23 de fevereiro de 2025

O aborto animaliza as pessoas, afirma bispo espanhol


O Ministério da Saúde espanhol publicou que em 2022 eram aguardados 428.208 bebês, mas só 329.892 conseguiram chorar, sorrir e abrir os olhos, pois os restantes — quase 100 mil — foram abortados. 

De modo contraditório, vigora simultaneamente no país a Lei do Bem-Estar Animal

O bispo de Orihuela-Alicante, Dom José Ignacio Munilla [foto], exclamou: “Quando a pessoa é animalizada, trata-se o animal como pessoa” e tira-se cruelmente a vida de um ser humano indefeso alegando um ‘direito’! 

Em certo sentido, pior do que o aborto é a animalização que esse crime acarreta. A aceitação social dessa degradação é a pior desgraça de nosso século.

16 de fevereiro de 2025

AS GUERRAS, A CRUELDADE E A BONDADE

 

Cenário dramático após a bomba atômica no Japão

  Plinio Corrêa de Oliveira 

Há guerras porque se diminuiu entre os homens a virtude bondade? 

As guerras vão se tornando cada vez mais cruéis. As guerras de Napoleão — em fins do século XVIII e nos primórdios do século XIX — foram enormes, mas não foram mundiais, foram guerras europeias. Na época, uma novidade, pois arrastou um continente inteiro. 

Depois vieram, no século XX, as guerras mundiais. Depois destas, temos as ameaças de guerras atômicas planetárias. 

O furor das guerras foi crescendo cada vez mais e o furor dos homens foi crescendo no mesmo passo que o das guerras, e à medida que se diminuía a bondade. Uma ação recíproca: as guerras aumentando, o furor dos homens aumentava; mas o furor dos homens aumentando, o furor das guerras aumentava. 

Antes de Nosso Senhor Jesus Cristo pregar sua doutrina na Terra, a ferocidade entre os homens era uma coisa fantástica. Os assírios, por exemplo, promoviam guerras para fazer prisioneiros e, em certos casos, furavam os olhos deles para trabalharem duramente, sem haver a possibilidade de fuga. Uma maldade e crueldade incríveis! 

Com a pregação do Evangelho, os homens foram sendo civilizados e a virtude da bondade ia predominando. 

Mas com a rejeição do Evangelho, podem as guerras ser eclodidas por castigo de Deus, assim como a propagação de epidemias. 

A conclusão poderia ser: quanto mais a humanidade se afasta de Cristo Rei, mais diminui a bondade e as guerras se tornam mais cruéis, com o que a bondade é mais reduzida, produzindo um círculo vicioso. 

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1º de maio de 1994. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

14 de fevereiro de 2025

CONCHITA FUENTES — sábio conselho da provecta influencer católica


  Paulo Roberto Campos 

A respeito do sacramento do matrimônio, viralizou conselhos de Conchita Fuentes, residente em Granada (Espanha), mas nascida em Madrid. Ela tem cinco filhos, nove netos e três bisnetos. 

Geralmente, ela fala de recordações de tempos passados, particularmente lembranças familiares, mas recentemente fez um vídeo falando da alegria, do sacrifício, da importância e da maravilha de vida daqueles que não se separaram após o casamento. 

Do alto dos seus 91 anos, suas valorosas e sinceras reflexões sobre a beleza da vida matrimonial, quando se respeita a Lei de Deus, causaram comoção nas redes sociais e fortificaram a fé de muitos, sobretudo de casais. 

Com ajuda técnica de uma neta de 17 anos, a elegante madrilena conta com 172 mil seguidores no Instagram, que ela os chama de “preciosos e queridíssimos”, pelos quais ela reza. Certa vez afirmou: “Minha oração está sempre focada no bem da minha alma e dos outros e quero que cada um que me vê saia melhor. Devo orar por cada um deles.” 

Com seu último vídeo, com o qual conquistou muito mais seguidores — alcançou mais de 1 milhão de visualizações, recebeu mais de 60 mil curtidas e uma quantidade enorme de comentários — Dona Conchita respondeu à seguinte questão: 

— "O que a senhora recomendaria aos jovens sobre o casamento?" 


