si les Loups mangeaient mainte bête égarée,  
Les Bergers de leur peau se faisaint maints habits.  
Jamais de liberté, ni pour les pâturages,  
Ni d’autre part pour les carnages:  
Ils ne pouvaient jouir qu’en tremblant de leurs biens.  
La paix se conclut donc; on donne des otages:  
Les Loups, leurs Louveteaux; et les Brebis, leurs Chiens.  


L’echange en étant fait aux formes ordinaires,  
Et réglé par des commissaires.  
Au bout de quelque temps que messieurs les Louvats  
Se virent loups parfaits et friands de tuerie,  
Ils vous prennent le temps que dans la bergerie  
Messieurs les Bergers n’étaient pas,  
Étranglent la moitié des Agneaux les plus gras,  
Les emportent aux dents, dans les bois se retirent.  
Ils avaient averti leurs gens secrètement.  
Les Chiens, qui, sur leur foi, reposaient surement,  
Furent étranglés, en dormant,  
Cela fut sitôt fait qu’à peine ils le sentirent;  
Tout fut mis en morceaux; un seul n’en échappa.  


Nous pouvons conclure de là  
Qu’il faut faire aux méchants guerre continuelle.  
La paix est fort bonne de soi;  
J’en conviens: mais de quoi sert-elle  
Avec des ennemis sans foi?” 
_____________
(http://www.histoire-en-ligne.com/spip.php?article727)

25 de janeiro de 2013

FAMILIAFOBIA — Agressão praticada pelo movimento homossexual contra a “Cruzada pela Família”


Paulo Roberto Campos
Uma vez mais se comprovou a aversão que o movimento homossexual tem à família normalmente constituída. Desta vez foi em Curitiba no dia 14 último.

Gente vinculada a tal movimento na capital paranaense partiu para brutal agressão contra jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. Estes — tranquilamente e com o apoio da simpática população — faziam campanha naquela cidade, difundindo obras em defesa da família, que discorrem sobre a doutrina católica que condena o aborto, o “casamento” homossexual, a eutanásia, o kit homossexual nas escolas etc.

Inclusive, um dos sequazes da agenda LGBT, covardemente, atirou uma pedra que atingiu um dos jovens que participava da campanha denominada “Cruzada pela Família”. 

O vídeo abaixo revela a verdadeira cara do movimento homossexual. Revela também sua hipocrisia, pois prega a TOLERÂNCIA em relação a perversões sexuais e outros absurdos, mas é fanaticamente INTOLERANTE em relação àqueles que defendem a moralização da sociedade, defendem as Leis estabelecidas por Deus, por exemplo as leis relativas ao matrimônio, que somente pode ser constituído entre um homem e uma mulher. 

Assista o vídeo e não deixe de recomendá-lo a seus parentes e amigos. Precisamos divulga-lo, pois a mídia esquerdista não fará algo que mostra a cara (sem máscara) do movimento "familiofóbico" em nosso País.

Entretanto, se os jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, tivessem caído na armadilha da provocação, ou seja, em legítima defesa tivessem se defendido e revidassem, a mesma mídia daria ao movimento homossexual todo espaço e acusaria de HOMOFÓBICOS os jovens do Instituto, que poderiam ser processados e, quiçá, até presos. 

Está em curso uma brutal perseguição religiosa em nossa Pátria, mas não podemos cruzar os braços, pois, do contrário, transformarão o Brasil numa Sodoma.

23 de janeiro de 2013

Você acredita no aborto "legal"?

Você acredita no aborto "legal"?

