23 de dezembro de 2012

“Se queres a paz natalina, prepara-te para a guerra”

Com meus votos de um Feliz e Abençoado Natal e um Novo Ano repleto das mais escolhidas graças da Sagrada Família — Jesus, Maria e José — para todas as famílias que acompanharam nosso Blog ao longo deste tempestuoso ano de 2012, transcrevo abaixo um muito evocativo Conto de Natal sobre uma "prosa" entre a mula e o boi num estábulo muito privilegiado... É de autoria de um colega, Valdis Grinsteins, e foi publicado na revista Catolicismo deste mês. 

2012 foi, verdadeiramente, um ano conturbado por muita investida contra a sagrada instituição familiar, mas também de muita luta em sua defesa. Uma árdua luta para que a Paz de Cristo, a verdadeira Paz, possa um dia reinar permanentemente em todos os lares. Mas, se queremos a Paz — como afirma o provérbio latino “Si vis pacem, para bellum” — preparemo-nos para a guerra. A batalha contra aqueles que movem infernos e terra para destruir os valores familiares em nossa Pátria. 
Natal de 2012 
Paulo Roberto Campos 


Diálogo entre a mula e o boi

Valdis Grinsteins
Há cerca de dois mil anos, estavam num estábulo uma mula e um boi. Como sempre acontece quando bons amigos estão juntos, comentavam notícias boas e más. Um tema habitual era o tempo, particularmente frio naquele inverno, com as abundantes nevadas — pouco frequentes, mas não anormais — perto de Jerusalém.

Outro tema habitual entre eles era a quantidade de pessoas que afluíam à pequena cidade de Belém. Nunca tinham visto antes tanta gente junta. A explicação era porque de Roma um edito de César Augusto mandara realizar um recenseamento censo, em que as pessoas deveriam apresentar-se em seus lugares de origem. Assim, numerosos judeus haviam se dirigido a este esquecido povoado para ali se inscrever. E embora alguns viessem a pé, outros se transportavam em cavalos ou camelos. 
É compreensível que os habitantes do lugar assistissem interessadíssimos a este ir e vir de pessoas. O que é comum num povoado tranquilo, onde nunca ocorre nada. Além do mais, os recém-chegados eram em geral pessoas que viviam ou em Jerusalém ou em outros lugares mais interessantes do que a pequena Belém. E, como era habitual, depois de conversarem com os parentes, as crianças e os jovens se dirigiam aos estábulos para admirar os cavalos, touros, camelos, enfim, todos os animais considerados mais atraentes. 

Mas esse entrar e sair de crianças e jovens ocorria no estábulo ao lado, e não naquele onde se encontravam a mula e o boi. Ninguém vinha vê-los, salvo excepcionalmente alguém para dar-lhes de comer e levá-los ao trabalho. E ambos suportavam tudo isso sem ressentimentos nem complexos. Simplesmente lhes parecia que o mundo era assim. “Claro — dizia o boi —, o que é que as crianças querem ver? Elas gostam da força, que tantas pessoas elogiam. Mas a força aliada à brutalidade. Por isso preferem ver os touros, que com sua agressividade chamam a atenção daqueles que imaginam que tudo se resolve pela força. Entretanto, não as atrai o trabalho, contínuo, regular e monótono de arar os campos, que eu realizo. E como, além do mais, os bois são engordados para serem sacrificados, isso é ainda menos atraente. Ninguém quer saber de sacrifícios, de vida dura, de trabalho incessante”.  

“É assim mesmo” — completava a mula. “Os cavalos, indômitos, que correm, que dão coices, que dominam pela velocidade e chamam a atenção por sua beleza, estão no centro das atenções. O mundo os admira. Mas o trabalho que eu realizo, como o de tirar água dos poços ou levar cargas, quem o admira? Quando me elogiam é porque tenho algumas qualidades que possuem os cavalos, como o vigor, a força ou o valor. Ou a sobriedade, a paciência, a resistência e o passo seguro dos burros. Mas a ideia que associam a mim é a de uma vida dura, mansa e dedicada aos demais. Exatamente aquilo do que as pessoas não querem nem ouvir falar”.
Quando a noite terminava e eles já se dispunham a dormir, o boi e a mula viram entrar no estábulo um senhor e uma jovem em avançado estado de gravidez. Com muita distinção ela se sentou num canto do estábulo, enquanto ele se dedicava a arrumar com máximo desvelo um pouco de palha para que ela descansasse melhor. Os animais ficaram com pena vendo-os em lugar tão pobre, mas o augusto casal não se queixava nem murmurava. Certamente ele havia pedido para pousar na casa de algum dos parentes que tinham no povoado, mas por serem pobres, apesar do parentesco e de sua alta dignidade, não lhes fora concedida hospedagem. É verdade que as casas desses parentes possivelmente estivessem cheias, mas caso se tratasse de parentes ricos, sem dúvida lhes teriam fornecido hospedagem. E não tendo aonde ir, tinham vindo a este estábulo, o menos visitado. E, por isso mesmo, o único que oferecia certa privacidade. A mula e o boi fizeram apenas o que podiam, ou seja, afastarem-se para dar-lhes um pouco mais de espaço. E foram dormir. 


