26 de janeiro de 2022

Washington — Marcha contra o aborto rumo à abolição da sentença “Roe vs. Wade”, que legalizou o assassinato de inocentes


  Paulo Roberto Campos 

Realizou-se com grande êxito no dia 21 último a 49º edição da March for Life, que transcorre anualmente na capital norte-americana para exigir o fim do aborto no País. 

Centenas de milhares de participantes esperam que a enorme e crescente reação contra a prática abortiva obterá que ainda neste ano seja definitivamente abolida a famigerada sentença Roe vs. Wade. Com essa decisão judicial, aprovada em 1973, o número de nascituros executados “legalmente” no ventre materno aumentou exponencialmente nos Estados Unidos, tornando-se o maior holocausto de todos os tempos. Alguns pesquisadores falam em aproximadamente 63 milhões de abortos desde aquele ano até o final de 2021.

Steve Daines [foto ao lado], senador republicano do estado de Montana, saudando os participantes da Marcha anti-aborto declarou que “É hora de a Suprema Corte permitir que legisladores estaduais e federais representem seus eleitores e protejam os mais vulneráveis entre nós. É hora de nós, como os Estados Unidos da América, uma nação que deveria ser líder no mundo sobre direitos humanos, reconhecer — o que é o tema da Marcha pela Vida deste ano — que a igualdade começa no ventre.” 

Os próprios movimentos abortistas que festejavam tal decisão da Suprema Corte americana já não têm mais esperanças de conseguir manter em vigor essa lei. 



A American Society for the Defense of Tradition, Family and Property (a TFP americana) sempre participa dessa Marcha com numerosos membros e sua atraente banda de música [foto acima]. Alguns tefepistas, além de portarem seus estandartes e capas que dão colorido especial à manifestação e bem representam “o charme grandioso da TFP” [fotos abaixo], levam uma linda imagem de Nossa Senhora de Fátima [foto ao lado], cópia fiel daquela que chorou milagrosamente em Nova Orleans em 1972. Todos esses símbolos chamaram enormemente a atenção de todos os participantes da March for Life.

John Ritchie, diretor da TFP Student Action, declarou durante o grandioso evento: “Definitivamente há uma mudança de humor aqui. O impulso e o entusiasmo não estão mais com aqueles que são pró-aborto [...]. Uma derrota do aborto seria incompleta se não abordasse os efeitos devastadores da revolução sexual [...]. O único caminho a seguir é um retorno à ordem.”


Os membros da TFP levaram uma faixa com os dizeres: “Uma América post-Roe deve rejeitar toda a revolução sexual. A América deve se voltar para Deus e promover uma cultura de pureza.” Eles também distribuíram largamente um folheto que, entre muitas afirmações importantes em defesa dos valores morais não negociáveis, declara: “Não podemos descansar até que todos os 50 estados estejam livres desse flagelo moral [o aborto] que mancha a honra da nação”. Provando que “o aborto provocado é intrinsecamente mau”, afirmaram ainda que se deve lutar não apenas contra o aborto, mas também contra os “pecados de impureza […], a revolução sexual dos anos 60 […], deve-se defender e elogiar o casamento verdadeiro — a união indissolúvel entre um homem e uma mulher com exclusão de todos os outros tipos de ‘uniões’”. [propaladas pela agenda LGBT]. 


Nem as baixas temperaturas esfriaram o entusiasmo da multidão que lotou as ruas durante a gigantesca Marcha-protesto contra o massacre de inocentes. Alguns analistas políticos observaram que o número de jovens contrários ao aborto e defensores da família tradicional cresce a cada ano, em cada Marcha; muitos deles levaram bandeiras e cartazes com expressões muito apropriadas contra o aborto (como se poderá ver nas fotos e no vídeo que seguem. Click numa imagem para percorrer a galeria de fotos feitas pelo meu amigo Michael Gorre).

 















23 de janeiro de 2022

DRAGONAS NOS UNIFORMES MILITARES


Sua razão de ser, seu valor simbólico e seu ocaso 

✅  Plinio Corrêa de Oliveira

P
oder-se-ia escrever um livrinho sobre a razão de ser das dragonas, seu valor simbólico, bem como seu ocaso. 

