29 de fevereiro de 2012

Contra a opinião pública pretende-se reformar ("na marra") o Código Penal a fim de despenalizar o crime do aborto

No Tribunal de Justiça de São Paulo, durante a audiência pública do 24 último, o Prof. Hermes Rodrigues Nery, rebateu os "argumentos" de feministas abortistas, que defendem mudanças no Código Penal



Hermes Rodrigues Nery
Coordenador do Movimento Legislação e Vida e da Comissão Diocesana em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté. Diretor-Executivo do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil Sem Aborto. Especialista em Bioética, pós-graduado pela PUC-RJ


O nome não podia ser mais sugestivo: Salão dos Passos Perdidos. “Tenebroso”, comentei com José Roberto, que me acompanhou no início da tarde de 24 de fevereiro, até o local aonde começaram a aglomerar pessoas para a audiência pública que iria debater o anteprojeto da reforma do Código Penal, que o relator ministro Gilson Dipp entregará ao Senado Federal, em 31 de maio próximo.

Sentamos na 6ª fileira e ficamos aguardando. Aos poucos, o imponente salão foi se enchendo de advogados, estudantes, profissionais liberais, funcionários públicos, professores, magistrados, autoridades públicas, etc. E as feministas, muitas delas, por toda a parte, contentes com a recente nomeação da ministra Eleonora Menicucci. Próximo de nós, sentaram-se alguns poucos pró-vidas, grupo minoritário que teria de se posicionar em meio às feras dilmistas: Dr. Hugo Barroso Uelze, de São Paulo; Adelice Godoy, de Campinas; Lorena Leandro, de Santos e Cel. Jairo Paes de Lira. E também Maria Célia Silva de Oliveira, Diogo Waki, Fernando Tossunian e Marcos Gregório Borges.

De 100 inscritos, apenas 5 se posicionaram em defesa da vida. Todos os que se pronunciaram – a esmagadora maioria dos presentes – estavam afinados com o discurso abortista. Foi um massacre, uma avalanche implacável. Todos os argumentos abortistas foram discorridos.

Cada inscrito tinha teoricamente 3 minutos para expor seu pensamento. Como a imensa maioria era de representantes de OnGs abortistas, cada uma delas (porque eram sempre as feministas que faziam uso da palavra) falavam três, quatro, cinco, e até dez minutos cada, beneficiadas pela generosidade da mesa condutora da audiência pública. Uma a uma foram avançando, cada vez mais com ousadia. E o tema do aborto prevaleceu.

Mais do que uma impressão, foi uma constatação: a audiência não foi para debater os tantos tópicos da reforma do Código Penal, mas para reunir todas as OnGs abortistas do País, todas juntas num único momento, para em voz uníssona, dizer ao relator do anteprojeto, que elas representavam a sociedade brasileira e queriam a legalização do aborto já.

Depois de 2 horas e meia de eufóricos e inflamados discursos pró-aborto, alguns deles em tom bem agressivo: “Ninguém vai nos impor a maternidade, somos donas do nosso próprio corpo!” E os magistrados presentes corroboravam: “O nosso Código Penal tem que acompanhar os avanços da sociedade!” Em seus impecáveis ternos e cabeleiras brancas, se sentiam gratificados com os aplausos efusivos das feministas. Eram homens bem-sucedidos, bem alinhados com a ideologia dos atuais donos do poder, muitos deles prestadores de serviços e até comissionados na administração pública.

E não foram poucos a lembrar que estamos no século 21, e a lei deve acompanhar a modernização dos tempos. A audiência pública foi uma overdose de apologia ao aborto como direito da mulher. A cada fala de uma delas, ouvia-se ressoar por todo o salão: “bravo! bravo!, viva!”, como num espetáculo de ópera. Uma após outra foi discorrendo: “Queremos que substituam o termo ‘gestante’ por mulher”, pois a hora e a vez agora é da mulher, da sua total emancipação”.

E mais vivas ecoavam pelo plenário. “… a libertação da mulher é o núcleo de toda atividade de libertação. Aqui se ultrapassou, por assim dizer, a teologia da libertação política com uma antropológica. Não se pensa apenas na libertação dos vínculos próprios ao papel da mulher, mas na libertação da condição biológica do ser humano”.(1)

A cada instante, ficava cada vez mais evidente a exiguidade de espaço para a afirmação da cultura da vida. Foi quando então, depois de muitas intervenções, o relator proferiu o meu nome, dando-me o uso da palavra. Afinal, eu estava inscrito e ele mesmo dissera no começo da audiência pública, que todos os que se inscreveram teria o direito de se pronunciar, no tempo de 3 minutos.

Assim que peguei o microfone, disse aos presentes de que depois de tantas exposições, enfim, teria de apresentar um posicionamento divergente. Ao que veio a primeira vaia. “Mas, graças a Deus, estamos numa democracia! Não é assim sr. ministro?”, pois ouvimos todos eles, fiz o apelo para que respeitassem a nossa posição, em nome daquilo que eles tanto dizem apreciar: a liberdade de expressão.

Feito o pequeno preâmbulo e novamente em silêncio o plenário, tirei do meu paletó um bebê de 10 semanas, de gesso, e o ergui para a visão de todos ali presentes, indagando: “Quem defenderá o indefeso?" Emergiu então por todo o salão uma imensa vaia, algumas feministas, em estado de histeria, pediam: “Abaixo o feto!”, e houve um início de tumulto porque elas queriam nos impedir de entregar o bebê de 10 semanas ao relator do anteprojeto do Código Penal. Quando entreguei a pequena imagem em gesso de um feto nas mãos dele, prossegui: “Gostaria que Vossa Excelência visse o rosto dele, como já com 10 semanas o bebê já tem um rosto, uma identidade. Já é um ser humano.” E reforcei dizendo: “A vida deve ser protegida, amada e valorizada desde o seu início, na concepção, para que a proteção da vida seja de modo integral, para o bem de toda pessoa humana!” E destaquei com ênfase: “O direito a vida é o primeiro e o principal de todos os direitos humanos”, pois “colocar o direito ao aborto no catálogo dos direitos humanos seria contradizer o direito natural à vida, que ocupa um dos postos mais importantes em tal catálogo e é um dos direitos fundamentais”.(2)

Ressaltei a constatação científica do início da vida humana com a concepção e a ardilosidade do ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, em ter recorrido ao argumento jurídico da teoria natalista (ancorado no positivismo de Hans Kelsen) para justificar a proteção do ser humano somente depois do seu nascimento, por causa do mutismo constitucional sobre o “desde quando” a vida deve ser amparada.