À meia-noite, despertou-os um som inusual. Era o choro de uma criança. A jovem Senhora havia dado à luz um filho. O recém-nascido chorava de frio. “Pobrezinho” — exclamaram a mula e o boi. “Ele está numa situação bem pior do que a nossa. Afinal de contas, Deus nos deu uma pele grossa e pelos para nos proteger do frio, e estamos bem alimentados, mas este pobre menino nasce em um lugar inóspito para tanta debilidade. Façamos a única coisa que podemos para ajudá-lo”. E, aproximando-se, passaram a respirar fortemente, para que a sua respiração e o calor de seus corpos dessem ao recém-chegado um pouquinho de aquecimento. 

Aos poucos o Menino deixou de chorar, e sentindo o frio afastar-se, moveu as mãozinhas, colocando-as carinhosamente sobre a cabeça do boi e da mula, para lhes agradecer por sua por boa vontade. A mula e o boi se retiraram, para deixar o Menino dormir. E o Senhor que cuidava da jovem Senhora e do Menino deu aos animais um pouco de erva para que comessem, e de água para que bebessem. 

Os dois animais imaginaram que poderiam ir dormir, mas em pouco tempo começou a chegar todo tipo de pessoas. Primeiro eram uns pastores, que já de longe vinham cantando. Admirados eles rodearam o Menino, e O ficaram contemplando longamente. Depois vieram outros pastores, depois outros e mais outros. Apareceram também pessoas simples, mas de fé robusta, que foram saudar o Menino. 

Mais tarde chegou uma rica e importante caravana de reis e súditos montados em camelos belamente ajaezados. Vinham oferecer ouro, incenso e mirra ao Menino. E enquanto executavam a cerimônia de entrega dos presentes, admirados a mula e o boi contemplavam o espetáculo, escutando as músicas que cantavam em honra do recém-nascido. Mas chegaram também a seus ouvidos as reclamações de outros animais. Acostumados a ser o centro das atenções, sentiam-se contrariados por terem sido preteridos. E diziam que o boi e a mula eram um par de arrivistas que estavam ali por pura sorte, que se tivessem um pouco de conhecimento do mundo deveriam sair e deixar-lhes o lugar, pois obviamente eles estavam mais capacitados para ocupá-lo. Em suma, pura inveja. A mula e o boi não se preocuparam com esses comentários, e continuaram a cumprir seu discreto e eficaz papel de, na ausência de visitas, acercarem-se do Menino para ajudar a aquecê-lo. 

Por fim, certo dia, o Senhor, a Senhora e o encantador Menino preparavam-se para sair. Mas antes, voltando-se para a mula e o boi, disse-lhes a bela Senhora: “Como vocês foram bons e generosos para com o meu filho, faço-lhes uma promessa. Até o fim do mundo, sempre que se representar uma cena de seu nascimento, vocês estarão presentes. Porque Ele veio para dar exemplo de luta contra o mal, mas também exemplo de bondade. Veio para ajudar os homens de boa vontade a vencerem os homens de má vontade, que não querem a glória de Deus”. 
Esta promessa vem se cumprindo até os presentes dias, e assim continuará enquanto o mundo existir. Muitas vezes, adornamos com ovelhas, pastores, camelos e reis os presépios que montamos. Contudo, por mais pobres que eles sejam, sempre há uma mula e um boi. Porque ambos estavam ali quando nasceu o Redentor, Aquele Divino Infante louvado pelos anjos na Noite Feliz com o cântico narrado por São Lucas: “Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade!”. 


E-mail para o autor: catolicismo@terra.com.br


O vídeo abaixo apresenta uma orquestração do Stille Narcht (Noite Feliz), a mais bela e popular canção de Natal de todos os tempos, cantada em todas as línguas e por todos os povos. Ela foi escrita pelo Pe. Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber em 1818, ambos austríacos. Uma canção natalina tão paradisíaca e angelical que ficou conhecida também como uma "Canção do Céu"!


16 de dezembro de 2012

Promessa petista: após as eleições controlar, à força, os meios de comunicação


Matéria do Revmo. Padre Lodi que dá continuidade ao post mais abaixo (Marco Civil da Internet — Eleger a raposa para guardar o galinheiro



Marco civil da Internet 
(o esforço do PT por controlar a rede) 

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz 

Em 22 de setembro deste ano, o sítio do PT divulgou um vídeo em que o deputado federal José Guimarães (PT/CE), irmão de José Genoíno, criticava a atuação da imprensa no caso do mensalão e prometia que, após as eleições, o Partido iria controlar à força (“quer queiram quer não queiram”) os meios de comunicação no país[1]. Eis um trecho de sua fala:

“A mídia não pode ser partido político. Passadas as eleições, nós, do PT, vamos tomar uma medida, quer queiram quer não queiram: é a regulamentação da questão da comunicação no país. Nós vamos ter que enfrentar esse debate, porque foi além do limite. Nós precisamos reagir a essa ação orquestrada, às vésperas da eleição, que tem como único objetivo prejudicar o PT”[2]. [Vídeo abaixo]

O vídeo apareceu no dia seguinte à edição 2287 da revista VEJA, na qual Marcos Valério fazia acusações sobre a atuação de Lula no mensalão. José Guimarães, autor do vídeo, tornou-se famoso em 2005 quando seu então assessor foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo , com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil escondidos sob a roupa íntima. Na época, o caso serviu de estopim para a saída de Genoíno da presidência nacional do PT. 

Hoje, José Genoíno já está condenado pelo Supremo Tribunal Federal por formação de quadrilha e corrupção ativa relativa a pagamento de propina a parlamentares. 