(uma crença difícil de ser extirpada do meio jurídico) 


A crença nos quatro elementos 
Fogo, ar, terra e água eram considerados os elementos que formavam o universo material. Essa teoria, que remonta a Empédocles (cerca de 490-435 a.C.), foi retomada por Aristóteles (384/385–322 a.C.) e permaneceu por séculos. Santo Agostinho (354-430) refere-se aos “quatro conhecidíssimos elementos”[1] e Santo Tomás de Aquino (1225-1274) cita-os inúmeras vezes em suas obras. René Descartes (1596-1650), o pai da filosofia moderna e grande crítico de Aristóteles, não fez grandes mudanças nessa teoria; apenas reduziu os quatro elementos a três, excluindo a água[2]. Foi sobretudo a partir dos experimentos de Lavoisier (1743-1794) que os quatro elementos foram abandonados, cedendo lugar à teoria atômica de Dalton (1766-1844). 

A crença no aborto legal
Segundo uma teoria que remonta a Nelson Hungria, o Código Penal brasileiro considera “legal” o aborto diretamente provocado em duas hipóteses: (I) quando não há outro meio – que não o aborto – para salvar a vida da gestante; e (II) quando a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante. Essa teoria vem atravessando as gerações de juristas e tem sido passivamente recebida e mecanicamente repetida pelos estudantes de Direito. Está tão consolidada que quem ousa questioná-la é recebido com espanto. Tornou-se um dogma contra o qual não se pode argumentar. Há, porém, uma diferença notável entre a teoria física dos quatro elementos e a teoria jurídica do aborto “legal”. 

A primeira apresentava-se como plausível: não era possível demonstrá-la, mas também não se sabia como refutá-la com o puro raciocínio. Somente com o emprego da balança na química experimental, é que ela se mostraria inconsistente. 

A segunda – a do aborto “legal” – não requer dados experimentais para ser questionada. Pode ser refutada com o puro raciocínio. Se ainda hoje grande parte dos juristas a aceita, é sobretudo porque não se deu o trabalho de raciocinar. 

Examinando criticamente o aborto “legal” 
O estudioso de Direito precisa responder a duas perguntas: 

1) de fato o Código Penal “permite” o aborto em alguma hipótese?

2) se “permitisse”, tal aborto seria admitido pela Constituição Federal? 

Quem examina atentamente o artigo 128 do Código Penal não encontra uma redação que indique que algum aborto é “permitido”. Lá nem sequer está escrito que algum aborto “não é crime”. Afirma-se apenas que em duas hipóteses o crime do aborto “não se pune”
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 

A redação é típica de uma escusa absolutória. O crime permanece, mas a lei deixa de aplicar a pena ao criminoso. Algo semelhante ocorre com o filho que furta dos pais (art. 181, CP) ou com a mãe que esconde seu filho delinquente da polícia (art. 348, § 2º, CP). É o que explica Marco Antônio da Silva Lemos: 


Demais disso, convém lembrar, logo de imediato, que o art. 128, CP, e seus incisos, não compõem hipóteses de descriminalização do aborto. Naquele artigo, não está afirmado que ‘não constitui crime’ o aborto praticado por médico nas situações dos incisos I e II. O que lá está dito é que ‘não se pune’ o aborto nas circunstâncias daqueles incisos. Portanto, em nossa legislação penal, o aborto é e continua crime, mesmo se praticado por médico para salvar a vida da gestante e em caso de estupro, a pedido da gestante ou de seu responsável legal. Apenas - o que a legislação infraconstitucional pode e deve fazer, porque a Constituição, como irradiação de grandes normas gerais, não é código e nem pode explicitar tudo - não será punido penalmente, por razões de política criminal.[3] 

Como todo crime, o aborto cometido em tais casos deve ser investigado por um inquérito policial. O médico só ficará isento de pena se, ao final, for comprovada a ocorrência de alguma das hipóteses acima. De nada adianta um alvará judicial para “autorizar” a prática do aborto (ou de qualquer outro crime). O único efeito do alvará é tornar o juiz partícipe do delito.