Meu pronunciamento portanto foi a de ser voz aos que não tem voz nem vez, aos que hoje estão sendo inteiramente desprezados e vítimas da pior de todas as violências, por aqueles que deveriam ser os primeiros a tutelá-los. E então, lembrei ao senador Eduardo Suplicy, que estava sentado próximo ao senador Aloysio Nunes, dizendo que no México, 18 estados daquele País incluíram o direito a vida desde a concepção em suas constituições estaduais, cujas iniciativas foram validadas pela Suprema Corte mexicana. “Estamos trabalhando para fazer o mesmo na Constituição do Estado de São Paulo”.

Não foi possível então continuar a minha fala, porque esgotaram-se os três minutos exatos concedidos, enquanto que outras feministas tiveram tempo muito maior para repetir à exaustão de que é preciso descriminalizar o aborto, não aceitando de modo algum o dado científico do início da vida humana com a fecundação, muito menos ainda qualquer recorrência de justificativa religiosa.

“Chega de Deus!”, vociferou uma delas, com os punhos erguidos e olhos esbugalhantes. Por mais de uma hora após a minha fala, outras líderes feministas vieram como rolo compressor para defender o direito ao aborto, o direito da mulher assassinar as crianças em seu ventre, no afã desmesurado pela nova matança dos inocentes.

O ambiente ficou cada vez mais carregado de olhares raivosos e sentimentos hostis à defesa da vida, quando finalmente uma mulher pró-vida pode se manifestar.

De modo sereno e seguro, Lorena Leandro expos as consequências danosas do aborto para a mulher, enquanto iradas, as feministas vaiavam com mais força. Também foram nos poucos três minutos.

Para ela, o que houve naquele Salão dos Passos Perdidos, foi “o triste espetáculo da velha ladainha sobre liberdade feminina. Não que as feministas não possam se superar. Houve indignação porque a mulher grávida é chamada de gestante. Uma mulher, com aparência claramente indígena, incluía-se no grupo ‘pobres e negras’ e reclamava do preconceito. Teve mulher estrangeira dando pitaco na legislação. Houve proposta de criminalizar o preconceito contra as mulheres que abortam (trocando em miúdos: coloquem quem for contra o aborto na prisão). Teve até defesa do infanticídio, e tudo isso temperado pela tão famigerada comparação: se não podemos abortar, então não comamos ovo, que estamos a matar o filho da galinha!” 

De fato, “ovo não é galinha”, foi o que gritou uma das feministas para justificar que o embrião humano nada mais é que um amontoado de células.

Dulce Xavier, a representante das “Católicas pelo Direito de Decidir” estava sorridente e também foi muito aplaudida, bem como outras líderes que se disseram católicas e defensoras dos direitos das lésbicas, da total autonomia das mulheres, “para que ninguém mais tenha que dizer a elas o que devem fazer”. 

Mais duas vozes pró-vida se manifestaram: o Cel. Jairo Paes de Lira, ex-deputado-federal, também vaiado pelas feministas, mas que se manteve firme em sua posição.

E também se pronunciou com ardor pró-vida, o advogado, Dr. Hugo Barroso Uelze, afirmando que “o anteprojeto do Código Penal é inconstitucional no que diz respeito ao aborto, porque a inviolabilidade do direito à vida é um conceito magno [art. 5º, caput e § 2º c./c. art. 60, § 4º, inciso IV da Constituição Federal (CF)] e que, por isso, não pode ser reduzido pelas definições legais – e, dentre elas, aquelas constantes do Código Penal ou de seu respectivo anteprojeto”.

Enfim, tivemos outra voz feminina pró-vida: Adelice Godoy, de Campinas, que ainda em tempo destacou que a maioria do povo brasileiro é pela vida e contra o aborto.

Houve um jovem advogado que chegou a tentar discorrer uma defesa da dignidade do embrião humano a partir do pensamento de Aristóteles, enquanto as feministas riam dele, mesmo assim ele conseguiu desenvolver seu raciocínio, mas assim que acabou sua fala, foi abraçado por uma delas que lhe disse: “Vem cá meu menino, preciso lhe ensinar algumas coisas!” E o levou até Dulce Xavier, e o rapaz ficou lá por algum tempo rodeado por elas, que certamente lhe disseram que ele estava equivocado naquela linha linha de raciocínio, e que se ele quisesse ter sucesso na sua carreira, teria logo que mudar o discurso e assumir a bandeira libertária.

A questão do aborto é ponta do iceberg. A estratégia de
despenalizar o aborto em casos de anencefalia, é apenas o primeiro passo, para depois, num movimento crescente, chegar a sua completa legalização, até o 9º mês.

Numa hora como esta, como cristãos, não podemos nos omitir nem nos calar. É sinal de bem-aventurança defender a causa do Reino até mesmo nos tribunais, diante dos poderosos. “O cristianismo oferecerá, de um modo novo, modelos de vida e apresentar-se-à outra vez, na desolação da existência técnica, como um lugar de uma verdadeira humanidade”.(3)

A história comprova que “é exigente o ideal cristão e, ao mesmo tempo, demonstra de maneira concreta e convincente que tal ideal não pode ser alcançado sem autêntico heroismo”.(4)

Ao sair da audiência pública lembrei-me de que “Herodes foi ardiloso”(5) em sua decisão de massacrar “todas as crianças”.(6) E que os primeiríssimos perseguidos foram os inocentes, como hoje são martirizados os fecundados e não nascidos, na tortura e crueldade mais atroz, no holocausto silencioso, a vitimar milhares de seres humanos, em todo o mundo.