Passadas as eleições, o PT deseja cumprir sua promessa. _
O controle da Internet 
De todos os meios de comunicação, a Internet é o que mais ameaça os interesses de um Estado totalitário. Por meio da rede mundial de computadores, é possível que qualquer cidadão tenha acesso a informações praticamente inacessíveis pelos outros meios. Uma simples navegação pelo sítio do PT demonstra não só que esse partido é comprometido com o aborto, mas também que todo candidato petista assume esse compromisso. 

Uma visita ao portal do Ministério da Saúde desmascara a mentira, tantas vezes repetida pelos abortistas, de que centenas de milhares de mulheres morrem a cada ano por causa de abortos “mal feitos”. 

O acesso ao portal da Câmara e do Senado permite monitorar a tramitação das propostas legislativas, dificultando os golpes das votações-surpresa. As notícias que a grande imprensa se recusa a publicar podem hoje ser encontradas em “blogs” mantidos e atualizados por simples internautas, sem qualquer necessidade de investimentos financeiros. Para um Partido que ostenta em sua logomarca a cor vermelha e a estrela de cinco pontas do comunismo, a Internet certamente é uma ameaça. Por meio dela — eis o grande perigo! — o povo pode exercer sua cidadania. 

O projeto petista de domesticar a Internet foi apresentado pela Presidente Dilma Rousseff em 24/08/2011 e converteu-se no Projeto de Lei 2126/2011, que “estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil”. A proposição, apelidada de Marco Civil da Internet, pretende ser “um primeiro passo no caminho legislativo”[3], conforme palavras dos autores do anteprojeto entregue à presidente. Se aprovado, muitas outras medidas virão para disciplinar a rede. 

Não é crível que o PT esteja preocupado em zelar pela “privacidade”, “acesso à informação” e “liberdade de expressão” dos usuários, como aparece no texto do projeto. De fato, o PT é, por sua índole, um partido totalitário. Sempre se notabilizou por cercear a liberdade dos dissidentes, por censurar as informações desfavoráveis e por impor a todos a sua ideologia. Crer que o PT cuidará para que a Internet seja livre é o mesmo que crer que a raposa cuidará bem do galinheiro ou que o cabrito será um bom vigia da horta. 

O texto do PL 2126/2011, na forma do substitutivo apresentado pelo relator Alessandro Molon (PT/RJ)[4], deve ser lido com muita cautela. O importante não está nas “boas intenções” descritas (“promover o acesso da Internet a todos”, “assegurar a liberdade de expressão e evitar a censura”...), mas nas exceções previstas para os direitos, bem como nos princípios (art. 3º), fundamentos (art. 2º) e regras de interpretação (art. 6º) da lei. 

Entre os fundamentos da disciplina do uso da Internet, o texto propõe os “direitos humanos” (art. 2º, II), a “pluralidade e a diversidade” (art. 2º, III). Que significam “direitos humanos”? Segundo o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), aprovado pelo Decreto 7037/2009, assinado pelo então presidente Lula e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff[5], o PT considera direitos humanos: o aborto, o homossexualismo, a adoção de crianças por duplas homossexuais e a prostituição. “Pluralidade” e “diversidade” são termos insistentemente usados pelo PT para designar a aceitação de novas “orientações” sexuais e novas “formas de família”. 

Com base nesses fundamentos, que servem de base para a interpretação da lei (art. 6º), alguém poderia ser obrigado a retirar do ar, por exemplo, alguma matéria contrária ao aborto ou favorável à família natural. A pregação da castidade seria passível de censura por ofender os “direitos humanos” daqueles que não a praticam. 

Além disso, a razão de ser da lei, embora seus defensores não o confessem, está nas exceções que ela admite. Leiamos este dispositivo aparentemente inofensivo: 

Art. 9º, §3º - Na provisão de conexão à Internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes de dados, ressalvadas as hipóteses admitidas na legislação. 

O que está em negrito é o mais importante: haverá uma lei que permitirá ao governo fazer tudo aquilo que o início da frase proíbe: bloquear, monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes de dados. 

Os propagandistas do Marco Civil têm chamado a atenção para o seu artigo 15, que isenta de responsabilidade civil o provedor de aplicações por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros. O provedor só responderá se não obedecer à ordem judicial ordenando a retirada do conteúdo do ar. No entanto, é bom verificar como termina o artigo: 

Art. 15. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e evitar a censura, o provedor de aplicações de Internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário. 

Haverá, portanto, uma lei que fará o provedor responder pelo conteúdo hospedado mesmo antes de receber qualquer ordem judicial. Em que casos? Possivelmente em caso de matérias que ameacem gravemente a ideologia ou os interesses do Partido. 

O PL 2126/2012 é cheio de referências a leis ou regulamentos que ainda não existem: “nos termos da lei” (art. 3º, VI), “nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer” (art. 7º, II), “nas hipóteses previstas em lei” (art. 7º, VI), “ressalvadas as hipóteses admitidas na legislação” (art. 9º, § 3º), “padrões definidos em regulamento” (art. 10, § 2º), “sanções cíveis, criminais e administrativas previstas em lei” (art. 10, § 3º), “nos termos do regulamento” (art. 11, caput), “ressalvadas as disposições legais em contrário” (art. 15, caput), “salvo expressa previsão legal” (art. 16, caput). Aprovar o “Marco Civil” é abrir as portas para uma avalanche de decretos, portarias, resoluções ou mesmo medidas provisórias cujo teor ignoramos. 

Neste fim de ano, o PT vem fazendo um esforço enorme por votar e aprovar esse projeto, que, por sinal, tramita em regime de urgência. 