Aliás, mesmo quando alguém mata em legítima defesa (nesse caso se exclui não só a pena, mas o próprio crime), é necessário que um inquérito policial verifique se de fato o agente estava diante de uma agressão injusta e atual ou iminente e se usou de meios moderados para repeli-la (cf. art. 25, CP). Não basta a simples palavra do agente nem uma “autorização” prévia do juiz para praticar o fato. 

Alguns defensores da teoria do aborto “legal”, como Mirabete e Magalhães Noronha, reconhecem que a redação “não se pune” do artigo 128, CP, não favorece sua tese. Frederico Marques e Damásio tentam inutilmente, com um malabarismo verbal, demonstrar que “não se pune o aborto” equivale a “é lícito o aborto”[4]. 

No entanto, ainda que a redação do artigo 128, CP, dissesse claramente que algum aborto é “permitido”, haveria uma outra questão a ser enfrentada: pode ser constitucional uma lei que autoriza a morte direta de um inocente? Como conciliar essa suposta permissão para o aborto com uma Constituição que garante a todos a “inviolabilidade do direito à vida” (art. 5º, caput, CF) e assegura à criança tal direito “com absoluta prioridade” (art. 227, caput, CF)? Como admitir que o Código Penal “permita” que a criança sofra pena de morte por causa do crime de estupro cometido por seu pai, se a Constituição afirma solenemente que “nenhuma pena passará da pessoa do condenado” (art. 5º, XLV, CF)? E mais: como conciliar alguma permissão para o aborto com o reconhecimento pelo Pacto de São José da Costa Rica de que o nascituro é pessoa?[5] 

O dilema do aborto “legal” 
Os defensores da tese do aborto “legal” encontram-se diante de um dilema. 

1. Se admitem que o artigo 128, CP, não permite o aborto, mas somente deixa de aplicar a pena para o crime já consumado, renunciam a sua tese. 
2. Se insistem em dizer que esse artigo permite o aborto, então são forçados a admitir que ele é inconstitucional. Se é assim, tal artigo simplesmente não está em vigor. Ou seja, o criminoso que praticar o aborto naquelas duas hipóteses nem sequer gozará da isenção de pena; sua conduta será enquadrada nos outros artigos que incriminam e punem o aborto (arts. 124, 125 e 126, CP). 

Conclusão
A crença na teoria dos quatro elementos durou muito tempo, mas não causou grandes prejuízos à humanidade. Ao contrário, a crença na doutrina do aborto “legal” tem causado imensos danos à população brasileira. Hospitais públicos têm-se especializado em praticar aborto quando a gravidez resulta de um suposto estupro, médicos acham que são obrigados a cumprir a “lei” (?) ou a “ordem” (?) judicial, autoridades policiais não instauram inquérito para apurar os fatos, crianças inocentes são mortas em série... Queira Deus que surjam novos juristas para destruírem essa crença tão perniciosa. 
Anápolis, 11 de janeiro de 2013. 
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz 
Presidente do Pró-Vida de Anápolis 
_____________
[1] SANTO AGOSTINHO, Comentário ao Gênesis, livro 7, cap. 21, n. 30. 
[2] Cf. RENÉ DESCARTES. O mundo (ou tratado da luz), cap. V. 
[3] Marco Antônio Silva LEMOS, O Alcance da PEC 25/A/95. Correio Braziliense, 18 dez. 1995, Caderno Direito e Justiça, p. 6. 
[4] Cf. CRUZ, Luiz Carlos Lodi da. Aborto na rede hospitalar pública: o Estado financiando o crime. Anápolis: Múltipla, 2007, p. 71-73. 
[5] Cf. art. 1º, n. 2 e art. 3º. Segundo recente entendimento do STF, esse Pacto tem status “supralegal”, estando abaixo da Constituição, mas acima de toda a legislação interna (cf. Recurso Extraordinário349703/RS, acórdão publicado em 05/06/2009).