Por isso, por saber a quem defendemos e o que defendemos, continuaremos a militar em favor da vida, sendo voz dos que não tem voz nem vez, dos que estão impedidos do direito à vida, o primeiro e principal de todos os direitos humanos, motivado portanto por quem nos une e nos dá força: “para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10, 10).
________________
Notas: 
1. Joseph Ratzinger, O Sal da terra – O Cristianismo e a Igreja Católica no limiar do terceiro milênio, p. 108, Ed. Imago, 1997. 
2. Alicja Grzeskowiak, Direito ao Aborto, no Lexicon – termos ambiguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, do Pontifício Conselho para a Família, p. 201; Edições CNBB, 2007. 
3. Joseph Ratzinger, O Sal da terra – O Cristianismo e a Igreja Católica no limiar do terceiro milênio, pp. 103-104, Ed. Imago, 1997. 
4. Stefano de Fiores e Tullo Goffi, Dicionário de Espiritualidade, Heroismo, Paulus, 2ª edição, 1993, p. 476. 
5. Anna Catharina Emmerich, Santíssima Virgem Maria, Mir Editora, 2ª edição, 2004, São Paulo, p. 337. 6. Ibidem.

27 de fevereiro de 2012

Eleonora Menicucci — haveria nome mais impróprio para fazer parte do governo?

A nova ministra, Eleonora Menicucci, e a ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes 

Paulo Roberto Campos


Não foi desmentida a estarrecedora e repugnante entrevista que Eleonora Menicucci de Oliveira (a nova Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres) concedeu à Profa. Joana Maria Pedro em 14-10-2004, mas que somente veio a público no dia 13 último, pela postagem do jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog na revista VEJA: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-ministerio-dilma-nova-ministra-da-mulher-confessa-que-ja-treinou-abortos-por-succao-mesmo-nao-sendo-medica-mais-ela-se-considera-avo-de-um-neto-mas-tambem-do-aborto/ 


Quando tomei conhecimento de tal entrevista, quase não podia acreditar, pois parecia um filme de terror. Pensei com meus botões: “Será real coisa tão asquerosa? Bom, se não for verídico, evidentemente, a ministra vai desmentir”. 


A entrevista foi publicada antes do carnaval. A folia acabou, já estamos na primeira semana da Quaresma e nada de desmentido. Então resolvi transcrever aqui o texto publicado no mencionado blog. A íntegra da entrevista, feita pela referida professora – que é pesquisadora e Doutora em História Social pela USP – encontrava-se no site da Universidade Federal de Santa Catarina (http://www.ieg.ufsc.br/admin/downloads/entrevistas/29092009-111002menicucci.pdf), mas foi retirada por pedido expresso da nova ministra. Entretanto, o Reinaldo Azevedo tinha guardado uma cópia do texto, agora off-line. 


A recém-empossada Ministra das Mulheres — melhor qualificação seria Ministra do Aborto — militou no Partido Operário Comunista (POC), que pretendia implantar no Brasil a ditadura comunista nos moldes da revolução cubana. Eleonora Menicucci deseja passar sua imagem como se tivesse sido uma heroína que em sua luta por um “ideal” fora encarcerada no presídio Tiradentes (na chamada “Torre das Donzelas”) em 1971, juntamente com Dilma Rousseff e outras guerrilheiras. Mas é preciso desmistificar tal “ideal”, pois não passava de um plano sórdido para levar o Brasil a ser dominado pelo tirânico regime comunista, cujo modelo de ação era o do bando covarde e assassino constituído pelos guerrilheiros Fidel Castro, Ché Guevara et caterva. 


Devido às afirmações da nova Ministra — de ter-se submetido a dois abortos, de ter sido aborteira (usando o sistema “Aspiração Manual Intrauterina”, um método de sucção, como admitiu), e de ter-se relacionado com homens e mulheres (sic) — o deputado carioca Eduardo Cunha afirmou: “Quando a gente lê várias declarações dessa nova ministra, ela está no lugar e na época errada, devia estar em Sodoma e Gomorra”. 


Como foi grande a indignação produzida pela referida entrevista, sem desmenti-la Menicucci declarou: “Essa é uma questão [do aborto] que não diz respeito ao Executivo, mas sim ao Congresso. Há um projeto de lei em tramitação e sabemos da responsabilidade de prevenir mortes femininas e maternas” (“O Estado de S. Paulo”, 17-2-12). 


Certamente uma declaração feita para não afastar eleitores do PT, pois, como é público e notório, Dilma Rousseff não foi eleita no primeiro turno devido às suas anteriores declarações pró-aborto. E só conseguiu vencer no segundo com a promessa de não dar nenhum passo que favorecesse a legalização do aborto no Brasil. 


Segue a sinistra entrevista da nova ministra. Mas, leitor, cuidado! Escolha um bom momento para fazer sua leitura, pois poderá ficar enojado...
Dilma Rousseff e algumas amigas convidadas para fazer parte de seu governo. No meio, à esquerda, nova ministra Eleonora Menicucci e, à direita, a ex-ministra Iriny Lopes (que deixou a pasta da Secretaria de Políticas para as Mulheres a fim de disputar a prefeitura de Vitória  

 “ESTIVE TAMBÉM FAZENDO UM TREINAMENTO DE ABORTO NA COLÔMBIA, POR ASPIRAÇÃO” 