O mesmo PT manifestou apoio expresso à “Ley de Medios” da Argentina, em reunião de seu Diretório Nacional de 7 de dezembro deste ano, e pretende fazer uma lei semelhante no Brasil[6]. Sob o pretexto de combater os monopólios, o governo argentino de Cristina Kirchner pretende, e está conseguindo, com essa lei, obter o controle dos meios de comunicação. Brasil e Argentina caminham juntos rumo ao totalitarismo. 

Para evitar essa tragédia, ligue para o Disque Câmara 0800 619 619 “Desejo enviar uma mensagem ao presidente da Câmara, aos presidentes das Comissões e aos líderes dos Partidos: Solicito a Vossa Excelência que vote CONTRA o PL 2126/2011 (Marco Civil da Internet), que ameaça a liberdade de expressão na Internet e prepara o controle totalitário de seu conteúdo”.


Anápolis, 12 de dezembro de 2012
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis. 
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[1] PT discutirá regulação da mídia, diz irmão de Genoino. Folha de S. Paulo, 26 set. 2012, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/68368-pt-discutira-regulacao-da-midia-diz-irmao-de-genoino.shtml 
[2] http://vimeo.com/50200480 
[3] http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor= 912989&filename=PL+2126/2011 
[4] http://edemocracia.camara.gov.br/web/marco-civil-da-internet/andamento-do-projeto/-/blogs/conheca-a-ultima-versao-do-relatorio-do-marco-civil-11-7 [5] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm 
[6] http://www.pt.org.br/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O_SOBRE_A_ARGENTINA.pdf 
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Use o Disque Câmara e o Alô Senado O Disque Câmara e o Alô Senado são muito mais eficazes do que as mensagens por correio eletrônico. Sempre são entregues aos parlamentares, são contabilizadas para efeito de estatística e, se o cidadão o permitir, podem ser publicadas. Salve estas mensagens em formato PDF 
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Disque Câmara 0800 619 619 - Tecle "9" Desejo enviar uma mensagem ao presidente da Câmara, aos líderes dos Partidos e aos presidentes das Comissões: 
"Solicito a Vossa Excelência que apoie o PDC 565/2012, do deputado Marco Feliciano, que susta a decisão que aprovou o aborto de crianças anencéfalas. O Congresso precisa insurgir-se contra a crescente invasão de competência da Suprema Corte". 
“Solicito ainda que vote em favor da PEC 164/2012, que estabelece a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção”. 
“Solicito por fim que use a tribuna para protestar contra a norma técnica do Ministério da Saúde que, a pretexto de restringir os danos,pretende ensinar as mulheres a praticarem aborto”. 
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Alô Senado 0800 61 22 11 - Diga "Mensagem" Desejo enviar uma mensagem a todos os membros da CAS (Comissão de Assuntos Sociais): 
"Solicito a Vossa Excelência que vote CONTRA o PLS 50/2011 que pretende curvar-se diante da arbitrária decisão do STF de legalizar o aborto de crianças anencéfalas. O Congresso precisa insurgir-se contra a crescente invasão de competência daquela Corte". Desejo ainda enviar uma mensagem a todos os membros da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). 
"Solicito a Vossa Excelência que vote CONTRA o PLS 612/2011 que pretende curvar-se diante da arbitrária decisão do STF que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo. O Congresso precisa insurgir-se contra a crescente invasão de competência da Suprema Corte". Desejo ainda enviar uma mensagem a todos os membros da Comissão Especial do PLS 236/2012. "Solicito a Vossa Excelência que na reforma do Código Penal: 
a) não descriminalize o aborto, a eutanásia, o induzimento ao suicídio, o infanticídio, o uso de drogas, as casas de prostituição, os atos e espetáculos obscenos, nem diminua a pena para esses crimes; 
b) não diminua de quatorze para doze anos a idade mínima para crimes sexuais contra vulneráveis; 
c) exclua a criminalização da “homofobia”, que pretende exaltar o homossexualismo e instaurar a perseguição religiosa no país; 
d) não revogue os crimes da Lei de Biossegurança nem os da Lei de Transplantes; 
e) conserve a proteção penal para crianças vítimas de infanticídio indígena".

12 de dezembro de 2012

Quanto MAIOR a desagregação da família, MENOR o rendimento escolar

Atual sistema de ensino escolar prepara muito bem para uma geração de incapazes 


CARLOS SCHAFFER (*) 

“Metade dos alunos não sabe somar”. Esta é a manchete do principal diário austríaco, “Die Presse”, nesta quarta-feira, 12 de dezembro. Mais precisamente, apenas 58% dos alunos do quarto ano escolar, em idade de 14 anos, atingiram o padrão mínimo no teste de matemática, realizado em todo o país. O resultado é alarmante. Christroph Schwarz comenta na segunda página: “Nosso sistema escolar produz uma geração de incapazes”.

Os resultados desse teste nas escolas na Capital, Viena, são ainda piores. Aqui desce a 49% a proporção dos que chegaram ao padrão mínimo de noções aritméticas. O programa estatal de integração escolar de austríacos com filhos de imigrantes — em sua maioria muçulmanos — é uma das causas desse fracasso. A outra é a desagregação da família.  

Todas as escolas, temendo serem taxadas de “discriminatórias” favorecem os imigrantes muçulmanos. Estes, frequentemente, sequer dominam a língua deste país. Seu baixo nível cultural torna lenta a função pedagógica dos professores. Muitas famílias não matriculam seus filhos na escola próxima de casa, se nelas o número de imigrantes é alto. Elas se vêem obrigadas a procurar escolas distantes do lar, a fim de evitar as tensões sociais e o mal estar para seus filhos. Esse clima em nada colabora com o aproveitamento escolar.

