Paulo Roberto Campos
prccampos@terra.com.br
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Como se sabe, a chamada “lei da homofobia” (Projeto de Lei 122/2006, da deputada petista Iara Bernardi) foi aprovada na Câmara dos Deputados — evidentemente sem consulta popular, pois se houvesse seria reprovada — e atualmente tramita no Senado.
Na próxima semana, com o fim do recesso parlamentar, certamente esse tema voltará à pauta. Assim, temos que ficar “de olho” nessa questão de suma gravidade e de trágicas conseqüências para as famílias normalmente constituídas.
Se aprovado tal projeto de lei, acarretará numa verdadeira perseguição religiosa a todos que sigam a moral da Santa Igreja. E isso no Brasil, cuja imensa maioria da população é católica. Além de facultar enormes privilégios ao homossexualismo, acarretará também na censura de nossos mais fundamentais direitos — o da livre manifestação de opinião. Será considerado criminoso quem manifestar seu pensamento contrário ao homossexualismo e poderá ser preso.
O que está para acontecer
"A lei que pretende conceder privilégios ao homossexualismo, criando a figura penal da “homofobia”, está muito longe de ser inofensiva. Já agora os homossexuais militantes, organizados em associações, com o apoio do governo e o aplauso dos meios de comunicação social, vêm obtendo, junto ao Judiciário, indenizações por “danos morais”, pensão alimentícia após a morte do “companheiro” e inclusive o direito de adotar crianças! Há juízes e tribunais decidindo contra a lei, à semelhança daqueles que “autorizam” a prática de um aborto de bebê anencéfalo.
O PLC 122/2006, se convertido em lei, conforme compromisso do presidente, acarretará uma perseguição religiosa sem precedentes em nosso país. Vejamos:
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A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de um ato obsceno (“manifestação de afetividade”) por homossexuais (art. 7°).
Na mesma pena incorrerá a dona-de-casa que dispensar a babá que cuida de suas crianças após descobrir que ela é lésbica (art. 4°).
A conduta de um sacerdote que, em uma homilia, condenar o homossexualismo poderá ser enquadrada no artigo 8°, (“ação [...] constrangedora [...] de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”).
A punição para o reitor de um seminário que não admitir o ingresso de um aluno homossexual está prevista para 3 a 5 anos de reclusão (art. 5°)
No entanto, as conseqüências acima (que já são realidade em países que aprovaram leis semelhantes) não são o principal motivo pelo qual o PLC 122/2006 deve ser rejeitado. O cerne da questão não está nas perseguições que hão de vir caso a proposta seja convertida em lei.
O motivo central pelo qual esse projeto deve ser totalmente rejeitado é que ele pretende dar direitos ao vício. O homossexualismo não acrescenta direitos a ninguém. Se um homossexual praticante tem algum direito, conserva-o apesar de ser homossexual, e não por ser homossexual. O mesmo se pode dizer de qualquer outro vício. O bêbado, o adúltero, a prostituta... só têm direitos como pessoas, mas não por causa da embriaguez, do adultério ou da prostituição.
O homossexual, por ter escolhido livremente praticar esse vício, deve arcar com o ônus de sua opção. Não pode exigir que um seminário o acolha para que ele se torne sacerdote. Nem pode querer impedir que, em uma homilia, um pregador reprove sua conduta. Não pode queixar-se de seu empregador querer demiti-lo temendo a corrupção moral de sua empresa. Não pode exigir que um juiz da infância lhe dê uma criança para adotar. Não pode obrigar uma mãe de família a confiar nele para cuidar de seus bebês. Não pode forçar a população a tolerar seus atos de obscenidade praticados em público.
A simples promulgação dessa lei (Deus não o permita!), independentemente de qualquer efeito persecutório, será uma horrenda mudança qualitativa em nossa legislação. Se aprovada essa lei, por ação ou omissão dos brasileiros, este país ter-se-á rebelado contra Deus, transformando em direito aquele pecado “muito grande” (Gn 18,20) que clamava aos Céus por castigo. É de se temer que nossa pátria tenha um destino semelhante ao que teve a cidade de Sodoma (Gn 19).
Anápolis, 19 de maio de 2007
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
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Como se nota, trata-se de uma lei contrária às leis divina e natural e que afronta a maioria da população brasileira, que exige respeito e acatamento às leis de Deus.
Sob pretexto de proteção aos “direitos dos homossexuais”, insulta-se os direitos de Deus!
Sob o pretexto, muito esfarrapado, de “discriminação” pretende-se suprimir a liberdade de expressão!
Onde está a coerência do regime democrático, se este impede a manifestação de opinião?!
Não estamos caminhando para uma ditadura ideológica? É uma nova forma de “patrulhamento ideológico”, por onde um brasileiro não pode falar sobre a doutrina católica a respeito do homossexualismo; não pode falar sobre o que aprendeu no catecismo; não pode ensiná-lo; não pode sequer citar a Bíblia. E se falar: cadeia!
Nas Sagradas Escrituras encontramos “N” passagens que condenam a prática homossexual. Transcrevo apenas uma do Antigo Testamento:
“Aquele que pecar com um homem, como se ele fosse uma mulher, ambos cometeram uma coisa execranda, sejam punidos de morte; o seu sangue caia sobre eles” (Lev. 20, 13)
E uma passagem do Novo Testamento (do Apóstolo São Paulo):
“Porque as suas próprias mulheres mudaram o uso natural, em outro uso, que é contra a natureza. E do mesmo modo, também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam nos desejos mutuamente, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento. E, como não procuram conhecer a Deus, Deus abandonou-os a um sentimento depravado, para que fizessem o que não convém, cheios de toda iniqüidade, malícia e fornicação” (I Rom., 26 e ss.).
“Porque as suas próprias mulheres mudaram o uso natural, em outro uso, que é contra a natureza. E do mesmo modo, também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam nos desejos mutuamente, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento. E, como não procuram conhecer a Deus, Deus abandonou-os a um sentimento depravado, para que fizessem o que não convém, cheios de toda iniqüidade, malícia e fornicação” (I Rom., 26 e ss.).
Uma nova inquisição que desponta
Se São Paulo estivesse vivo, e se aprovada a “Lei da Homofobia”, certamente seria encarcerado. Não só ele, mas todos os grandes Papas e Santos, como Santo Agostinho, que escreveram contra o homossexualismo. Será que essa nova “patrulha ideológica inquisitorial” fará uma gigantesca fogueira para queimar todas as Bíblias? Proibirá sua venda? Retira-las-á das livrarias? Ou passará a tesoura nas páginas que condenam a prática homossexual?
Se Deus quiser, abordarei nos próximos posts outros aspectos da disparatada “Lei da Homofobia”, mas, sobretudo, pretendo postar neste Blog da Família um IM-POR-TAN-TÍS-SI-MO documento apresentando alguns pontos da moral católica sobre a homossexualidade. Aguardem!
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PS: Hoje recebi por e-mail uma foto (ela dispensa comentários...) de um leitor deste Blog, sugirindo-me inserí-la na matéria acima, pois, segundo ele, "acho que a foto anexa ilustra bem o que vc. fala da nova inquinsição, da gigantesca fogueira para queimar as Bíblias etc."