Eleonora — Dois anos. Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia. 
Joana — Certo. 
Eleonora — O Coletivo nós críamos em 95. 
Joana — Como é que era esse curso de aborto? 
Eleonora — Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto. 
Joana — Aprendia a fazer aborto? 
Eleonora — Com aspiração AMIU. 
Joana — Com aquele… 
Eleonora — Com a sucção. 
Joana — Com a sucção. Imagino. 
Eleonora — Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base… 
Joana — é que as pessoas se auto auto-fizessem! 
Eleonora — Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam… 
Joana — Claro! Eleonora — Lidar com o aborto. 
Joana — Claro!. 
Eleonora — Então vieram duas feministas que eram clientes, usuárias do Coletivo, as quais fizeram o primeiro auto-exame comigo. Então é uma coisa muito linda. 
Joana — Hum. 
Eleonora — Muito bonita! Descobrirem o colo do útero e… 
Joana — Hum. Eleonora — Ter uma pessoa que segura na mão. 
Joana — Certo. “NÓS DECIDIMOS, EU E O PARTIDO, QUE EU DEVERIA FAZER UM ABORTO” Num outro trecho, Eleonora conta como ela e o seu partido, o POC (Partido Operário Comunista), tomaram uma decisão: ela deveria fazer um aborto. Tratava-se apenas de uma questão… política! 
Eleonora — Porque a minha avaliação era que eu tinha que fazer 
Joana — a luta armada aqui. 
Eleonora — a luta armada aqui. E um detalhe importante nessa trajetória é que, seis meses depois de essa minha filha ter nascido, eu fiquei grávida outra vez. Aí junto com a organização nós decidimos, a organização, nós, que eu deveria fazer aborto porque não era possível. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Na situação ter mais de uma criança, né? E eu não segurava também. Aí foi o segundo aborto que eu fiz. 


“EU TIVE MINHA PRIMEIRA RELAÇÃO COM MULHER. E TRANSAVA COM HOMEM; ESTAVA COM MEU MARIDO” 

Falastrona e ególatra, como já apontei aqui, ela faz questão de contar na entrevista que teve a sua primeira relação homossexual quando ainda estava casada. Era o seu mergulho no que ela entende por feminismo. 


Eleonora — Aí já nessa época eu radicalizei meu feminismo. Eu comecei a militar. 
Joana — Onde? 
Eleonora — Em Belo Horizonte, eu comecei a militar neste grupo. 
Joana — Neste mesmo grupo? 
Eleonora — É 
Joana — O que se fazia além de discutir? 
Eleonora — Nós discutíamos o corpo. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Discutíamos a sexualidade. Eu tive a minha primeira relação com mulher também. 
Joana — Hum. 
Eleonora — Quer dizer que foi bastante precoce pra essa E transava com homem. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Pra minha trajetória 
Joana — Mesmo porque tu também estavas com o teu marido eu acho, não estavas? 
Eleonora — Sim, sim. 
Joana — Estavas. Ah 
Eleonora — Mas nós nunca tivemos esse E ele era um cara muito libertário. Nós nunca tivemos essa questão de relação 
Joana — Certo. 


 “SOU MUITO AMIGA DO FREI BETTO. ELE ME PÔS NO CENTRO DE DIREITOS HUMANOS DA DIOCESE DE JOÃO PESSOA” 

Ora, qual é o lugar ideal para uma humanista desse quilate trabalhar? Frei Betto — sim, aquele… — deu um jeito de arrumar para ela um emprego na Arquidiocese de João Pessoa: 


Eleonora — E aí, no início de 78, eu já tinha me separado do meu ex-marido e resolvo sair de Belo Horizonte. Aí quando eu saio de Belo Horizonte eu busco um lugar bem longe porque eu não queria mais ser referência para a esquerda. ( ) 
Eleonora — E eu não podia. Então eu procurei isso. Sou muito amiga, por incrível que pareça, a vida inteira, do Frei Betto e pedi a ele pra me encontrar um lugar o mais longe possível de Belo Horizonte. Aí ele falou “Eu tenho dois lugares onde a Diocese é muito aberta: em Vitória, com Dom Luís, ou em João Pessoa, com Dom José Maria Pires. Eu falei: “Eu quero João Pessoa”, quanto mais longe melhor. ( ) 
Eleonora — É Mas, assim, eu cheguei, eu. Eu tive que construir minha vida. 
Joana — Hum. Foste trabalhar? 
Eleonora — No Centro de Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba. 
Joana — Tá legal. 
Eleonora — E aí eu comecei a trabalhar com as mulheres rurais de Alagamar, que era o que eu queria ( ) Logo depois, retomei um grupo, a minha atividade de grupo de reflexão feminista com algumas mulheres em João Pessoa. A maioria de fora de João Pessoa e duas de dentro Então nós criamos o primeiro grupo feminista lá em João Pessoa. Chamado Maria Mulher. ( ) 
Eleonora — É. “Quem ama não mata” e “O silêncio é cúmplice da violência”, e aí começamos a nos articular dentro do Nordeste. 
Joana — Tá. 
Eleonora — Era o SOS Mulher. O SOS Corpo e um grupo de reflexão que tinha em Natal 
Joana — Hum. 
Eleonora — De auto-reflexão. E no Maria Mulher, o que é que nós fazíamos? Nós fazíamos auto-exame de colo de útero, auto-exame de mama. ( ) 
Eleonora — Depois, em 84, eu venho pra São Paulo fazer doutorado em Ciência Política, já articuladíssima… 
Joana — Imagino… 
Eleonora — com o feminismo e com linhas de pesquisa bem definidas do ponto de vista feminista. 
Joana — Quem é que te orientou em São Paulo? 
Eleonora — Em São Paulo, foi a Maria Lúcia Montes, uma antropóloga. Embora, na época, ela fosse da Ciência Política. E, em 84, eu entro para o doutorado com uma tese que era sobre Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais a partir É a construção da cidadania a partir do conhecimento sobre o próprio corpo. 
Joana — Isso por conta do teu trabalho com as mulheres? 
Eleonora — Por conta do meu trabalho com as mulheres em uma favela chamada Favela Beira-Rio. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Lá em João Pessoa. 
Joana — Hum. 
Eleonora — Que hoje é um bairro. Então nesta época eu fiquei quatro anos em São Paulo fazendo a tese e voltando a João Pessoa. ( ) E aí fui coordenadora do grupo de Mulher e Política da ANPOCS, do GT. 
Joana — Hum. 