A dragona foi uma das boas invenções do espírito humano em matéria de indumentária. Ela realmente incrementa algo ao físico que possa aparentar não ser muito caracteristicamente militar. Ademais, remete para simbolismos gloriosos, realça a hierarquia e a glória militar no que elas têm de áureo, de nobre e de varonil. 

Em nossa época de decadência, não seria forçoso que a dragona fosse substituída por aquela simples chapinha que atualmente se utiliza em alguns uniformes militares? Não seria necessário que essa chapinha fosse ficando cada vez mais ordinária até chegar o momento em que ela viesse a ser substituída por algo de matéria plástica ou de pano? As coisas de matéria plástica tendem a dominar. 



Com o passar dos anos, temos assistido à decadência, à simplificação, ao tombo: das dragonas de metal com franjas de seda ou ouro passou-se àquelas de pano; para se chegar à matéria plástica não tarda. Depois inventam uma matéria plástica incombustível, até serem as dragonas substituídas por um pontinho marcado no uniforme militar. 



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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 17 de agosto de 1962. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 853, Janeiro/2022.

19 de janeiro de 2022

RETUMBANTE CONVERSÃO DE UM JUDEU

Representação da aparição de Nossa Senhora a Alphonse Ratisbonne

No dia 20 de janeiro de 1842, há exatamente 180 anos, o judeu Alphonse Ratisbonne se converteu milagrosamente ao catolicismo, por intervenção direta de Nossa Senhora 


✅  Plinio Corrêa de Oliveira 

De família muito rica de banqueiros de Estrasburgo (Alemanha), o jovem judeu Alphonse Tobias Ratisbonne (1814-1884) percorria vários países. Após uma viagem ao Oriente, em 1842 passou uma temporada em Roma, onde se encontrou com um antigo colega, Gustavo de Bussières, de religião protestante. Na residência deste, conheceu seu irmão, o Barão Teodoro de Bussières, que havia se convertido ao catolicismo. 

Naqueles dias falecera em Roma um grande amigo do Barão, o Conde de La Ferronays (1777-1842), ex-embaixador da França junto à Santa Sé. 

Assim, Bussières convidou Ratisbonne para acompanhá-lo à igreja de Sant’Andrea delle Fratte a fim de tratar de uma cerimônia fúnebre pelo falecido. Concordou de mau grado, pois o judeu detestava a religião católica, mas como turista iria para apreciar as obras de arte daquela igreja romana. 

Após tratar do assunto da cerimônia, o Barão de Bussières voltou para o centro da igreja e se deparou com uma grande surpresa: Ratisbonne ajoelhado em frente ao altar lateral de São Miguel Arcanjo! O judeu rezando fervorosamente, extasiado, maravilhado. 

Banhado em lágrimas, disse ao amigo que tinha visto Nossa Senhora numa aparição sobre o altar. Pela descrição que fez, tratava-se de Nossa Senhora das Graças, como aparece na Medalha Milagrosa [foto ao lado]

Ratisbonne achava-se completamente mudado, estava convertido, e queria mudar de vida. Ele se fez batizar. Alguns até consideram que ele tenha morrido em odor de santidade.

Naquele altar da aparição foi introduzido um quadro que representa Nossa Senhora segundo as descrições de Ratisbonne. Ela é chamada de Madonna del Miracolo (Nossa Senhora do Milagre). 

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 20 de janeiro de 1973. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 853, Janeiro/2022

17 de janeiro de 2022

A Providência, que abate com uma mão, ampara com a outra

 


✅  Plinio Maria Solimeo

A Providência Divina tem seus caminhos, imperscrutáveis para os que não têm fé. Às vezes parece provar desproporcionadamente pessoas que fazem tudo para Lhe serem fiéis e andar nas suas vias. Foi o que sucedeu com uma piedosa família de nove filhos cuja casa foi devorada por um incêndio, ficando todos na rua da amargura. 

A família de David Goodwin, residente em Wynnum, na região de Brisbane (Austrália), é muito conservadora. Segue em tudo a doutrina tradicional da Igreja, procurando que sua numerosa prole trilhe o mesmo caminho. Além dos nove filhos, perderam quatro, que não sobreviveram. Eles se vestem de acordo com a modéstia cristã, não têm televisão, videogames, smart-phones, tabletes ou dispositivos musicais pessoais. Nem mesmo celulares conectados com as redes sociais. 