Há pouco mais de duas semanas, nesta Capital, um aluno de 13 anos cometeu suicídio por causa de más notas. Ele saltou do último andar de sua escola. O medo de enfrentar os pais levou-o à morte. Na região de Viena um terço dos alunos recorre a psiquiatras em razão de dificuldades várias nas escolas. 

CRISE DA FAMÍLIA 
“Más notas não caem das nuvens, mas representam o fim de um processo”, afirma a psicóloga Christiane Spiel [“Die Presse”, 3.12.2012]. O problema começa em casa, onde os pais quase não acompanham os filhos. Mas exigem boas notas. Há uma ação contínua a ser exercida junto aos pais a fim de que não extravasem seu descontentamento quando chegam as notas baixas. Os pais são pois, solicitados a se responsabilizar pelo aproveitamento escolar. 

Mathilde Zeman, psicóloga chefe do conselho escolar de Viena, recomenda aos pais a não transformar em drama uma nota baixa. “Os pedagogos [atuantes nos estabelecimentos de ensino primário] devem ser treinados conversar com os pais”. Para suprir a “ausência” dos pais o conselho escolar pensa em empregar novos psicólogos, destinados a convencer os pais a assumirem sua responsabilidade. 
Divórcio dos pais: fator que muito pesa para o baixo aproveitamento escolar dos filhos
A situação não é simples. Grande número de alunos provém de famílias separadas pelo divórcio. Pouco olham pelos filhos os pais — eles são inúmeros — que trabalham fora do lar. Muitos casais, tomados pela ideologia libertária da Revolução da Sorbonne, 1968, se insurgem contra a disciplina escolar. Para eles é preciso ser moderno: “a palavra disciplina assusta as crianças, elas devem fazer o que quiserem. Caso não sigam seus impulsos, recalcando sua vontade, terão neuroses mais tarde”. Essa cantilena foi aprendida com Sigismund Freud, vienense, cuja ideologia libertária vem trazendo trágicas e desastrosas consequências. 

Neste clima, a proposição do especialista em educação, chefe do PISA [Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes], Andreas Schleicher, faz sorrir. Ele veio de Paris para entender-se com a Ministra da Educação, Claudia Schmied, socialista. Para a solução do problema austríaco ele propõe, entre outras medidas, que os pais façam com os filhos os deveres escolares durante, ao menos, três horas diárias... Ela mesma, a senhora Ministra, não deve ter gostado da proposta. O Partido Socialista, no qual ela milita, vem adotando reformas do sistema escolar, sempre no sentido de afastar os filhos dos pais, colocando-os sob crescente controle do Estado. Os resultados estão aí. 
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(*) Carlos E. Schaffer, Jornalista sediado na capital austríaca, ofereceu esta matéria para publicação no Blog da Família.

9 de dezembro de 2012

FRANÇA: Parada pela Família e pela Infância, contra o “casamento” homossexual

Papai + Mamãe. Nada melhor para uma criança!
A mídia nacional se fez de cega quanto às gigantescas manifestações ocorridas na França nos dias 17 e 18 de novembro. Nossa mídia “não viu”, “nem ficou sabendo”, das multidões reunidas em Paris e em diversas importantes cidades para se manifestarem contra o pseudo casamento homossexual.  

A motivação foi a pretensão do neo-presidente francês, François Hollande, de apressar a legalização de tal arremedo de “casamento”, bem como a inconcebível permissão para que tais “casais” adotem crianças.

A “cegueira” midiática, evidentemente, é bem articulada pelas conhecidas “patrulhas ideológicas” que determinam o que convém ou não publicar, o que os brasileiros podem ou não ficar sabendo.

Segundo algumas agências internacionais, mais de 200 mil pessoas saíram às ruas em defesa da família, do matrimônio autêntico e da criança. Elas bradaram slogans e portaram cartazes, como estes: “A França precisa de filhos, não de homossexuais”; “Não há nada melhor para uma criança que um pai e uma mãe”; “As crianças nascem com direito a um pai e a uma mãe”; "Um papai e uma mamãe para todas as crianças". [foto abaixo]
Segundo o diário “Le Monde”, “O governo subestimou a rejeição da opinião pública ao seu Projeto de Lei”, e o jornal francês informa que estão anunciadas outras grandes manifestações para o dia 13 de janeiro próximo.

Mulheres do movimento feminista, semi-nuas e com véu de freira nas cabeças, e ativistas do lobby homossexual tentaram violentamente impedir as manifestações em defesa dos valores da família. A respeito, transcrevo para nossos leitores um excelente artigo de Luis Sérgio Solimeo.
Na faixa: "Liberté, Egalité, Homosexualité"


“Liberdade, Igualdade, Homossexualidade”?


Luiz Sérgio Solimeo 


A Revolução Francesa (1789) teve como base ideológica a filosofia do Iluminismo, sintetizada na famosa trilogia: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Impondo a total igualdade na sociedade, essa filosofia julgava que daí adviria a completa liberdade e uma idílica fraternidade entre os homens. 

