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Foto: lvan Rocha / Agência Brasil |
Enquanto milhões de
brasileiros sofriam e choravam devido à tragédia que se abateu sobre o Estado
gaúcho, uma imoralíssima e demoníaca festa de blasfêmias e zombarias acontecia no
Rio de Janeiro
✅ Paulo Roberto
Campos
Causou
euforia em certo público e muita indignação em outro, a realização na Praia de
Copacabana, no primeiro sábado do mês de maio, do show da pornocantora “Madonna”.
Trata-se
de uma americana de terceira idade, cujo objetivo na vida parece ser o de ultrajar
Nossa Senhora, utilizando não só seu Nome, mas apresentando-se muitas vezes, de
modo blasfemo e sacrílego, em trajes que lembram as vestimentas da Santíssima
Virgem. Já ousou também ultrajar seu divino Filho, apresentando-se crucificada
como Jesus Cristo. Seus trajes são com frequência negros, lembrando o mundo satânico,
misturados com símbolos católicos, fazendo uma paródia da Religião [vide quadro abaixo].
Entre
centenas de manchetes, selecionei apenas algumas para transcrever aqui. Uma, do
portal TERRA do dia 5 de maio, sintetiza o ocorrido: “Além de simulação de sexo, blasfêmia, beijo lésbico e masturbação,
show de Madonna homenageou Che Guevara.” [foto ao lado] Nisso, bem se vê como as coisas
semelhantes se atraem, ou seja, perversões morais, comunismo, ódio à Igreja
Católica, homossexualismo, orgias etc. “Dize-me
com quem andas e te direi quem és”... As fotos de aspectos do show-pornochanchada
são impublicáveis, sobretudo em uma revista verdadeiramente católica como a
nossa, lida por pais, mães e filhos.
Do
portal UOL (5-5-24), com a manchete “Madonna,
a maior, faz no Rio a festa da família nada tradicional brasileira”, copio
esta informação: “Uma grande roda com
bailarinos que simbolizam Jesus e padres com incensários pelo palco criam um
dos momentos mais impactantes do espetáculo.”
E
na revista FORUM (5-5-24), no subtítulo Tradição,
Família e Propriedade, lemos: “Entre
beijos trans, homossexuais, gregos, simulações de atos imorais, drag queens, Madonna quebrava a
tradição.”
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“DEVIL PRAY”
“O diabo reza” é o abominável título de uma composição feita pela referida pornocantora americana para o seu 13º álbum. A letra musical, além de tratar do tema das drogas, pecados, tentações, Deus e salvação eterna, tem também conotações diabólicas, como se pode constatar neste trecho da canção:
O diabo está aqui para enganar você
Mãe Maria, você não pode me ajudar?
Porque eu estou fora do caminho
Todos os anjos que estavam ao meu redor
Já voaram para longe
O chão sob meus pés está ficando mais quente
Lúcifer está próximo
Segurando as pontas, mas eu estou ficando mais fraca
Me veja desaparecer
E nós podemos usar drogas.
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Quase
todas as cidades gaúchas foram atingidas pela tragédia
Uma grande multidão — atraída e depois enormemente inflada
pela propaganda da grande e inescrupulosa mídia —, festejava em Copacabana,
enquanto milhões de gaúchos sofriam em consequência das fortes chuvas e enchentes
que devastaram o Rio Grande do Sul. Esses nossos irmãos continuam padecendo, pois enquanto escrevo este
artigo, em meados de maio, os níveis dos rios subiram em algumas cidades, deixando
submersas casas, empresas, lavouras, animais, estradas e pontes. Regiões
inteiras estão debaixo d’água, completamente arrasadas ou cobertas pela lama. Pelas
fotos, deu-me a impressão de estar vendo zonas de guerra, como se fossem
cidades inteiramente bombardeadas.
Segundo comunicado da Federação
das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), 90% das empresas
do Estado estão em cidades atingidas pelas cheias. “Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais,
impactando segmentos significativos para a economia do Estado”, declarou o
presidente em exercício da FIERGS, Arildo Bennech Oliveira.
Um
boletim da Defesa Civil informou que, dos 497 municípios gaúchos, 463 foram
afetados — ou seja, quase todas as cidades. A catástrofe impacta mais de 2
milhões de pessoas; quase um milhão delas se viram obrigadas a abandonar suas
casas; incontáveis famílias tiveram seus bens levados pelas correntezas e agora
têm dificuldade de obter o básico para sobreviver; escaparam levando apenas a
roupa do corpo; foram reduzidas ao estado de pobreza da noite para o dia.
Segundo
alguns especialistas, essa calamidade no Sul é pior do que aquela causada pelo Katrina, o furacão e tempestade tropical
que em agosto de 2005 inundou 80% da cidade americana de New Orleans, a qual
demorou 10 anos para ser reconstruída.