18 de janeiro de 2013

Sem base em reivindicações jurídicas qualquer direito à homossexualidade

Um aspecto da histórica manifestação (800 mil pessoas) em defesa da família e contra o homossexualismo no dia 13 de janeiro em Paris
Paulo Roberto Campos 
A associação Avenir de la Culture distribuiu ontem à imprensa francesa e estrangeira um comunicado [abaixo] muito oportuno, comentando um outro comunicado: o documento lançado pela Conferência Episcopal francesa, três dias após a maior manifestação da história contra o “casamento” homossexual. 

Infelizmente, tal instituição episcopal, presidida pelo Cardeal André Vingt-Trois, está cedendo às reivindicações do lobby do movimento homossexual.


Procedendo desse modo lamentável, tais bispos estão deixando estarrecida toda aquela multidão [fotos acima e abaixo] que no dia 13 último saiu às ruas em defesa da Família e contra a agenda LGBT apoiada pelo governo socialista francês. 

Estarrecido encontra-se todo o mundo verdadeiramente católico com o documento episcopal, que propõe fazer concessões ao “projeto de lei Taubira” (nome da ministra da Justiça, Christiane Taubira), aceitando alguns casos de adoções de crianças por “casais” homossexuais e aceitando certas uniões entre pessoas do mesmo sexo, desde que não se use o termo “casamento”! Como se podem aceitar uniões gravemente pecaminosas se elas são contrárias à lei moral natural e às leis de Deus?! Um escândalo! 

Portanto, é inaceitável qualquer tipo de legalização de relações homossexuais. Inaceitável também a tentativa daqueles bispos franceses de abafar a santa indignação dos católicos contra um projeto tão oposto à doutrina católica e ao plano de Deus para o matrimônio e a família.

PS: A seguir, o mencionado comunicado de Avenir de la Culture (www.avenirdelaculture.fre novas imagens da manifestação do dia 13 p.p.  Algumas dessas fotos foram feitas e enviadas pelo meu colega Josias Batista de Pina, que participou do colossal protesto em Paris (para ampliar, click nas fotos). 

Comunicado de Avenir de la Culture
“Um fraco rei faz fraca a forte gente” 

17 de janeiro de 2013 

Esta célebre frase de Camões vem ao espírito ao ler o comunicado publicado ontem pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal, três dias após uma das maiores mobilizações que a França jamais conheceu.

Em decalagem com um milhão de manifestantes que clamavam pela retirada imediata do projeto de lei Taubira [foto abaixo], os mais altos responsáveis pela Igreja na França se limitaram a pedir que no debate parlamentar sejam encontradas formulações respeitosas do caráter heterossexual do casamento, da filiação e das pessoas homossexuais. 

Os bispos aceitam, portanto, o princípio de uma remodelação do direito da família: eles acolhem as reivindicações do lobby LGBT por um quadro jurídico solene, desde que a etiqueta “casamento” não venha embalar o produto e que a adoção de crianças pelos pares homossexuais se faça sem reconhecimento fictício de paternidade. 

Compreende-se que um organismo episcopal disposto a ceder a esse ponto deplore a crescente polarização entre uma França apegada à família tradicional e um governo socialista cegado pela “teoria do gênero”. 

Jamais se compreenderá como podem os Pastores católicos sugerir, ainda que implicitamente, um Pacs+ — isto é, um agravamento das parcerias homossexuais  como uma alternativa possível ao “casamento para todos”. 

Com efeito, tal fórmula está em aberta contradição com o ensinamento da Igreja, segundo o qual “não existe um direito à homossexualidade, o que não deveria, portanto, constituir a base para reivindicações jurídicas” (cf. Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, julho de 1992). 

Diante desse comunicado decepcionante, Avenir de la Culture reitera o que escreveu no dia 8 de dezembro último, em seu “Respeitoso apelo aos Bispos da França: Não tenhais medo!”:

“Os católicos de base quereriam uma Igreja sem complexos, que não hesitasse em entrar no embate das convicções e defendesse com voz forte os valores cristãos. Se os bispos persistirem em oferecer ao governo um ‘Pacs melhorado’ como alternativa ao ‘casamento para todos’, eles não farão senão aumentar o fosso existente entre eles e os fiéis”. 