— "Eles não sabem o que estão perdendo. O casamento é ordem, o casamento é alegria e, claro, sacrifício. Mas é algo maravilhoso. Não sei por que as pessoas hoje em dia não querem se comprometer. Não há nada melhor no mundo do que o compromisso e a seriedade. É daí que nascem a alegria, a esperança e os filhos – e como precisamos de mais filhos! Sou apaixonada pelo casamento. Sei que há momentos difíceis, mas eles podem ser superados. E, claro, devemos estar dispostos a tudo." 

Alguns comentários de seguidores, que extraí no Instagram dela: 

"Simples, clara e acertada! Impecável, como sempre!" 

"Concordo plenamente! Meu casamento teve desafios, mas fui muito feliz. Tenho lindas lembranças do meu esposo e sou grata por ter tido seis filhos e netos." 

"Que elegância, o que diz me encanta". 

"Lembra-me minha avó! Amo meu esposo e em dezembro completamos 25 anos juntos. Concordo totalmente com ela". 

"Eu também sou encantada pelo matrimônio". 

"Dou testemunho disso, já estou sete anos casada". 

"Fez-me chorar. Que beleza e quão acertado o que diz essa bela senhora. Todo meu respeito!” 

“O casamento é lindo, mesmo com tudo que a convivência diária acarreta, não é fácil, claro que não, digo com firmeza, muitas vezes a gente quer dizer basta, mas aí a gente respira e no silêncio você pede a Deus sabedoria, serenidade, paciência para resolver o problema que a pessoa pode estar passando e a paz chega e conversa com o seu marido e a gente percebe que tudo tem solução". 

"Fui casada por 50 anos até a morte do meu marido e me lembro dele todos os dias".

Termino com outro conselho de Dona Conchita sobre uma longa existência terrena. Ela diz que podemos todos chegar ao último dia de nossas vidas como um “Bom vinho Jerez: sendo útil, sendo elegante, não sendo vinagre, sendo vinho”...


11 de fevereiro de 2025

71º milagre ocorrido em Lourdes

 


Recente confirmação da cura, oficialmente reconhecida como milagrosa, do soldado John Traynor, da Marinha Real Britânica.

 

✅  Afonso de Souza

Fonte: Revista Catolicismo, fevereiro/2025

 

John Traynor
com uniforme de marinheiro
No dia 8 de dezembro passado, festa da Imaculada Conceição, Dom Malcolm McMahon, Arcebispo de Liverpool (Inglaterra), comunicou a cura milagrosa do soldado da Marinha Real Britânica, John Traynor, no 81º aniversário de sua morte.

        Esse foi o 71º milagre ocorrido em Lourdes a ser aprovado, depois de o Dr. Alessandro de Franciscis ter pedido, no ano passado, a revisão do caso Traynor, realizada pelo médico inglês Dr. Kieran Moriaty, membro do Comitê Médico Internacional de Lourdes.

Em sua pesquisa, o Dr. Moriaty descobriu várias pastas nos arquivos de Lourdes, que incluíam os depoimentos dos três médicos que naquela época examinaram Traynor antes e depois de sua cura, juntamente com outras evidências.

Isso levou a que o caso de Traynor fosse declarado não explicável pela ciência médica e considerado milagroso pela Igreja.

O arcebispo Dom McMahon declarou: “Dado o peso das evidências médicas, o testemunho da fé de John Traynor e sua devoção a Nossa Senhora, é com grande alegria que declaro que a cura de John Traynor, de múltiplas condições médicas graves, deve ser reconhecida como um milagre realizado pelo poder de Deus por meio da intercessão de Nossa Senhora de Lourdes.”

         O fato de o Arcebispo de Liverpool declarar depois de tanto tempo que a cura do militar inglês pode ser considerada milagrosa, mostra todo o rigor da Igreja em aprovar um milagre. Para se ter ideia disso, constate-se que o Bureau Médico de Lourdes, encarregado de analisar as possíveis curas tidas por milagrosas, registrou, desde 1905, sete mil curas “medicamente inexplicáveis”. Entretanto, destas, só 70 foram declaradas “milagrosas” pela Igreja.