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Show da pornocantora “Madonna”,
no RJ, na Praia de Copacabana Foto: Fabio Motta - Prefeitura do Rio |
O
que vimos até agora é apenas a ponta do iceberg
Se
é duro dizer que quase 200 pessoas morreram, mais de 100 estão desaparecidas e 806
feridas — de acordo com os dados disponíveis até o momento —, mais triste ainda
é ser obrigado a reconhecer que os danos piores ainda estão por vir, pois mesmo
depois de as águas baixarem, perdurará infelizmente o dito de que as desgraças
nunca chegam sozinhas. Por exemplo, além dos roubos às casas abandonadas e dos
casos de estupros — inclusive de crianças! — nos abrigos lotados, começam a aparecer
algumas doenças transmissíveis e problemas respiratórios desencadeados pelo contato
com águas contaminadas e matérias em decomposição.
O
presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, Dr. Alessandro Pasqualotto, declarou
que, “como podemos imaginar, essa água
está nitidamente contaminada. Ela é escura e deve estar cheia de matéria
orgânica, com excretas de humanos e outros animais [...]. Obviamente quem teve
contato com esses líquidos corre um risco maior de adoecer”.
Confirma
esse parecer o médico infectologista Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold,
professor da Universidade Federal de Santa Maria (RS): “As doenças diarreicas são a maior causa de morte por questões
infecciosas após desastres hídricos.”
Baseado
na cadeia de consequências danosas, como alimentos contaminados, e sequelas que
esse tipo de desastre provoca na saúde das vítimas, até mesmo em razão de
doenças mentais, o Dr. Carlos Machado, especialista em saúde pública e ciências
ambientais, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, afirmou que a catástrofe pode
se revelar muito mais grave do que até agora temos constatado: “Cada desastre tem características muito
próprias, mas em todos eles os registros constituem só a ponta do iceberg em termos de impacto na saúde.”
Sem
falar das enfermidades homogêneas ao transtorno do estresse pós-traumático
(TEPT), agravados pela desestabilização do sistema de saúde, com postos,
clínicas e hospitais alagados e/ou danificados.
Segundo
o Dr. Machado, há aumento de casos de TEPT, como insônia, amnésia, fobias,
ansiedade, depressão e outros transtornos. Também não é incomum que famílias
atingidas pelas enchentes tenham que lidar com abuso de substâncias (Cfr. BBC News
Brasil em Londres, 15-5-24).
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Destruição na cidade gaúcha Arroio do Meio por causa das enchente. [Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini]. |
A
Cruz como condecoração aos combatentes
É
sobretudo em momentos de sofrimentos como esses, causados por tão terrível
catástrofe, que devemos dobrar os joelhos e olhar para o Céu, pedindo
clemência. O Livro dos Provérbios nos ensina “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria [...]. Repreende o justo
e ele te amará” (Pr 9, 8-10). Se essa disposição de alma prevalecer, a
tragédia no RS será de molde levar os gaúchos a reconhecerem suas faltas — e a
serem nisso imitados pelos demais brasileiros, pois a todos, em grau maior ou
menor, podem ser dirigidas as palavras do Evangelho “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar uma pedra...”
(Jo 8,7). Assim, a catástrofe, em vez de minorar, poderá engrandecer o Estado
gaúcho e todo o Brasil, pois estaremos mais voltados para Deus, Autor de todo
bem e de toda grandeza.
A
Cruz é símbolo de sacrifício e de luta, mas também de vitória. “Nosso Senhor e Nossa Senhora, quando querem
nos condecorar, põem-nos uma Cruz nas costas”, dizia o Prof. Plinio Corrêa
de Oliveira. Deus nos envia advertências e cruzes para nos alertar que os bens
materiais, assim como tudo nesta vida terrena, são transitórios, e que somos
chamados à vida eterna na glória deslumbrante do Céu.
“Pão
e circo” e um governo desgovernado
Ao mesmo tempo em que vimos, de um lado, uma calamidade sem
precedentes se abater sobre um Estado inteiro, flagelando incontáveis famílias,
vimos, de outro lado, uma folia erótica zombando da instituição familiar — pior,
zombando de Deus e de Maria Santíssima — no show de conotações
blasfemas, satânicas e pornográficas.
Seguindo a mesma política do “panem et circenses” do Império Romano, governos desgovernados oferecem atualmente ao povo pão e
divertimento, a fim de que ele se esqueça das mazelas, da situação caótica do
País e dos desmandos governamentais. É assim que as massas se tornam mais facilmente
manipuláveis, e aquele imoral show multitudinário serviu inteiramente a
esse objetivo.
Nosso
governo perdulário vai se tornando cada vez mais impopular. Na atual emergência
sul-rio-grandense, ele, por oportunismo, faz comícios prometendo grandes ajudas
às cidades mais castigadas pelas chuvas, aproveitando-se da triste situação para
seduzir eleitores.