Isso é totalmente incompreensível para o homem do século XXI. Contudo, o casal David e Belinda — ela uma médica de 43 anos, ferrenhamente contrária ao aborto e a outras aberrações do mundo moderno — se comprometeu a resistir às “pressões modernas para dar esses modernos dispositivos aos filhos, porque eles não somente podem ser daninhos e perigosos para as crianças, mas também desnecessários”, afirma Belinda. Ela acrescenta que “sem televisão, as crianças não veem muitas formas imorais em que vivem as pessoas [hoje em dia]; e, pelo contrário, passam seus anos mais formativos sendo instruídos por nós no que está bem, evitando o mal. Não estão assim expostas às imagens ou comportamentos inapropriados que seus olhinhos inocentes simplesmente não deveriam ver”. 

Muita gente se esquece de que antes de todos esses aparelhos modernos existirem, as famílias viviam muito bem, desfrutando do convívio familiar e dos mais próximos. Os filhos, geralmente numerosos, eram muito unidos e praticamente bastavam a si mesmos. O que explica que os filhos dos Goodwin aceitem alegremente essas aparentes limitações, não se importando sequer com a pressão dos companheiros de escola. Pois, diz a mãe, “eles são os melhores amigos um dos outros, tanto que o maior problema é fazê-los ir para a cama, pois ficam despertos até tarde conversando animadamente todas as noites”. 

Muitos perguntariam como essas crianças empregam seu tempo sem esses dispositivos modernos. Elas têm muitas atividades, pois se ocupam com “uma combinação de estudo, violino, balé, jogo de rugby, debates e atividades extra-escolares”. Passam o tempo “brincando ao ar livre, lendo um bom livro, falando ou jogando”. Convém ressaltar que esse bom hábito da leitura, que está desaparecendo, sobretudo entre os jovens, entretém e ajuda a formação. De onde ser necessário para os Goodwin ter uma biblioteca “com uma grande seleção de livros”. Quer dizer, livros escolhidos a dedo, para não corromperem a fé e a moral, e ajudarem não só a distrair, mas a formar o caráter. O mais importante é que “nossos filhos vão à Missa, rezam o Rosário com a família diariamente, frequentam regularmente (o sacramento da) confissão, e visitam (Jesus no) Santíssimo Sacramento”. 

Tudo nessa família é feito com conta, peso e medida: “Os filhos maiores têm endereço de correio eletrônico, principalmente para o trabalho escolar. Com exceção de Tom [o mais velho], que terminou a escola, os outros meninos não estão nas redes sociais”

Esses conscienciosos pais ensinam seus filhos “a serem fortes, líderes, a sempre defender o que é certo, ainda que ninguém mais o faça”. Mas para isso, como afirma Belinda, “preciso ser para eles um exemplo vivo do que é certo, desde a maneira como me visto, falo, atendo às questões que contam”. E para isso, “rezo regularmente a Deus para que me ajude a ser uma mãe e esposa melhor, pois tenho meus defeitos”. 

E acrescenta: “Eu criei o hábito de rezar para que se cumpra a vontade de Deus em minha vida e na vida de minha família […], pois é ao fazer a santa vontade de Deus que seremos mais felizes. Minha força para ser mãe e esposa está firmemente ancorada em Cristo, em Nossa Santíssima Mãe Maria e nos ensinamentos da Santa Igreja Católica. Nosso trabalho é levar nossos filhos para o Céu, e isso requer paternidade intencional.” 

Como resultado dessa educação genuinamente católica, Tomás, o primogênito, de 17 anos, “é um grande exemplo para os outros filhos”. “Ele se tornou um homem de caráter e moral forte, e David e eu estamos muito orgulhosos dele”. “Assiste à missa e vai à confissão durante a semana, bem como com a família aos domingos.” Tendo completado seus estudos intermediários, trabalha e estuda Artes Liberais. E, como seus irmãos, reza o Rosário todos os dias. 

O incêndio que não destruiu a família 

A casa dos Goodwin em Wynnum dava para a costa, na pitoresca Waterloo Esplanade. 