 “EU TINHA ATITUDES MASCULINAS ( ) ERA DECIDIDA, DETERMINADA, FORTE, SABIA ATIRAR” 

Neste trecho, ela revela como enxergava — enxergará ainda? — os papéis masculino e feminino. Ah, sim: ela sabia “atirar”. Afinal, não se tenta impor uma ditadura comunista no país só com bons sentimentos, não é? 


Joana — Já. E com relação às organizações das quais tu participavas? 
Eleonora — Ah, primeiro que as mulheres dificilmente chegavam a um cargo de poder 
Joana — Mas tu eras a chefe? 
Eleonora — Eu era. Fui uma das poucas. Por quê? Eu me travesti de masculino 
Joana — É? Como era? 
Eleonora — Eu tinha atitudes masculinas ( ) Era decidida, determinada, forte, sabia atirar 
Joana — Huuunnnn. 
Eleonora — Entendeu? 
Joana — Entendi. 
Eleonora — Sendo que muitas mulheres sabiam isso tudo. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Transava com vários homens. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Essa questão do desejo e do prazer sempre foi uma coisa muito libertária pra mim, e por isso eu fui muito questionada dentro da esquerda. 
Joana — É? 
Eleonora — É. 
Joana — Dentro do mesmo grupo do qual tu eras a líder? 
Eleonora — Sim. Porque o próprio Por questões de segurança, eu só poderia ter relação sexual com os companheiros da minha organização. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Num determinado momento, sim, mas na história do movimento estudantil, também já existia isso. 


“EU TIVE MUITAS REFLEXÕES COM MINHAS AMIGAS NA CADEIA; UMA DELAS, A DILMA” 

Neste outro trecho, a gente fica sabendo que Dilma Rousseff foi sua companheira também nas reflexões sobre o feminismo. 

Eleonora — E, depois, imediatamente eu quis ter outro filho 
Joana — Hum. 
Eleonora — E muito no sentido de pra provar para os torturadores, mesmo que fosse simbolicamente, que o que eles tinham feito comigo não tinha me tirado a possibilidade de reproduzir e de ter uma escolha sobre meu próprio corpo 
Joana — Hum. 
Eleonora — Então eu tive mais um filho e logo que ele nasceu também de cesária eu me laqueei. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Então Eu tinha, Eu fui presa com 24 para 25 mais ou menos. 
Joana — Nossa Senhora!. 
Eleonora — E sai com 30. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Assim, da história toda e com 30 para 31, tive o meu segundo filho e fiz a laqueadura de trompas ( ) 
Joana — E então, tu saíste da cadeia em 74. 
Eleonora — Certo. 
Joana — Tu tiveste algum contato com o feminismo dentro da cadeia, com leituras feministas. 
Eleonora — Não. 
Joana — Ou depois? 
Eleonora — Não, não. Ao longo da cadeia eu tive Durante a cadeia? Eu tive muitas reflexões com as minhas companheiras de cadeia 
Joana — Tá. 
Eleonora — Uma delas é a Dilma Roussef. ( ) 
Joana — Fizeram uma espécie de grupo de consciência? 
Eleonora — Grupo de reflexão lá dentro. 
Joana — Grupo de reflexão. ( ) 
Eleonora — Porque eu já saí É.. Eu já saí em 74, eu saí em outubro. 
Joana — Certo. 
Eleonora — No dia 12, Dia da Criança, eu saí já bem claro que eu era feminista. 
Joana — Certo. 
Eleonora — E, logo que eu saí da cadeia, eu em Belo Horizonte, fui procurar um grupo de mulheres. 
Joana — Esses grupos de consciência? 
Eleonora — É, só que era um grupo de lésbicas. 
Joana — Certo. 
Eleonora — E eu não sabia. Era um grupo de pessoas amigas minhas. ( ) 
Eleonora — Porque eu voltei a estudar! 
Joana — Ah, legal! 
Eleonora — Eu parei de estudar em 68. 
Joana — Huuummm. 
Eleonora — Eu parei no quarto ano de Medicina e no quarto de Ciências Sociais. 
Joana — Foste concluir? 
Eleonora — Fui, aí eu voltei pra concluir. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Na UFMG, e optei por acabar Sociologia. 


“SOU AVÓ DE UMA CRIANÇA NASCIDA POR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL NA MÃE LÉSBICA; E TAMBÉM SOU AVÓ DO ABORTO” 

Finalmente, destaco outro momento de grande indignidade na fala desta senhora. Ao se dizer avó de um neto gerado por inseminação numa filha lésbica e também “avó do aborto”, não só expõe a sua vida privada e a de seus familiares como, é inescapável constatar, demonstra não saber a exata diferença entre a vida e a morte.

Eleonora — E eu digo que a questão feminista é tão dentro de mim, e a questão dos Direitos Reprodutivos também, que eu sou avó de uma criança que foi gerada por inseminação artificial na mãe lésbica. 
Joana — Hum, hum. 
Eleonora — Então eu digo que sou avó da inseminação artificial.
Joana — (risos) 
Eleonora — Alta tecnologia reprodutiva. E aí eu queria colocar a importância dessa discussão que o feminismo coloca no sentido do acesso às tecnologias reprodutivas. 
Joana — Certo. 
Eleonora — Entendeu? E eu diria: “Eu fiz dois abortos e também digo que sou avó do aborto também porque por mim já passou. 
Joana — Sim. 
Eleonora — Também já passou nesse sentido. E diria que eu sou uma mulher muito feliz e muito realizada. E eu pauto em duas questões: na minha militância política e no feminismo.


*        *        * 

Comentar? Creio que não precisa... as fotos aqui publicadas "falam" por si... Comente o leitor... 
Em todo caso, deixo aqui registradas algumas perguntas para a Dona Dilma Rousseff: 
Não haveria uma mulher mais inadequada para fazer parte de seu governo? Alguém que melhor representasse as mulheres? Alguém que não tivesse a “ficha sujíssima”? Ao menos, que não tivesse as mãos sujas de sangue inocente de nascituros por ter sido aborteira? Por que escolher alguém assim? Praticar aborto não é crime? Exercer a medicina ilegalmente não é crime? Como então colocar num Ministério uma aborteira assumida?