Até
a insuspeita “Folha de S. Paulo” parece ter ficado chocada com o oportunismo na
atitude de Lula da Silva, utilizando-se da tragédia como palanque eleitoral,
agindo “para ficar bem na foto”. Eis
um trecho de um dos artigos daquele periódico no dia 15 de maio:
“O presidente Lula (PT) anunciou
nesta quarta-feira (15) medidas para socorrer famílias do Rio Grande do Sul em
evento com tom de comício em meio às enchentes que destruíram casas e cidades.
O ato ocorreu em São Leopoldo, maior município governado pelo PT no estado, a
cerca de 35 km de Porto Alegre e um dos mais afetados pela tragédia. O evento
foi marcado por gritos da plateia geralmente usados em campanhas petistas e por
elogios a Paulo Pimenta [PT], que é potencial candidato a governador em 2026 e
foi nomeado para comandar a pasta extraordinária de reconstrução do RS”.
Apesar
de ter recebido vários alertas após o aguaceiro ocorrido na mesma região no ano
passado, o governo não tomou medidas preventivas para impedir, ou ao menos
amenizar, as presentes cheias. Estando assim enlameado, inclusive por tal
negligência, o governo, para escapar das críticas e continuar na farra dos
gastos entre os companheiros de partido, faz o mais fácil: joga toda a culpa
nas costas do alardeado “aquecimento global”...
Assim,
a mesma tragédia poderá se repetir no próximo ano, apesar das vultosas verbas
destinadas à reconstrução do Estado. Como geralmente ocorre com governos pouco
escrupulosos — já vimos esse filme várias vezes —, o dinheiro público poderá
ser mal empregado e/ou desviado. Foi o que aconteceu, por exemplo, no caso da
catástrofe que se abateu sobre a região Serrana do Rio de Janeiro, atingida
pelas fortes chuvas em 2011. Donde política do “pão e circo”, à qual nos
referimos acima.
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Na “Operação Abrigo Pelo Mar”, Marinha Brasileira mostra plantações submersas no RS [Foto: Marinha do Brasil/via Fotos Públicas] |
“O blasfemo afia ele
mesmo a espada que o há de ferir”
O
mencionado show de depravação representou o escárnio àqueles que
perderam seus parentes, suas casas, suas histórias e outros bens no RS.
Representou também o escárnio a todos que naquele momento lutavam pela
sobrevivência: bebês, crianças, jovens, adultos e idosos sem alimentos, que
faziam de tudo para serem resgatados das águas torrenciais.
Enquanto
o espetáculo de pornochanchada se realizava ante uma multidão embrutecida e
posta em delírio, milhões de brasileiros eram escarnecidos — particularmente aqueles
infortunados que se viram obrigados a fugir de suas casas para acampar em algum
lugar desconhecido, inclusive em rodovias, pois tiveram suas regiões evacuadas.
Escarnecidos foram também os heroicos voluntários que arriscaram as suas
próprias vidas e o conforto pessoal para se empenharem diuturnamente nos
resgates e no auxílio aos flagelados.
As
vítimas do Rio Grande do Sul foram também escarnecidas por aquela que é
considerada a maior rede de TV do Brasil. No pior dia da tragédia, ela dedicou menos
tempo à calamidade gaúcha que ao show satânico, o qual despejou, ao vivo
e a granel, por seu intermédio, pornografia em incontáveis lares, favorecendo a
destruição da inocência de milhões de crianças. Além disso, ela encerrou um de
seus programas de notícias — o de maior audiência — aos risos com as notícias
sobre o show de perversões morais.
Escárnio ao Cristo Redentor! Essa zombaria a Nosso Senhor Jesus
Cristo não é de molde a atrair a ira divina sobre o Brasil — a sua outrora
verdadeiramente querida Terra de Santa Cruz? Deixo a resposta com São João Crisóstomo:
“O insensato que lança uma pedra contra o
céu não pode atingir os astros, mas expõe-se ao perigo de a ver cair sobre si;
assim o blasfemo não atinge o objeto celeste que ataca, mas atrai sobre si a
vingança divina. O blasfemo afia ele mesmo a espada que o há de ferir.”
Pelo contrário, se tal show de zombarias,
imoralidades e blasfêmias tivesse sido cancelado — já não digo por amor a Deus,
mas ao menos em memória dos incontáveis de nossos irmãos que morriam e sofriam
nas cidades gaúchas —, isso não atrairia as bênçãos e graças divinas sobre o nosso
País e todos os brasileiros? Ademais, os milhões de dólares que a pornocantora
recebeu dos cofres públicos (retirados dos bolsos dos brasileiros), poderiam
ser destinados a socorrer mais famílias flageladas.