Tudo começou numa tranquila tarde de setembro por volta das 14h15, quando a Sra. Goodwin descansava em seu quarto e oito de seus nove filhos desfrutavam um dia livre sem escola, divertindo-se entre si. Cinco deles estavam num quarto ao lado, as duas meninas mais novas com a mãe, e um dos meninos maiores no porão, rezando o terço. O filho mais velho e o pai, David, estavam trabalhando. 

De repente, as crianças notaram que um fogo irrompera entre a parede dupla que separava os dois quartos. É preciso dizer que na Austrália, como nos Estados Unidos, geralmente as divisões internas das casas não é de alvenaria, mas de placas de gesso e papelão revestidas com material isolante, por onde passa a fiação elétrica. Possivelmente um curto-circuito provocou o incêndio. 

Assustadas, as crianças correram para acordar a mãe. Quando Belina entrou no quarto vizinho, viu que o fogo estava se alastrando. Agarrou os filhos menores e gritou para os outros descerem rapidamente escada abaixo, em direção à rua. “Eu levei as crianças para o outro lado da estrada e, quando olhei para trás, todo o andar de cima havia sumido”, disse ela. 

Em poucos minutos eles ficaram reduzidos à roupa do corpo, e a dois pares de sapatos para toda a família, pois as crianças brincavam descalças. 

Sala de jantar da família Goodwin, antes do incêndio
O Sr. Goodwin estava em uma reunião na cidade quando recebeu uma ligação de sua filha comunicando-lhe que a casa estava pegando fogo. Sua primeira reação foi dizer: “Certifique-se de que as crianças estão fora, e conte-as uma por uma”. Depois insistiu meia dúzia de vezes para que ela contasse novamente os irmãos. Ligou também para o filho que estava no trabalho, pedindo-lhe que fosse com urgência para casa, e também se certificasse de que todas as crianças estavam a salvo. 

Chegando em casa, o aflito pai comentou: “Você anda na rua, de um lado está a casa queimando e do outro a sua família”. E conclui: “Em uma fração de segundo você vê o que é realmente importante!” 

A família perdeu muito no incêndio — relíquias de família, jóias, roupas, livros, mochilas escolares, uniformes, sapatos, violinos, aparelhos domésticos, cartões de crédito... 

A mão da Providência 

Mas a Providência Divina, “que abate com uma mão, ampara com a outra”. Como a família Goodwin era muito querida, uma onda de apoio da comunidade veio em seu auxílio. Em poucas horas, o povo de Wynnum, a comunidade católica e a família lhes forneceram “uma loja inteira” cheia de produtos úteis: sofás, geladeiras, lancheiras, livros e bolsas. O professor de música providenciou todos os violinos para os músicos iniciantes. 

Emocionada, comenta a Sra. Goodwin: “Esta é a primeira vez que vejo uma bondade enorme e avassaladora [...] pessoas que tinham muito menos do que nós nos dando tanto.”

Para ela, as crianças reagiram bem ao incêndio. Notou que o fogo mudou até mesmo a forma como elas passaram a praticar a sua fé: era a “hora extra” “de adoração ao Santíssimo ou missa, o tempo extra de oração”, disse ela. “Se um de nossos filhos estiver melhor na vida, mantendo sua fé como consequência disso, faríamos tudo de novo amanhã”, afirmou agradecida Belinda Goodwin. 

Os Goodwins foram passar o Natal em Toowoomba, com a família do marido. David comentou que, nesse Natal, era importante lembrar em frente ao presépio, pois “Deus não entrou em uma família rica, Ele veio em uma muito pobre”. “E durante todo o caminho, José e Maria foram providos; eles tinham de dar um passo constante na fé, e é isso que eu acho que os católicos devem fazer”. E acrescentou: “Acho que devemos perder muitos de nossos luxos e de nosso materialismo. “Quando você passa por um desses (eventos da vida), é um lembrete muito rápido e fresco do que realmente importa”. Quer dizer, viver como bons católicos, com a convicção de que “Deus provê, Ele realmente provê.” E assim foi, pois em três semanas a família conseguiu encontrar um aluguel adequado para nove filhos. 