23 de fevereiro de 2012

Uma das chefes da conspiração abortista faz palhaçadas para zombar da Igreja Católica

Esta aí do lado é a Mónica Roa, fanática agitadora abortista. Advogada colombiana, que viaja por diversas nações fazendo conferências para incentivar a prática abortiva. 


Nesta foto, ela recentemente fantasiada de “bispa” para zombar da Santa Igreja e de nossa fé, mostra bem qual é sua cara. Ela atua com diversas ONGs abortistas (como as — nada católicas — “Católicas pelo Direito de Decidir”) formando uma verdadeira internacional abortista, numa conspiração anti-família. 


Mónica Roa é especialista em ensinar táticas para se obter a legalização do assassinado do nascituro, indefeso no ventre materno, fraudando as leis de cada país e enganando a opinião pública — por exemplo, não tratando da questão do aborto como se fosse uma questão moral, mas sim “uma questão de saúde pública”. (como, aliás, disse recentemente a nova “ministra das mulheres” do governo Dilma, Eleonora Menicucci). Foi assim que se obteve na Colômbia a despenalização do aborto. A esse respeito, quem desejar aprofundar no assunto, recomendo o extenso artigo disponível no seguinte link: 
http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=93AFC0BA-3048-560B-1C767FBA178E3810&mes=Julho2007&pag=1

Explicação da foto acima: 
Conforme matéria divulga pela agência “ACI/EWTN Noticias” de ontem (22-2-2012), intitulada “Famosa promotora do aborto na Colômbia se disfarça de ‘bispa’ e se burla da Igreja”, a abortista Mónica Roa se burla da fé dos católicos colombianos no facebook:


“A famosa abortista Mónica Roa,uma das protagonistas que junto a transnacionais anti-vida conseguiram a despenalização do aborto na Colômbia em 2006, disfarçou-se de "bispa" burlando-se da Igreja Católica e da fé que professam milhões de colombianos. 


Roa, também dirigente da ONG abortista Women’s Link International, publicou em sua conta de Facebook uma foto na que usa uma mitra e algo parecido a uma casula de cor roxa. Na publicação da imagem pediu opiniões de seus seguidores e nomes para sua ‘fantasia’. Nos comentários só há insultos contra o Vaticano e o Papa”. 
Ainda na mesma notícia, a ACI divulga uma informação muito interessante  sobre um admirável defensor dos valores da família na Colômbia, o corajoso Procurador Geral Alejandro Ordónez [foto acima] — que aqui transcrevo: 

Em sua campanha pela imposição do aborto como um "direito" na Colômbia, em que apoiada pelos principais meios de comunicação do país, Mónica Roa agora tem uma campanha contra o Procurador geral da Nação, Alejandro Ordóñez Maldonado. 


Roa não tolera que Ordónez tenha se manifestado a favor da vida e contra do aborto em repetidas oportunidades, assim como a favor do matrimônio e da família tradicional, e portanto contra as uniões homossexuais. 


Esta postura valeu ao procurador reiterados ataques de Roa e de outros grupos abortistas na Colômbia, que junto de diversos membros da esquerda iniciaram uma campanha titulada "Procura", para evitar que Ordóñez seja reeleito no cargo. 


"Procura", que também tem um site criado pelo Women’s Link, recolhe os testemunhos de alguns colombianos que agridem o procurador por sua defesa da vida. 


A respeito, Alejandro Ordóñez Maldonado disse ao jornal colombiano "El País" que os ataques pessoais e contra sua gestão são produto de uma espécie de "cristianofobia”. 


O procurador Ordóñez foi fortemente criticado por uma minoria que ignora que em agosto do ano passado mais de 5 milhões de colombianos manifestaram sua posição contrária ao aborto, acompanhando com sua assinatura uma proposta legislativa que procurava uma mudança constitucional à lei que agora permite o aborto seja despenalizado – que ao final rechaçada – para tentar proteger o direito fundamental à vida da concepção. 


Ordóñez Maldonado explicou que, segundo a lógica dos seus críticos, "os católicos não poderiam aspirar a cargos públicos e só poderiam pagar impostos e prestar serviço militar, porque não poderiam pronunciar um pensamento jurídico ou político que seja eticamente correto".

22 de fevereiro de 2012

Quem diria... O Blog da Família publica post concordando com uma petista...

Nunca imaginei que um dia aqui publicaria um post concordando com declarações de petistas... Hoje me vejo obrigado a tal, pois a petista Maria do Rosário [esta da foto aí do lado], Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, declarou o que segue abaixo. 
Como poderão ver, trata-se de uma declaração óbvia, mas que a grande mídia — que nestes últimos dias divulgou “ad nauseam” todo caso Eloá/Lindemberg Alves — não apontou a obviedade. 
Neste caso, a ministra tem toda razão. Se os pais de Eloá, assassinada por Lindemberg Alves, não tivessem autorizado a filha começar um namoro quando tinha 12 anos (sim, a menina tinha apenas doze anos de idade!), a tragédia que chocou o Brasil inteiro não teria ocorrido e hoje a jovem estaria quase terminando seus estudos e em casa vivendo em harmonia com seus parentes e amigos. É para servir de alerta aos pais de família que transcrevo a notícia que li ontem no site da “Agência Brasil”: 


*        *        * 
Ao citar caso Eloá, ministra cobra responsabilidade de famílias na proteção de crianças e adolescentes 

18/02/2012 - 14h47 Nacional 
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil Brasília