John Traynor ainda debilitado sobe no trem em Lourdes e desce em Liverpool, após a cura milagrosa, levando sua antiga cadeira de rodas

De família profundamente católica

John Traynor nasceu em Liverpool, em 1883, de mãe irlandesa. Ela faleceu quando ele ainda era jovem. Em seu testemunho apresentado no site do santuário, Traynor afirma que “sua devoção à Missa e à Sagrada Comunhão e sua confiança na Mãe Santíssima permaneceram com ele como uma memória e um exemplo frutífero”. Pois sua mãe era, naquela época, “comungante diária quando poucas pessoas o eram”.

Consequências das batalhas

Em 1940, John Traynor na sua última visita
a Lourdes (no centro)
No início da Primeira Grande Guerra (1914-1918), participando no sítio de Antuérpia como membro da Reserva da Marinha Real, John Traynor foi atingido na cabeça por estilhaços ao tentar carregar um oficial para fora do campo. Recuperando-se rapidamente, voltou ao serviço.

         Em 25 de abril de 1915, ele participou de um desembarque anfíbio nas costas de Galípoli, como parte de uma tentativa mal-sucedida das tropas britânicas e francesas de capturar a península na Turquia ocupada pelos otomanos. Traynor foi dos poucos soldados a chegar à costa naquele primeiro dia, apesar do ataque de fogo de metralhadora pelas forças turcas que estavam no topo de barrancos íngremes junto à praia. Por mais de uma semana ele permaneceu ileso enquanto tentava liderar o pequeno contingente que sobrevivera ao ataque.

Entretanto, no dia 8 de maio o destemido militar recebeu uma rajada de metralhadora na cabeça, no peito e no braço, durante uma carga de baioneta. Seus ferimentos o deixaram com o braço direito paralisado e o tornaram suscetível a ataques epiléticos. Os médicos tentaram várias cirurgias para reparar os nervos danificados em seu braço e tratar dos ferimentos na cabeça que se acreditava serem a causa de sua epilepsia, mas sem sucesso.

         Tendo sido considerado “completa e incuravelmente incapacitado”, oito anos depois da batalha Traynor foi designado para internação em um hospital para incuráveis. Ele, entretanto, ignorando os apelos da esposa, dos médicos e sacerdotes, insistiu em participar da peregrinação de sua paróquia a Lourdes, de 22 a 27 de julho de 1923.

Efeito dos banhos nas piscinas

John Traynor após o milagre
“Levanto sacos de carvão que
pesam quase 100 qauilos”
Nos três primeiros dias da viagem, Traynor esteve gravemente doente. Já em Lourdes, enfrentando a resistência de seus cuidadores, conforme ele afirma em seu depoimento, “conseguiu ser banhado nove vezes na água da piscina da gruta”.

No segundo dia em Lourdes, o militar sofreu um severo ataque epilético enquanto era levado à piscina. Diz ele: “Sangue escorria da minha boca, e os médicos ficaram muito alarmados”. Mas quando tentavam levá-lo de volta ao seu alojamento, Traynor se recusou, puxando os freios da cadeira de rodas com sua mão sadia. Então, afirma ele em seu depoimento, “eles me levaram para o banho e me banharam da maneira usual. Nunca mais tive um ataque epilético depois disso”.

Quando estava na piscina no dia seguinte, sentiu que sua perna direita, até então paralisada, tornou-se “violentamente agitada”, e ele sentiu como se tivesse recuperado o uso dela. Como deveria retornar para a procissão eucarística, os seus cuidadores, que acreditavam que ele estava tendo outro ataque epilético, levaram-no às pressas para a igreja do Rosário.

Lá, quando o Arcebispo de Reims passou por ele com o Santíssimo Sacramento, também seu braço direito foi “violentamente agitado”. Então ele rompeu suas bandagens e fez o Sinal da Cruz, pela primeira vez em oito anos.