A “fraternidade” da guilhotina 
Como se sabe, os efeitos imediatos dessa igualdade foram a execução do rei Luis XVI [quadro ao lado], de sua irmã a princesa Elisabete e da Rainha Maria Antonieta; milhares de nobres foram guilhotinados; o clero foi perseguido e massacrado ou teve que entrar na clandestinidade. Os camponeses da Vandéia que se levantaram em defesa do altar e do trono sofreram um verdadeiro genocídio e sua região foi devastada pelas “colunas infernais” do general Turreau.[1] 

O terror instaurado pelos revolucionários franceses em nome da igualdade não foi o único; desde então igual terror tem sido responsável por genocídios nazistas ou comunistas, estes últimos na Rússia, China e no Camboja. Para os revolucionários do Khmer Rouge, bastava ser intelectual, ou usar óculos, o que tornava suspeito de intelectual, para ser morto.[2] 

A igualdade absoluta destrói a liberdade 
A razão pela qual a igualdade absoluta destrói a liberdade e impede a fraternidade é que se trata de uma utopia, um mito ideológico, que contraria a natureza humana. 

Embora os homens sejam iguais por natureza, eles são desiguais em talento, em força de vontade, inteligência, etc. E a liberdade e a fraternidade só são possíveis quando existe respeito mútuo, o qual, por sua vez, requer o reconhecimento dessas diferenças naturais. O único jeito de impor a igualdade utópica é por meio de uma feroz ditadura. 

Após a Revolução Francesa surgiu o mundo igualitário e secularizado de nossos dias e, levando os princípios de 1789 até o fim, chegou-se ao comunismo. Se toda desigualdade é má, porque aceitar as desigualdades econômicas?[3] 

É significativa a comparação feita por Lenine entre a Revolução Francesa e a Revolução Comunista:  “A Revolução Francesa é chamada grande porque ela […] foi uma efetiva revolução que, depois de derrubar a monarquia, esmagou completamente os monarquistas. E nós faremos o mesmo com esses senhores capitalistas […] sua ‘liberdade’ deve ser abolida ou diminuída. Isso ajudará a emancipar o trabalho do jugo do capital".[4] 

Da Revolução Francesa à Revolução Cultural 
Mas, levando a igualdade da trilogia da Revolução Francesa até as últimas consequências ela vai mais além do igualitarismo sócio-político e econômico tendendo a destruir a própria desigualdade dos sexos, no que serve de base para a ideologia homossexual.[5] 

Essa ligação entre os princípios da Revolução Francesa e a ideologia homossexual manifestou-se recentemente. Nos dias 17 e 18 de novembro últimos, foram realizadas marchas na França contra o “casamento” homossexual. Tais marchas [à esquerda, foto de uma das marchas] reuniram mais de 200 mil pessoas em todo país. Um cartaz de uma contra-manifestação homossexual a essas marchas proclamava: “Liberdade, igualdade, homossexualidade".[6] 

Tal adaptação do lema da Revolução Francesa não parece ser uma coisa esporádica, mas pode ser encontrada em sites homossexuais da França, Canadá e mesmo Polônia, como em artigos que tratam sobre homossexualismo.[7] 

Inclusive, numa foto de um participante de uma parada homossexual em Paris, vê-se a mesma adaptação tatuada [foto] no braço de um manifestante.[8] 

Socialismo, Homossexualismo e violência 
Não é de se admirar que os governos socialistas apoiem a agenda homossexual, como está ocorrendo agora na França onde o executivo está procurando impor o “casamento” homossexual. 

Ao mesmo tempo, um dos movimentos mais extremista do socialismo internacional, o anarco-feminista FEMEN, manifestou-se em apoio ao “casamento” homossexual na França. 

Mulheres militantes do “FEMEN”, provocativamente de topless e com um véu de freira na cabeça [foto abaixo, devidamente censurada] e dizeres obscenos ou blasfemos escritos no corpo, investiu contra famílias e crianças que marchavam pacificamente em defesa do casamento tradicional, atacando-as com um gás fumígeno.[9] 

Embora as fotos e os vídeos mostrem claramente as anarquistas atacando os manifestantes, os quais procuraram contê-las e afastá-las da manifestação, grande parte da mídia inverteu o acontecido e apresentou as mulheres semi-nuas como vítimas dos católicos que participavam da marcha. O governo socialista logo tomou posição condenando a organizadora de uma das marchas, o Instituto Civitas, ameaçando fechá-lo.[10] 

Um movimento anarquista sexual 
O movimento revolucionário FEMEN teve sua origem na Ucrânia mas encontra-se agora espalhado por inúmeros países. Em seu site ele se define como segue: 
“FEMEN – é um novo tipo de Amazonas, capazes de solapar os fundamentos do mundo patriarcal por meio de sua intelecto, sexo, agilidade, fazer desordem, conduzir à neurose e ao pânico o mundo dos homens. 
“FEMEN – é uma ideologia do SEXTREMISMO. FEMEN – é uma nova ideologia do protesto sexual das mulheres por meio de campanhas de extremo topless e ação direta. 
FEMEN – é o sextremismo servindo para proteger os direitos das mulheres, guardiãs da democracia atacando o patriarcalismo em todas suas formas: ditaduras, a Igreja, a indústria sexual.”[11] 

O fim do processo revolucionário 
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em seu ensaio "Revolução e Contra-Revolução", analisou o processo histórico que vem destruindo a Civilização Cristã através da Revolta Protestante, a Revolução Francesa e o Comunismo. 