Avenir de la Culture deseja ardentemente que outras vozes episcopais discordantes destas se façam ouvir, para que a Sra. Taubira não possa repetir um dia o que escreveu Simone Veil em suas memórias, evocando a legislação do aborto: “Com a Igreja Católica as coisas correram melhor do que eu podia imaginar”.
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14 de janeiro de 2013

HISTÓRICA E GIGANTESCA MANIFESTAÇÃO EM PARIS CONTRA O “CASAMENTO” HOMOSSEXUAL


Apesar do frio glacial, aproximadamente 800 mil pessoas participaram  neste domingo (13-1-13) em Paris da marcha contra o projeto do governo socialista, de François Hollande, de aprovar o “casamento” homossexual — o mal denominado “projeto de casamento para todos”. A colossal marcha foi considerada a maior mobilização realizada na França em 30 anos. 


Senhora segura cartaz com os dizeres:
"A Família é sagrada!"
As fotos tomadas no Champ-de-Mars, próximo à Tour Eiffel, para onde convergiram os manifestantes, mostram um oceano de gente. Bradando slogans, portando cartazes contrários ao homossexualismo ou em defesa da Família, jovens, idosos, crianças, famílias inteiras desfilaram de modo pacífico, mas animadamente, a favor do matrimonio tradicional, em reação contra o pseudo casamento de duplas do mesmo sexo.

Frente a tal demonstração de força, como agirá o governo Hollande? Ignorará a multidão? O normal seria imediatamente mandar engavetar o projeto, mas o lobby do movimento homossexual o pressionará e exigirá que o aprove, apesar de impopular e antinatural. Ademais, tal lobby pressiona o governo para também aprovar a absurda adoção de crianças por “casais” do mesmo sexo, substituindo as palavras "mãe" ou "pai" por "pai 1" e "pai 2" — o que é tão aberrante quanto ridículo! 


Faixa de veteranos de guerra: "Não há mais nação sem casamento de verdade"
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A respeito da manifestação, um vídeo encontra-se disponível no site do periódico parisiense “Le Figaro”:
http://www.lefigaro.fr/videos/player-video.php?bctid=2091854050001

11 de janeiro de 2013

Jovens em Caravana percorrem o Brasil em defesa da Família

Numa verdadeira Cruzada pela Família, 40 jovens cooperadores do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira ( http://ipco.org.br ) — estudantes universitários ou do ensino médio — abnegadamente dedicam seus dias de férias escolares para defender a instituição familiar divulgando os livros “Catecismo contra o Aborto”, “Homem e mulher Deus os Criou”, [foto] de autoria do Pe. David Francisquini, e a recém-lançada obra “Psicose Ambientalista” , de autoria de Dom Bertrand de Orleans e Bragança. A seguir, artigo a respeito e um vídeo da campanha dos caravanistas em Maringá (PR). 





Movimento homossexual tenta atrapalhar campanha pela Família mas não consegue 


Paulo H. Américo 

Sim, a Cruzada continua. E com todo vigor. Neste mês de janeiro, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira está novamente percorrendo o território nacional em defesa dos princípios perenes da civilização cristã. 

Em Maringá, os jovens caravanistas continuaram a Cruzada pela Família, uma campanha que visa a alertar a opinião pública para os principais adversários da família nos dias de hoje: o aborto, a agenda do movimento homossexual e diversos outros pontos contidos no projeto de novo Código Penal. 

