Capa da Revista Catolicismo, Dezembro/2019 * |
Diante de tão magnífica cena, os Reis Magos — os veneráveis sábios Melchior, Gaspar e Baltasar — se prosternaram e adoraram o Divino Infante, enviado para redimir o gênero humano. Nesse ato eles representavam todas as raças e povos da Terra, chamados a amar, servir e glorificar a Deus. O Papa São Leão Magno afirmou: “Reconhecemos nos Magos, que adoraram a Cristo, as primícias de nossa vocação e de nossa fé”.
Qual o simbolismo daquela estrela, mais brilhante e mais bela que todas as demais disseminadas pelos céus? Foi um novo astro que apareceu, vindo do Oriente? Ou era um Anjo incumbido pelo Criador para anunciar que todas as nações deveriam reconhecer no recém-nascido o Messias profetizado desde os primeiros tempos? E os três Reis Magos, o que significaram para a humanidade? Qual a missão deles? Que simbolismo há nos presentes (ouro, incenso e mirra) que ofereceram ao Menino-Deus?
Com a leitura da matéria principal da edição da revista Catolicismo deste mês, nossos leitores conhecerão as explicações expostas pelo jesuíta Cornélio a Lapide, grande exegeta do século XVI. Em um dos volumes de sua célebre obra Commentaria in Scripturam Sacram, ele analisa e interpreta as seguintes palavras de São Mateus: “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, nos dias do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: ‘Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’” (Mt 21, 12).
Genuflexos diante do Presépio, e desejando a todos um Santo e Feliz Natal, suplicamos à Sagrada Família que dispense aos nossos leitores as mais escolhidas graças e bênçãos, extensivas a todos os seus familiares. Que Jesus, Maria e José, à maneira da estrela de Belém, a todos orientem, iluminando seus caminhos ao longo desse novo ano que se anuncia. Pediremos também à Sagrada Família que conduza o Brasil nas trilhas de sua grandiosa vocação, traçada pela Providência Divina desde o batismo de nosso País como Terra de Santa Cruz.