A isso ele dá o nome de “As três Revoluções,” as quais desembocaram numa “Quarta Revolução” representada pelas Guerras Culturais de hoje e cuja ponta de lança é sem dúvida o movimento homossexual negador da lei natural.[12] 

Nessa fase final do processo revolucionário, a luta se ampliou do campo sócio-político e econômico para o da destruição da lei natural. O socialismo, em aliança com o movimento homossexual, quer impor um estado de coisas completamente oposto ao ditames da moral natural, da lei natural e do Cristianismo e da verdadeira liberdade dos filhos de Deus (Romanos, 8:21). 

Uma confrontação de certezas 
A luta é sobretudo uma luta de ideias, um confronto de certezas. Confronto entre o ódio revolucionário contra a hierarquia social, a moral, e a Deus, de um lado e a fé altaneira e destemida, que proclama as verdades da fé, da moral e da lei natural e está disposta a dar a vida em sua defesa, do outro. 

Numa luta desse porte, precisamos, mais do que tudo, da ajuda da graça de Deus, a intercessão da Santíssima Virgem. Com a sua ajuda, a luta conduzirá à vitória final, mesmo que passemos por túneis de incertezas e de aparentes derrotas. 

Sempre confiantes na mensagem trazida por Nossa Senhora em Fátima, de que, por fim, seu Imaculado Coração triunfará. 
__________________ 
Notas:
[1] Cf. Francois Furet-Mona Ozouf, A Critical Dictionary of the French Revolution, Cambridge, Mass: Belknap Press of Harvard University Press, 1989. 
[2] Cf. The Khmer Rouge and Cambodia, http://www.coldwar.org/articles/70s/KhmerRougeandCambodia.asp. 
[3] Para uma visão geral deste tópico ver Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros.asp. 
[4] V. I. Lenin, First All-Russia Congress on Adult Education, May 6-19, 1919, http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1919/may/06.htm. 
[5] Cf. TFP Committee on American Issues, Defending A Higher Law – Wy we Must Ressit same-sex marriage and the Homossexual Movement, Capitulo 3, Spring Grove, Penn, 2004. 
[6] Over 100,000 French protesters rally against gay marriage, adoption (PHOTOS) Published: 18 November, 2012, 02:05, http://rt.com/news/france-gay-marriage-protest-955/. 
[7] Cf. Liberté Égalité Homosexualité! http://www.etudiant-ontario.ca/Actualites/2010-11-23/article-1987908/Liberte-Egalite-Homosexualite!/1; Liberté, Égalité, Homosexualité, http://fillecherchefilledu86.skyrock.com/2364202551-liberte-egalite-homosexualite.html; Liberté! Égalité! Homosexualité!, http://polandian.wordpress.com/2008/06/12/liberte-egalite-homosexualite/, Yannis Palaiologos, Liberté, Égalité, Homosexualité, November 12, 2012, http://prospect.org/article/libert%C3%A9-%C3%A9galit%C3%A9-homosexualit%C3%A9. 
[8] Cf. http://www.flickr.com/photos/fil/714793659/. 
[9] Cf. Cavan Sieczkowski,Topless ‘Nuns’ From Activist Group Femen Allegedly Attacked By Anti-Gay Catholic Protesters In Paris (NSFW VIDEO) The Huffington Post, 11/19/2012 11:21 am EST Updated: 11/19/2012 11:31 am EST, http://www.huffingtonpost.com/2012/11/19/topless-nuns-anti-gay-catholic-protesters-paris-femen_n_2158033.html; Topless Femen members clash with anti-gay marriage protestors, 18/11 22:57 CET, http://www.euronews.com/2012/11/18/topless-femen-members-clash-with-anti-gay-marriage-protestors/; Civitas porte plainte contre les Femen et dénonce la disinformation, http://www.itinerarium.fr/civitas-porte-plainte-contre-les-femen-et-denonce-la-desinformation/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Itinerarium+%28Itinerarium%29. 
[10] http://galliawatch.blogspot.com/2012/11/civitas-november-18.html. 
[11] http://femen.org/en/about. 
[12] Cf. nota 3.

5 de dezembro de 2012

Marco Civil da Internet — Eleger a raposa para guardar o galinheiro


O perigo do Marco Civil

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Ontem telefonei para o Disque Câmara (0800 619 619) e admirei-me ao constatar que a telefonista não sabia o que era o Marco Civil da Internet. Nem sequer dispunha de uma estatística das manifestações dos cidadãos sobre essa proposta legislativa (PL 2126/2011). Segundo ela, o Marco Civil não está entre os projetos que mais recebem opiniões do público; por isso, o quantitativo das ligações telefônicas não está prontamente disponível.

É grave saber que o povo, em sua maioria, ignora o perigo que o ameaça. Se estão se comunicando com os parlamentares, não estão usando o canal mais prático e eficiente: o Disque Câmara.

Pretendo escrever melhor sobre o Marco Civil, mas a urgência do tema não me permite permanecer em silêncio.

Como diz o apelido, o Projeto de Lei 2126/2011, enviado à Câmara pela Presidente da República, pretende ser um "marco" na Internet. Não um marco penal, definindo crimes e penas. Por enquanto, apenas um marco "civil", estabelecendo "princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil". No futuro, o governo pretende criar o "marco penal".

O maior perigo do projeto consiste em sua aparente inocuidade. Quem o lê naíntegra, parece não encontrar nada de novo. A proposta seria um "chover no molhado". No entanto, justamente por isso o Marco Civil requer cuidado. O governo do PT não o teria proposto se não tivesse um propósito bem preciso. Nem o projeto estaria tramitando em regime de urgência (como está), se o Partido nada lucrasse com sua aprovação.