Os voluntários do Instituto divulgaram na manhã do dia 7/1 os livros “Catecismo contra o Aborto” e “Homem e mulher Deus os Criou”, ambos de autoria do Pe. David Francisquini, além de folhetos explicativos do novo Código Penal. Na parte da tarde, o movimento homossexual tentou atrapalhar a caravana, mas pura e simplesmente não conseguiu! O vídeo mostra bem… 

A caravana deve continuar por todo este mês, e além dos livros mencionados acima, os jovens caravanistas difundirão o livro “Psicose Ambientalista”, do príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que defende mais um princípio básico da civilização cristã: o direito de propriedade, gravemente ameaçado pelo movimento ambientalista. 

A acolhida da população tem sido impressionante, o que mostra como o brasileiro na realidade é bem diferente do que mostra a mídia… Pedimos a todos nossos participantes que rezem para que a caravana continue tendo todo o sucesso.


7 de janeiro de 2013

CURITIBA: Manifestação contra o aborto no dia do “Massacre dos Inocentes”


De um colega da capital paranaense, Gabriel Zeymer, recebi um vídeo e o e-mail abaixo, datado de 28-12-12, e o transcrevo para conhecimento de nossos leitores. Como se sabe, na mencionada data é celebrada a festa dos Santos Inocentes — os pequeninos inocentes assassinados por ordem do rei Herodes. Este tinha a esperança de, mandando matar todas as crianças com idade inferior a 2 anos na cidade de Belém, matar também o Menino Jesus, pois, segundo as revelações, um Menino nascido em Belém seria Rei dos Judeus. 

Devido a tal crueldade, Herodes pode ser considerado o patrono de todos os abortistas. E, também por isso, na foto acima (representação do “Massacre dos Inocentes”, que se encontra exposta no interior da Catedral de Notre Dame de Paris) nas costas de Herodes (à esq. sentado num trono) nota-se o demônio, quem inspirou aquele ímpio rei a ordenar a matança dos inocentes. O mesmo demônio que, na época atual, inspira a prática do aborto — inspira todos aqueles que colaboram com a execução de inocentes indefesos no ventre materno.

E-mail de Gabriel M. Zeymer (28-12-12):
Houve hoje em Curitiba uma manifestação contra o aborto, por ocasião da festa dos Santos Inocentes. Esta manifestação vem se repetindo há alguns anos. 
Ela consta de uma missa, celebrada ao meio dia na Catedral, e uma apresentação pública com faixas e cartazes. Nesta manifestação se rezou o terço e foram coletadas assinaturas contra o aborto. Tal manifestação é promovida por um grupo Pro-Vida da Diocese. 
A respeito, fiz um vídeo com fotos e filmagem do evento, se achar conveniente sugiro publicar no blog
.

4 de janeiro de 2013

Como vemos nossos filhos?


Pe. Anderson Alves (*)

Percebe-se atualmente uma crise educativa cada vez mais intensa. De modo geral, constata-se que o nível médio de educação diminui drasticamente e que o processo formativo dos jovens enfrenta grandes dificuldades. As crianças e os adolescentes aprendem cada vez menos; a autoridade dos professores tende a desaparecer e os jovens, em meio a uma aparente energia, sentem-se sós e desorientados. E isso numa época de incrível desenvolvimento da Pedagogia. Nunca houve tantas pessoas que estudam essa ciência e nunca tivemos tantas teorias pedagógicas como agora.

No Brasil a crise educativa é cada vez mais preocupante, embora tenha eminentes pedagogos. Um recente estudo comparou a educação em 40 países e mostrou que o Brasil (6ª Economia do mundo) ficou em 39º lugar na educação, atrás de países como Singapura (5º), Romênia (32º), Turquia (34º) e Argentina (35º)[1]. Certamente uma das causas da atual crise educativa no Brasil não é a falta de recursos, mas algo mais profundo: não sabemos mais como ver e tratar os nossos filhos.

Até a metade do século passado, tínhamos uma ideia bem clara sobre o que eram os nossos filhos: acima de tudo, eram considerados um dom de Deus, um presente que nos tinha sido dado para ser tratado com atenção, carinho e muita responsabilidade. Os filhos eram vistos como um dom divino e a paternidade era considerada uma participação especial no poder criador de Deus. De modo que os filhos eram tratados com respeito e a vida era acolhida com alegria e generosidade.