Sentindo-se curado, na manhã seguinte Traynor pulou da cama e correu para a gruta. Diante da imagem da Virgem, ele disse: 

“Minha mãe sempre me ensinou quando alguém pede um favor a Nossa Senhora ou deseja mostrar a Ela alguma veneração especial, deve fazer um sacrifício”. Então, continua,“eu não tinha dinheiro para oferecer, pois havia gastado meus últimos shillings em rosários e medalhas para minha esposa e meus filhos. Mas, ajoelhado diante da Mãe Santíssima, fiz o único sacrifício que pude pensar: resolvi parar de fumar”.

Imagem de Nossa Senhora na gruta das aparições


Conclui Madalaine Elhabbal, no artigo em que nos baseamos:

“Na manhã de 27 de julho, Traynor foi examinado por três médicos, os quais descobriram que ele havia recuperado sua capacidade de andar perfeitamente, assim como o uso e a função completos de seu braço e perna direita. As feridas em seu corpo haviam cicatrizado completamente e seus ataques epiléticos cessaram. Uma abertura em seu crânio, criada durante uma de suas cirurgias, também havia diminuído consideravelmente.

“Um dos relatórios oficiais emitidos pelo Bureau Médico de Lourdes em 2 de outubro de 1926 — mais tarde descoberto por Moriarty — afirma que a ‘cura extraordinária de Traynor está absolutamente além e acima dos poderes da natureza’.”1

Traynor teve três filhos após sua cura; deu a uma das filhas o nome de Bernadette. Acredita-se que John Traynor seja o primeiro católico britânico a ser curado em Lourdes, de acordo com o site do santuário.

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Notas:

Healing at Lourdes of British World War I soldier declared ‘miraculous’ By Madalaine Elhabbal Catholic News Agency Dec 10, 2024. https://www.catholicnewsagency.com/news/260945/healing-at-lourdes-of-british-world-war-i-soldier-declared-miraculous?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=catholic_news_healing_at_lourdes_of_british_world_war_i_soldier_officially_declared_miraculous&utm_term=2024-12-10

10 de fevereiro de 2025

BOLO NO ESPETO


  Jorge Vicente Saidl 

“Bolo no espeto” soa realmente muito estranho em português. No entanto, é a tradução literal de “gâteau à la broche”, expressão francesa que designa uma muito bela e saborosa tradição culinária lituana.

Porque um bolo lituano com nome francês? No fim do artigo vai ficar claro. 

Espeto não é bem o termo adequado, porque a iguaria é preparada num torno, como se pode ver na ilustração, e, ademais, sobre o eixo há um cone. 

A massa é derramada sobre o cone, junto ao fogo, fazendo com que, à medida em que o torno vai girando, vá espirrando e se solidificando, formando pontas como se fossem galhos, daí o termo lituano “šakotis“, derivado de “šaka“ (galho de árvore). 

O bolo, depois de pronto, é retirado do eixo, ficando parecido com o galho de uma de árvore. 

O “bolo no espeto” tem várias versões em diferentes países, porém são cilíndricos simplesmente e não têm os “galhos”. 

Com uma receita que leva muitos ovos, fica com coloração amarelada e tem mais propriamente a consistência de um biscoito. 

Enquanto na Alemanha a versão local chamada de “Baumkuchen” é servida mais no Natal, e talvez mais ou menos o mesmo aconteça com os “parentes” de outros países, o “šakotis”, que em princípio é destinado a ocasiões especiais, é enormemente difundido na Lituânia e não há supermercado onde não se encontre mais de uma marca do produto. 

Passando-se a fronteira da Lituânia, já não mais se vê. 

Entretanto, é surpreendente encontrá-lo na sua versão francesa, num canto da França, perto de Lourdes. 

No Château Fort Musée, dessa importante cidade mariana, está a explicação: Numa das salas do museu se encontra uma representação do torno para o feitio do bolo e uma placa explicando que, passando pela Lituânia, as tropas napoleônicas levaram a receita para seu país natal. Curiosamente que só para este extremo sul do território francês. Apenas um ou alguns soldados franceses da região dos Pirineus se interessaram pela receita. Talvez outros tiveram interesse, mas estavam muito apressados para deixar o território então russo ou caíram no campo de batalha. Em terras francesas, o “Šakotis” que poderia se chamar “Chacotis”, entretanto foi batizado com o nome de “gâteau a la broche”

O Šakotis talvez deva ser considerado o principal manjar doce lituano. 