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sugeriu hoje (18) que a família de Eloá Pimentel também teve sua parcela de responsabilidade no desfecho do caso, ao permitir o envolvimento da adolescente com Lindemberg Alves, condenado a mais de 98 anos pelo assassinato da jovem. “Vejam o que é a morte da menina Eloá. Uma situação absurda, que revolta o povo brasileiro, mas em todos os noticiários vemos que aquele que matou a Eloá entrou na sua casa e pediu autorização para a sua família para ter uma relação [namoro] com ela, que tinha [na época] 12 anos”, disse a ministra ao visitar hoje as instalações do Disque 100, em Brasília. 
Ao condenar a atitude de Lindemberg que matou Eloá em outubro de 2008, Maria do Rosário destacou que a família não deveria ter permitido o envolvimento deles, já que o rapaz tinha mais de 18 anos. “Ele é responsável pelos seus atos e pelo crime. Foi condenado a mais de 98 anos de prisão e eu acho que foi feita justiça, mas quero dizer que nenhuma família, ninguém, deve permitir que crianças estejam mantendo relações em qualquer lugar, permitidas ou não. As crianças brasileiras tem que ser mais protegidas pelos seus pais e suas mães”, declarou a ministra. 
O “desabafo”, conforme classificou Maria do Rosário, foi um alerta para que a sociedade assuma sua responsabilidade na proteção das crianças e adolescentes. Pela legislação brasileira, cabe ao Estado, à sociedade e à família zelar pelo bem-estar e pelos direitos dos jovens. 
“Será que é possível que pais e mães não estejam atentos [para o fato de] que com 12 anos de idade não é possível que os meninos e as meninas estejam sexualizados precocemente?”, indagou a ministra. “O governo federal, os municípios e os estados estão trabalhando muito para formar a rede de proteção [às crianças e aos adolescentes], mas precisamos que a sociedade esteja mais atenta”, cobrou a ministra. 
Perguntada sobre qual seria a idade apropriada para que pais autorizassem seus filhos a namorar, a ministra evitou dar sua opinião pessoal e respondeu com de acordo com a lei. “Não sou eu que julgo isso, mas a legislação diz que com menos de 14 anos, qualquer relação sexual é uma violação e um estupro de vulneráveis. E não basta fazermos leis. É preciso que todos as cumpram. Por isso, estou chamando a atenção para esse aspecto”, ressaltou a ministra. 
“Precisamos não só de governos mais atentos — e estamos tentando fazer nossa parte —, mas também de pais e mães mais atentos, cuidadores e sociedades mais atentos. A sociedade tem que fazer sua parte. Se vocês tiverem dúvidas sobre se uma menina ou um menino está sofrendo um abuso, sigam a intuição e denunciem. Busquem o apoio do Disque 100, do Conselho Tutelar, da polícia. Se, na dúvida, não denunciamos [um caso suspeito], uma criança pode ser morta ou abusada.” 
Edição: Talita Cavalcante
__________ 
PS: O que a ministra petista não disse é que seu próprio partido colabora para a perversão moral das crianças -- por exemplo, com cartilhas quase pornográficas distribuídas em escolas pelo Ministério da Educação, ou a distribuição maciça, feita pelo Ministério da Saúde, de preservativos neste carnaval. 
Portanto, a culpa é dos pais? Sem dúvida que sim! Entretanto, que o atual governo também é culpado, é fora de dúvida!

19 de fevereiro de 2012

Recuo na defesa da saúde da gestante e do nascituro

No dia 26 de dezembro de 2011, a Presidente Dilma baixou uma Medida Provisória (MP), pretensamente em defesa da saúde da gestante e do nascituro.


Houve protestos por parte daqueles que são contrários ao aborto — devido à centralização pelo SUS do controle de gestações, que, posteriormente, poderia ser usado para forçar o aborto. Como também protestaram aqueles que são abortistas  como as ditas “Católicas pelo direito de decidir” e outros grupos feministas, exigindo que fosse retirada da MP a referência à proteção do nascituro.


A Presidente cede à pressão abortista e retira da MP um direito que é garantido por Lei. Entenda melhor o que aconteceu no vídeo abaixo, no qual o Coronel Paes de Lira bem explica a questão.


15 de fevereiro de 2012

CARNAVAL: A verdade sobre a mentira da folia imoral e pagã

“Não vejo a hora de chegar a quarta-feira de cinzas...”

Numa linguagem cada vez mais rara de se ouvir, a repórter paraibana Raquel Sheherazade [foto], sem receio da “censura”, diz o que pensa a respeito do Carnaval brasileiro. Gostei muito do comentário feito por ela e, ao ouvi-la, pensei: “Como seria bom se no Brasil houvesse outros jornalistas com essa coragem: falar o que pensa, sem medo de ser considerado “politicamente incorreto”. O País lucraria enormemente!”

Calorosamente, felicito essa jornalista por dizer aquilo que muita gente gostaria de bradar, mas não têm “voz nem vez” — não têm à disposição um meio de comunicação, como, no caso, a TV Tambaú da Paraíba. Felicito também essa TV, por ter dado à jornalista a oportunidade de se expressar livremente, sem se incomodar com as “patrulhas ideológicas”.

Mas, infelizmente, há também muitas pessoas que gostariam de dizer verdades sobre o carnaval, mas ficam com medo de serem taxadas de “caretas”, “intolerantes”, “politicamente incorretas”, etc.

Raquel Sheherazade faz um muito oportuno e belo desabafo — feito corajosamente e de modo inteligente —, com o qual concordo 100%. Nestes dias de folia imoral e pagã, vale a pena ouví-la e divulgar o link para o vídeo:
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2012/02/carnaval-verdade-sobre-mentira-da-folia.html

Isto poderia ajudar a evitar que muitas famílias sejam “carnavalizadas”...

 

11 de fevereiro de 2012

Fundação Susan G. Komen deixa de contribuir com a maior rede de clínicas de aborto, a IPPF

O Cel. Paes de Lira — pugnaz defensor da instituição familiar no Brasil  faz um pedido de ação imediata e muito conveniente à causa anti-aborto no mundo inteiro. Seu e-mail explica claramente como devemos proceder. Ei-lo: 



Caros amigos,
Depois de muitos anos de incessantes pedidos dos grupos Pela Vida, a Fundação Susan G. Komen, a maior financiadora mundial de pesquisas de câncer de mama, parou de doar dinheiro à infame International Planned Parenthood Foundation (IPPF), conhecida como “multinacional da morte”, a maior rede de clínicas de aborto do mundo ocidental.