Isso se deve ao fato de que nosso modo de viver até então era marcado pelos ensinamentos da cultura judaico-cristã. Seguia-se o exemplo de figuras como a de Ana (Cfr. 1 Sam. 1), uma mulher estéril que todos os anos ia a um Templo de Israel prestar culto a Deus, e que, certa vez teve a ousadia de pedir-lhe um filho. Depois que Deus escutara suas ferventes orações, ela retornou ao Templo para agradecer o dom recebido e para consagrar a vida daquele novo ser a Deus. Ana era plenamente consciente de que a vida humana procede e retorna a Deus, para quem nada é impossível.

A partir da “revolução” de maio de 1968 (Sorbonne) uma nova cultura surgiu, na qual a visão bíblica foi abandonada. Freud, na sua época, sonhava o dia em que fosse separada a geração dos filhos da estrutura familiar, algo que a partir de 68 vem se tornando frequente. Desde então, procura-se incutir nos jovens a ideia de que os filhos são um obstáculo, algo que tolhe a liberdade, a autonomia e que impede a realização pessoal. Os filhos passam a ser considerados como uma ameaça e a gravidez como uma espécie de doença, que deve ser evitada a todo custo. E às pessoas que não são tão jovens, transmite-se a ideia de que os filhos são um “direito”. Desse modo, os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom.

Daí surgem problemas sérios. Na Inglaterra, por exemplo, esse ano um dos pedidos mais feitos ao “Papai Noel” pelas crianças foi um pai; outro pedido comum foi, simplesmente, ter um irmão. O risco atual é que os adultos passem a considerar os próprios filhos como uma espécie de “mercadoria”, um sonho de consumo, que deve ser realizado num momento perfeitamente determinado. Os filhos são cada vez mais frutos de cálculos e não tanto do amor. E isso deixa feridas graves nas crianças.

Deixar de considerar os filhos como um dom divino e tê-los simplesmente como o resultado de uma técnica é um passo importante para a desconfiguração das famílias e para arruinar a educação. De fato, ocorre com frequência que os pais, paradoxalmente, procuram “superproteger” os filhos, buscando livrá-los de qualquer perigo e, ao mesmo tempo, não querem encontrar o tempo para dedicar-se à difícil tarefa educativa dos mesmos. As crianças são enviadas cada vez mais cedo às escolas e os professores devem se empenhar em transmitir valores que as crianças deveriam ter recebido em casa.

E há ainda outro grave perigo: os adultos procuram ter filhos mais para serem aprovados por eles, do que para transmitir um amor total, gratuito e comprometido. Sejamos sinceros: muitas vezes, em nossas famílias ocorre algo perverso: os pais se comportam como crianças, lamentando-se da infância que tiveram, e os filhos se sentem obrigados a comportarem-se como adultos[2]. Com essa mudança de papéis ninguém assume o a própria responsabilidade familiar, e isso se reflete no rendimento dos jovens nas nossas escolas e Universidades.
Nesse ponto, podemos talvez voltar nosso olhar ao livro que formou a civilização ocidental. O Evangelho conta-nos somente uma cena da adolescência de Jesus e do seu “processo educativo”. Quando ele tinha 12 anos, foi levado ao templo por Maria e José para participar na festa da Páscoa (Cfr. Lc 2). O jovem judeu quando cumpria essa idade iniciava a ser considerado adulto na fé. Quando aquela família deve retornar a casa, Maria e José se distraem e Jesus, como verdadeiro adulto, permanece no templo discutindo com os doutores da Lei. [representação acima. Imagem que se encontra em altar lateral da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na capital paulista] Quando ele é reencontrado, Maria o repreende, mesmo sabendo que quem estava diante dela não só era um “adulto” na fé, mas o mesmo Filho de Deus: “Meu filho, que nos fizeste? Teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição”. E Jesus, depois de manifestar a plena consciência da sua identidade divina (“não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”), volta à casa com Maria e José e “era-lhes submisso em tudo”. Que impressionante! Maria e José não fugiram de sua responsabilidade educativa em relação àquele adolescente que sabiam ser o Filho de Deus; e Jesus, sendo verdadeiro Deus, volta à casa com sua família, obedecendo-lhes em tudo até os 30 anos. Vemos assim que na família de Nazaré ninguém fugia da própria responsabilidade, uma vez que eram unidos por um verdadeiro amor, o qual se demonstra na autoridade, na humildade e no serviço e não no autoritarismo ou na indiferença.