Dos salgados, o prato principal é provavelmente o Didžkukuliai, mais conhecido como Cepelinai, por ter o formato de um balão Zeppelin. Mas isso é outra questão, que poderia ser tema para um próximo artigo.






7 de fevereiro de 2025

Num mundo em combustão, a restauração da catedral de Notre-Dame no esplendor de sua sacralidade

Foto feita após a magnífica restauração da catedral de Notre-Dame, uma das obras primas da arquitetura gótica nascida da Cristandade medieval, bem simboliza a promessa de restauração espiritual da humanidade e o triunfo da Igreja Católica.

Magnífica restauração, símbolo do Triunfo da Santa Igreja Católica Apostólica Romana 


Transcrição do editorial da revista Catolicismo, Nº 890, fevereiro/2025 

No transcurso do 861º aniversário da catedral de Notre-Dame de Paris e do quinto ano do voraz incêndio que consumiu parte desse maravilhoso edifício medieval, podemos hoje contemplá-la restaurada de modo idêntico ao original, no esplendor de sua sacralidade, graças à arte de quase dois mil competentes restauradores. Um sonho, um milagre, uma magnífica realidade! 

As labaredas do trágico e inesquecível dia 15 de abril de 2019 serviram como advertência de Deus à humanidade pecadora que voltou as costas à Religião Católica, deixando-a ser consumida pelo incêndio produzido pela “fumaça de Satanás” que se alastrou nos ambientes católicos sobretudo após o Concílio Vaticano II. 

Mas a restauração da catedral — alma da França e, em certo sentido, dos católicos de todos os países — é símbolo também de um Grand Retour, um grande retorno da humanidade ao onipotente Rei de todos os homens, Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Como expõe a matéria de capa da edição de fevereiro da revista Catolicismo, tal restauração deixou o mundo inteiro maravilhado, mas infelizmente nem tudo transcorreu como desejado pelos católicos. 

O clero progressista não queria uma restauração da catedral na sua belíssima originalidade medieval, mas com traços da “arte” contemporânea. Graças a Deus, e à forte reação, não conseguiu. Entretanto, em objetos decorativos, ele deixou a marca do modernismo, esquecido de que modernismo e medievalismo, como dizem os franceses, “hurlent de se trouver ensemble” (urram por se encontrarem juntos). 

Horrenda marca que também ficou exposta (e ridicularizada nas redes sociais) na cerimônia de reinauguração, com os paramentos de bispos, padres, diáconos e cônegos. Vestimentas tão ridículas que muitas crianças perguntaram a seus pais por que eles estavam com roupas de palhaços... 

Em oposição ao que representa para o mundo a restauração da catedral de Notre-Dame, um novo movimento cultural — a Revolução Woke — atua na opinião pública. Após adquirir visibilidade nos EUA, ela procura se expandir em todos os países. Na França, o wokismo se encontra atualmente no centro da batalha cultural. Sob pretexto de combater as “injustiças sociais”, ele visa derrubar os alicerces da Cristandade. Nossos leitores poderão conhecer melhor sobre o tema na matéria da revista deste mês. 

Tenhamos plena confiança de que Deus — após advertir a humanidade com o incêndio de Notre-Dame — encadeará e vencerá os mentores da Revolução Woke, trazendo o triunfo de sua Mãe Santíssima com uma restauração espiritual no mundo inteiro.

4 de fevereiro de 2025

POLÔNIA — MONUMENTAL IMAGEM DE NOSSA SENHORA



  Paulo Roberto Campos

A maior imagem da Santíssima Virgem na Europa está sendo erigida em Kikol, há 170 Km a noroeste de Varsóvia. 

A gigantesca obra [foto acima] é financiada pelo bilionário católico polonês Roman Karkosik [foto ao lado], detentor de uma das maiores fortunas do país. Ele pretende concluir no próximo ano a instalação da imagem da Virgem Maria com 55 metros de altura em sua propriedade. 