Não é crível que o PT esteja preocupado em zelar pela "privacidade", "acesso à informação" e "liberdade de  expressão" dos internautas. como aparece no texto. De fato, o PT é, por sua índole, um partido totalitário. Sempre se notabilizou por cercear a liberdade dos dissidentes, por censurar as informações desfavoráveis e por impor a todos sua ideologia. Crer que o PT cuidará para que a Internet seja livre é o mesmo que crer que a raposa cuidará bem do galinheiro ou que o cabrito será um bom vigia da horta.

Para um partido que ostenta em sua logomarca a cor vermelha e a estrela de cinco pontas do comunismo, a Internet certamente é uma ameça. Por meio dela  eis o grande perigo!  o povo pode exercer sua cidadania. Através da rede mundial de computadores, é possível ter acesso a uma notícia que os jornais brasileiros não ousaram publicar: o Ministério Público Federal pediu o bloqueio dos bens de Lula no valor de R$ 9.526.070,64 por improbidade administrativa. A notícia, publicada no jornal português Correio da Manhã (ainda) está disponível para todos.Também é possível ter acesso (ainda) à tramitação da ação civil pública em que Lula figura como réu.

A aprovação do Marco Civil pode ser um passo importante para que a Internet, seu conteúdo e seus usuários fiquem controlados pelo governo petista. Vejamos.

Um dos fundamentos da disciplina do uso da Internet são os "direitos humanos" (art. 2º, II). Para quem não se lembra do 3º Programa Nacional de "Direitos Humanos" (PNDH-3), decretado pelo então presidente Lula com a assinatura da então Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, o PT considera que são direitos humanos: o aborto, a prostituição, o homossexualismo, a exclusão de símbolos religiosos das repartições públicas... Com fundamento no Marco Civil, se aprovado, o governo poderá requerer o fechamento de um sítio que se oponha ao aborto, que defenda a família natural ou que discorde da regulamentação da profissão de "profissionais do sexo". Tudo isso constituiria uma afronta aos "direitos humanos".

Outro fundamento é a "pluralidade e a diversidade" (art. 2º, III). Não devemos pensar que tais palavras sejam inocentes. "Diversidade" é um termo usado frequentemente para defender as diversas formas de "orientação" (ou desorientação?) sexual: homossexualismo, bissexualismo, travestismo. "Pluralidade" pode ser usado para designar a proibição de se defender a existência de uma verdade absoluta. Não haveria uma família natural, mas várias "formas" de família, todas elas convencionais, e que deveriam ser igualmente "respeitadas" em nome da pluralidade. Um portal católico poderia ser fechado se a doutrina por ele pregada ofendesse essa "pluralidade".

O projeto prevê, de maneira ardilosa mas eficaz, a monitoração, filtragem, análise e fiscalização do conteúdo dos dados que transitam pela Internet. Vejamos o parágrafo único do artigo 9º:
"Na provisão de conexão à Internet, onerosa ou gratuita, é vedado monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes de dados, ressalvadas as hipóteses admitidas em lei".
O que está em negrito é o mais importante: haverá uma lei que permitirá fazer tudo aquilo que o início da frase proíbe.

O projeto obriga o administrador de sistema a manter os registros de conexão (data e hora de início e término de uma conexão, sua duração e o endereço IP utilizado) pelo prazo de um ano, "nos termos do regulamento" (art. 11, caput). Haverá portanto, um "regulamento" sobre o assunto a ser decretado pelo Poder Executivo.

Por ordem judicial, o provedor de conexão poderá ser obrigado, por certo tempo, a guardar os registros de acesso a aplicações (funcionalidades) da Internet (Cf. art. 13, §2º).

Se o conteúdo da Internet trouxer danos a alguém (por exemplo, danos morais ao PT?), o juiz poderá emitir uma ordem para tornar indisponível tal conteúdo. Se o provedor de aplicações não retirar do ar essa matéria no prazo assinalado, poderá ser responsabilizado pelos danos decorrentes (Cf. art. 15). Isso, "salvo disposição legal em contrário" (art. 15). Ou seja, poderá haver uma lei que obrigue o provedor a responder pelo conteúdo antes mesmo que desobedeça a uma ordem judicial.

O Marco Civil pretende de fato ser um marco. Se aprovado, ele abrirá caminho para outras normas regulamentadoras  decretos, portarias, medidas provisórias  todas tendentes a tornar efetivo o controle sobre a rede mundial de computadores. Depois poderá vir a hora do Marco Penal: a criação de figuras penais (crimes) relativas a condutas que possam pôr em perigo a hegemonia petista.

Com a Internet sob controle, o PT terá extinto o último meio do cidadão se defender contra o totalitarismo. O Brasil poderá tornar-se uma nova Cuba, Venezuela ou China.
Para evitar essa tragédia, ligue para o Disque Câmara 0800 619 619 
Eis algumas sugestões de mensagem "Solicito a Vossa Excelência que vote CONTRA o PL 2126/2011 (Marco Civil da Internet). 
Motivo: o Projeto ameaça a liberdade de expressão na Internet e prepara o controle totalitário de seu conteúdo" "Solicito a Vossa Excelência que REJEITE TOTALMENTE o PL 2126/2011 (Marco Civil da Internet). 
Motivo: o exercício da cidadania pela Internet é ameaçado por esse projeto que pretende controlar a rede". "Solicito a Vossa Excelência que diga NÃO ao PL 2126/2011 (Marco Civil na Internet). 
Motivo: a legislação atual é suficiente para coibir abusos na rede. O projeto tende a instaurar uma ditadura sobre os internautas".
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