Feito o anúncio, passou a ser pressionada pela máquina de propaganda abortista, que lhe remeteu centenas de milhares de mensagens eletrônicas para tentar reverter a decisão de parar de financiar a matança de nenês no ventre materno. É preciso que a Komen receba mensagens de apoio à sua mudança de posição em favor da vida.


Peço-lhe que envie, sem perda de tempo, um “e-mail” para a Fundação Susan G. Komen. Nem precisa de texto no corpo da mensagem. Basta escrever no campo “assunto” o seguinte:
Thanks for defunding IPPF.
O endereço eletrônico é: news@komen.org
A vida agradece.
Abraço do
PAES DE LIRA

6 de fevereiro de 2012

A “March For Life”, a mídia brasileira e o binóculo invertido



Paulo Roberto Campos


Como já é uma tradição, anualmente realiza-se em Washington, sempre nos meses de janeiro, a March For Life, organizada por diversos movimentos contrários ao aborto nos Estados Unidos.


Apesar da chuva e do frio intensíssimo, no dia 23 último, pelo menos 300 MIL pessoas participaram da Marcha Pela Vida, já em sua 39ª edição, pelas avenidas próximas à sede da Suprema Corte, em protesto contra o aborto e pedindo a anulação da lei abortiva (Roe v. Wade) aprovada em 1973.


Tenho a impressão de que a mídia brasileira tem um binóculo invertido, utilizado sempre do lado oposto para diminuir os grandes acontecimentos contrários aos interesses midiáticos e esquerdistas, como as manifestações contrárias ao aborto, ao “casamento” homossexual, à imoralidade na TV, etc. Assim, as 300 MIL pessoas, ficam reduzidas e vistas como se fossem apenas 3 — portanto sem motivo para se noticiar. Se fosse uma manifestação de meia dúzia de abortistas, ou de homossexuais, a mídia utilizaria, não apenas o binóculo do lado certo, mas um potentíssimo telescópio para ampliar ao máximo. Assim, os 6 manifestantes seriam multiplicados e vistos como se fossem 600 MIL — portanto, motivo arqui suficiente para grandes manchetes nos jornais, rádios, TVs.


A mídia tupiniquim, agindo e vendo as coisas desse modo torto, impediu que os brasileiros vissem a impressionante manifestação em Washington. Mas um leitor do Blog da Família, Antonio Fragelli, participou da Marcha e enviou-me um CD com muitas e excelentes fotos da gigantesca March For Life.


A mídia “não viu”, mas nós poderemos ver, e poderemos "furar" o bloqueio midiático, recomendando a nossos amigos, por meio da Internet, que também vejam e divulguem o que a mídia "NUNCA VÊ", ou SEMPRE CENSURA: aquilo que é favor dos interesses da instituição familiar!


Eis algumas das fotos. Para melhor visualizá-las click sobre a imagem e para voltar ao blog tecle “esc”.

4 de fevereiro de 2012

MARCHA PELA VIDA 2012 EM PARIS











Fonte: Blog "Luzes de Esperança"
O apoio à Marcha pela Vida 2012 em Paris não teve precedentes. A “guerra dos números” oscilou entre 7.000 e 40.000, segundo as fontes. Porém, para as estimativas ponderadas, a participação, já nutrida do ano passado, neste ano foi duplicada em número e entusiasmo.

No dia 8 de janeiro, a passeata – composta majoritariamente por jovens – partiu da central Place de la République em direção à Opera, percorrendo famosos bulevares parisienses. Os organizadores aguardam que com a crescente manifestação de força dos defensores da vida, os políticos não finjam ignorar o tema nos debates eleitorais.

Um dos sinais mais esperançosos deste ano foi o aumento da participação no evento dos bispos católicos, ainda propensos ao “progressismo” e relutantes em se opor à Revolução Cultural.
Segundo a agência canadense LifeSiteNews, a maior surpresa foi a reviravolta do cardeal arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, que em 2009 se dissociou publicamente da Marcha. Ele chegou então a declarar na Rádio Notre-Dame, pertencente à arquidiocese: “Eu não acho que se deva gritar aos quatro ventos”. Como se Jesus Cristo não tivesse ordenado aos cristãos de “pregar o Evangelho de cima dos telhados” (cfr. Mat, 10, 26-27).

Em novembro, falando diante da plenária do episcopado francês, o Cardeal Vingt-Trois qualificou a Marcha pela Vida como “um dos meios de ação que os cristãos têm para escolher”. Algo muito pobre diante da magnitude do massacre dos inocentes, mas que já foi algo na linha da inversão percebida.
Veja vídeo
Marcha pela Vida Paris 2012
Segundo a agência canadense, a pressão crescente de católicos pela vida fez com que 32 bispos apoiassem a Marcha. O Cardeal Barbarin – Arcebispo de Lyon e Primaz da França – mandou sua bênção, e três bispos participaram pessoalmente da marcha. Também foi sem precedentes e de muito peso a participação de jovens sacerdotes de Paris e de todo país. Os jovens que animavam a Marcha ainda não haviam nascido quando foi aprovada a lei do aborto em 1975, época em que por esses mesmos bulevares desfilavam passeatas feministas. Estas hoje estão quase desaparecidas da rua, mas ocupam posições nos governos, na mídia e nos partidos de diversas tendências. Sobretudo nos ecologistas e de esquerda.

Os protestos visavam também à eutanásia e às ações anti-familiares do governo francês – como a distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias, reembolso pela Segurança Social da pílula do dia seguinte, o favorecimento da “ideologia de gênero” nas escolas públicas e o “casamento” homossexual. Mais de 220.000 abortos legais são realizados anualmente na França e os números estão crescendo. É urgente fazer cessar esse massacre, e tanto os jovens como as famílias francesas o estão dizendo cada vez mais desinibida e corajosamente. Paris está sendo o palco privilegiado para essa reação católica na Europa.
Video: Marcha pela Vida, Paris 2012