Renata Golebiewska, a prefeita da pequena cidade, já aprovou o projeto. 

Na Europa, será a maior imagem de Nossa Senhora. Atualmente a maior imagem da Virgem fica nas Filipinas, medindo 90 metros. 

Na Polônia já existe uma monumental imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com 52 metros de altura, ela se encontra em Swiebodzin, no oeste do país. No mundo, a maior imagem de nosso Divino Salvador, medindo 61 metros, se encontra na Indonésia. 

No Brasil, a maior imagem de Jesus é o imponente Cristo Redentor no alto do morro do Corcovado, no Rio de Janeiro. A imagem é uma das maiores do mundo, conta com 38 metros, somando os oito metros do pedestal.

 

3 de fevereiro de 2025

Pais não querem celular nas escolas



62% de 2.029 pais entrevistados em 113 municípios não querem os celulares nas escolas.

Pesquisa da TIC Educação registrou que 28% das instituições de ensino, urbanas e rurais, já aplicam restrições rígidas. 

A UNESCO fez relatório contra o seu uso nas aulas e apontou os prejuízos causados aos estudantes. 

Os celulares foram banidos em escolas dos EUA, França, Espanha, Finlândia, Itália, Holanda, Canadá, Suíça, Portugal e México. 

Na rede pública municipal do Rio de Janeiro, o prefeito vetou seu uso dentro e fora da sala de aula. O Ministério da Educação projeta uma lei para banir o aparelho nos colégios.

1 de fevereiro de 2025

2 de fevereiro — Festa de Nossa Senhora das Candeias

 

Andor com a imagem da Virgem da Candelária, santa padroeira das Ilhas Canárias (Tenerife)

Realiza a Santa Igreja, no dia 2 de fevereiro, a solene bênção das candeias, uma das três principais bênçãos de todo o ano; as outras duas são a de Cinzas e a de Ramos.

Essa cerimônia tem relação direta com o dia da Purificação da Santíssima Virgem, de maneira que, se o dia 2 de fevereiro coincide com um domingo, transfere-se aquela festa para o dia seguinte, mas a bênção das Candeias e a Procissão, que é seu complemento, permanecem fixas no dia 2 de fevereiro. 

Com o fim de unir sob um mesmo rito as três grandes bênçãos de que falamos, ordenou a Igreja o uso da cor roxa para a das Candeias, a mesma que se usa na de Cinzas e de Ramos: O “Liber Pontificalis” diz que a Procissão foi estabelecida em Roma pelo Papa Sérgio (687-707) e que se realizava na igreja de Santo Adriano para a de Santa Maria Maior; contudo, ela, seguramente, é anterior a esse Papa. 

A princípio, a procissão teve em Roma um caráter penitencial: o Papa caminhava descalço; os paramentos eram por vezes negros. Foi no século XII que ela perdeu esse caráter de austeridade, tomando o de alegria. Apesar disto, os oficiantes conservam os paramentos de cor roxa, e somente os deixam por ocasião da Missa. 

Desde o século VII os estudiosos da Sagrada Liturgia vêm dando muitas explicações ao mistério desta cerimônia. Para Santo Ivo de Chartres, em seu Segundo Sermão sobre a presente festa, a cera das velas, extraída do suco das flores pelas abelhas, as quais toda a Antiguidade considerou como símbolo da virgindade, significa a carne virginal do divino Infante, que não violou a integridade de Maria, nem em sua concepção, nem em seu nascimento. 

Na chama da vela nos faz ver o santo Bispo a figura de Cristo, que veio para iluminar nossas trevas. Santo Anselmo, em suas "narrações" sobre São Lucas, explicando esse mesmo mistério nos diz que há de se considerar três coisas no Círio: a cera, a mecha, e a chama. A cera, diz ele, obra da abelha virgem, é a carne de Cristo; a mecha, que é interior, é a alma; a chama que brilha na parte superior, é a divindade. 
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(Dom Prospero Guéranger. El Año Liturgico, tomo I. Adviento y Navidad,Editoral Aldecoa, Burgos, excertos das pp. 835 a 838).