Parece, portanto, que para se recuperar o sentido da verdadeira educação, para se enfrentar à grave crise educativa atual, devemos ajudar as famílias a considerarem a vida como um dom de Deus, a tratarem os seus filhos com verdadeira diligência, não delegando toda a responsabilidade educativa a outras pessoas ou instituições. A tarefa é árdua, mas pode ser realizada, especialmente à luz da fé que por séculos iluminou a nossa sociedade. Devemos voltar a seguir ao modelo da Sagrada Família mais do que aos parâmetros contraditórios de uma “revolução” que só trouxe ao mundo a exaltação do egoísmo, da irresponsabilidade e o consequente aumento do sofrimento dos mais débeis.
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(*) Pe. Anderson Alves é da diocese de Petrópolis (RJ), doutorando em Filosofia na Pontifícia Università della Santa Croce, em Roma. Este artigo foi publicado originalmente na “Agência Zenit”, em 30-12-2012. 
[1] Notícia no seguinte link: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/11/ranking-de-qualidade-da-educacao-coloca-brasil-em-penultimo-lugar.html 
[2] Sobre isso cfr.: G. Cucci, La scomparsa degli adulti, «La Civiltà Cattolica», II 220-232, caderno 3885 (5 de maio de 2012).

No Chile, 96,6% do Exército rejeita entrada de homossexuais

Procedente do Chile, nos chega uma muito auspiciosa notícia pró-família — um nobre exemplo para todas as nações — divulgada pela APF e publicada no portal UOL no dia 30 de dezembro.

No Chile, 96,6% do Exército rejeita entrada de homossexuais

SANTIAGO, 30 dez 2012 (AFP) - No Exército chileno, 96,6% dos oficiais e suboficiais rejeitam o ingresso de homossexuais na instituição, enquanto 52,1% declararam que são contra o homossexualismo, indicou uma pesquisa realizada pela própria instituição este ano e divulgada neste domingo por um jornal local. 


Na sondagem, difundida pelo "La Tercera", cerca de 9.000 militares de carreira foram consultados sobre se concordam com a entrada de homossexuais no Exército, dos quais 96,6% responderam que não; e 3,4%, que sim. 

Mais da metade dos militares, 52,1%, disseram que o homossexualismo "lhes causa rechaço". 

O comandante-em-chefe do Exército, José Miguel Fuente-alba, disse que os resultados da consulta "refletem o que ocorre no Chile", e afirmou que ser militar "é uma profissão em que as exigências trabalhistas e de liderança são diferentes das de outras profissões". "Hoje estamos vivendo um processo de mudança em muitos âmbitos, que é de grande complexidade", acrescentou o chefe militar. 

A pesquisa foi realizada em meio ao processo de adaptação que o Exército realiza diante da nova Lei de Discriminação, aprovada em julho, que pune atos arbitrários motivados por sexo, raça ou condição social. 

Considerando a nova lei e frente a um possível pedido de ingresso de homossexuais no Exército, 66,4% afirmaram que o homossexualismo "é incompatível com a disciplina da carreira militar". 
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Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/12/30/no-chile-966-do-exercito-rejeita-entrada-de-homossexuais.htm