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Um dos vários centros de ajuda para os atingidos pela catástrofe [Foto: Cristiane Rochol /PMPA]. |
Reparação
a Deus, arrependimento e emenda de vida
Aos promotores do espetáculo de aberrações, imoralidades e
blasfêmias aplicam-se bem as palavras de indignação do Apóstolo São Paulo ao invectivar:
“Não
vos enganeis; de Deus não se zomba” (Epístola aos Gálatas, 6, 7). Não
se zomba impunemente... pois, como preceitua o divino Decálogo: “Não
tomarás o nome de Deus em vão”. Mandamento que não concerne apenas ao
seu nome e ao supremo respeito que devemos a Ele, mas a tudo que há de sagrado
relacionado ao nosso Redentor. “Quando se
ama a Deus, Nosso Senhor, de todo o coração e se vê o seu santo nome profanado
da maneira mais revoltante, é impossível suportar isto sem indignação” (São
Bernardo de Claraval).
Será
que os assistentes daquela fuzarca orgíaca em Copacabana a teriam ovacionado se
soubessem das afrontas a Deus e da quebra dos valores visados e escarnecidos pelos
organizadores? E se soubessem do que estava encoberto por eles, como os
aspectos indecentes e satânicos? — Certamente, uma parte muito maior do público
teria se indignado e rejeitado o show bizarro e ultrajante à Religião e
à honra dos brasileiros.
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Supliquemos a Nossa Senhora
Aparecida, Rainha e Padroeira
do Brasil, que faça crescer entre
nós a indignação e rejeição a
tudo aquilo que é contrário aos
Mandamentos de Deus, para que
possamos realizar plenamente a
nossa grande vocação de Terra
da Santa Cruz, tão bem representada pela imagem de nosso
Divino Redentor com os braços
abertos no alto do Corcovado. |
Rezemos
a Deus — por intermédio de Maria Santíssima, Medianeira universal de todas as
graças —, pelo arrependimento e emenda de vida dos infelizes pecadores, pois,
como afirmou Santa Jacinta de Fátima, “Se
os homens não se emendarem, Nossa Senhora enviará ao mundo um castigo como não
se viu igual.”
E
supliquemos a Ela, sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e
Padroeira do Brasil, que faça crescer entre nós a indignação e rejeição a tudo aquilo
que é contrário aos Mandamentos de Deus, para que possamos realizar plenamente
a nossa grande vocação de Terra da Santa Cruz, tão bem representada pela imagem
de nosso Divino Redentor com os braços abertos no alto do Corcovado.
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Dedicação e coragem de Mons. de Belzunce, bispo de Marselha, durante a peste de 1720
– Nicolas André Monsiau (1754-1837). Museu do Louvre, Paris. |
O que é preciso
fazer nas épocas de grandes calamidades?
Em
artigo escrito com o título em epígrafe para o jornal “Legionário”, no
longínquo 4 de fevereiro de 1945, Plinio Corrêa de Oliveira faz um comentário
muitíssimo oportuno, que serve como uma luva para os presentes dias de
calamidades e guerras, particularmente aplicável à catástrofe que se abateu
sobre o Rio Grande do Sul.
Basta pensarmos nas cidades
flageladas e no simultâneo show, o espetáculo carnavalesco de perversões
morais na Praia de Copacabana.
* * *
Sempre fomos contrários aos divertimentos
carnavalescos. E especialmente durante o tempo de guerra. Consideramos
censuráveis essas orgias de fundo pagão.
Com efeito, há entre todos os membros da grande
família humana uma solidariedade objetiva e profunda, que torna indecorosas as
diversões feitas em público, e com estrondo, quando tantos homens sofrem nos campos de batalha, e tantas famílias
choram nos países em guerra.
A essa solidariedade natural de todos os
homens, devemos acrescentar a solidariedade sobrenatural infinitamente
mais preciosa, que a todos nos vincula, a todos os católicos, como membros do Corpo Místico de Nosso Senhor
Jesus Cristo, que é a Igreja Católica. Devemos sentir, como se fossem praticados em nós mesmos, todos os crimes,
todas as injustiças que sofrem nossos irmãos [...].
Opressos e perseguidos, nossos irmãos
católicos? E nós nos divertimos, divertimo-nos — o que é mil vezes pior
— ofendendo a Deus?
Nas épocas das grandes calamidades, é preciso gemer
junto ao altar, é preciso rezar, é preciso fazer penitência, é preciso
distribuir esmolas. Assim se aplaca a ira de Deus, se vencem os ímpetos
desordenados da natureza e se expulsam os demônios.
Pelo contrário, nós abandonaríamos o altar pelo
baile, a penitência pela orgia, e esbanjaríamos em futilidades o dinheiro das
esmolas. Para quê? Para colocar nas mãos de Deus o látego com que
devemos ser punidos?