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Fontes: Intentional parenting in the way of God, how nine brothers and sisters become ‘the best of friends’ by Selina HYPERLINK "https://catholicleader.com.au/author/selina-venier/" HYPERLINK "https://catholicleader.com.au/author/selina-venier/" HYPERLINK 

"https://catholicleader.com.au/author/selina-venier/"Venier. 26 March 2019 - Updated on 1 April 2021 
https://catholicleader.com.au/news/qld/family-of-11-escapes-house-fire-by-the-grace-of-god/

Family of 11 escapes house fire by the grace of God by Joe Higgins. 25 December 2021 

https://catholicleader.com.au/news/qld/family-of-11-escapes-house-fire-by-the-grace-of-god/ 

Esta familia de 9 hijos escapó del incendio de su casa: una gran lección magistral de la Providencia. J.L. / ReL 11 enero 2022. https://www.religionenlibertad.com/vida_familia/567372339/familia-goodwin-hijos-incendio-providencia.html?eti=3048#%23STAT_CONTROL_CODE_3_567372339%23%23

13 de janeiro de 2022

As telas digitais formam uma “fábrica de cretinos”?


A
fábrica de cretinos digitais é o chocante título do livro do neurocientista Michel Desmurget, que elenca os efeitos das telas digitais. 

Ele comprovou “constante bombardeio perceptivo; desmoronamento das trocas interpessoais; perturbação quantitativa e qualitativa do sono; amplificação das condutas sedentárias; insuficiência de estimulação intelectual crônica”

Desmurget é equilibrado na crítica, mas o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) visualiza uma avalanche de transtornos mentais entre os jovens. As crianças não nascem sabendo mexer com computadores e os videogames não tornam os jovens mais habilidosos e inteligentes.


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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 852, Dezembro/2021.

6 de janeiro de 2022

Canja de galinha e senso do ridículo não faz mal a ninguém...

 


Como uma boa dose do senso do ridículo faz muito bem e sua falta produz muitos constrangimentos, aqui seguem alguns pensamentos sobre tal senso que nem todo mundo possui...


“Entre querer ser e pensar que já é radica a distância entre o sublime e o ridículo.”
(José Ortega y Gasset)
 
“Do sublime ao ridículo não há senão um passo.”
(Napoleão Bonaparte)
 
“Aquele que tenta parecer uma autoridade no campo da verdade e do conhecimento se põe em ridículo perante os deuses.”
(Albert Einstein)
 
“O que há de mais vulgar em todos nós é termos medo de sermos ridículos.”
(Fernando Pessoa)
 
“Um dos defeitos mais gerais, entre nós, é achar sério o que é ridículo, e ridículo o que é sério.”
(Machado de Assis)
 
“O modo de se vestir é uma preocupação ridícula. Mas é muito ridículo para um homem não estar bem vestido.”
(Philip Chesterfield)
 
“A exibição dos ímpios tornava as pessoas boas, assim como a exibição dos ridículos tornava de bom gosto as pessoas.”
(Antoine de Rivarol)
 
“Se existem coisas cujo ridículo não é evidente, é porque não procuramos bem.”
(François de La Rochefoucauld)

1 de janeiro de 2022

Colapso das instituições e revigoramento da onda conservadora, enquanto a velha esquerda definha

 


Em muitos países uma esquerda exausta confronta uma direita florescente, como em nossa Pátria, onde um Brasil de superfície confronta um Brasil profundo. 

Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 853, Janeiro/2022 

La Cumbre Vieja, o vulcão da ilha espanhola La Palma (Arquipélago das Canárias), que entrou em erupção no dia 19 setembro de 2021, transformou-se em 22 de dezembro na mais longeva erupção vulcânica em 373 anos. Com seu poder de fogo, devorou casas e lavouras, forçando a retirada de moradores e turistas. Um fenômeno que bem pode representar a situação catastrófica da Santa Igreja e das nações neste último ano. 

Com efeito, fomos assistindo ao longo dele a um espetáculo de horror em 365 capítulos, acompanhando assim os diversos acontecimentos, quer religiosos, quer temporais. 

Uma assombrosa Revolução Cultural foi demolindo dia a dia os vestígios da civilização. Nesse processo revolucionário anticivilizatório — rumo a uma sociedade tribalista regida por um governo mundial —, um verdadeiro pandemônio foi dominando o cenário político, nacional e internacional, cultural e religioso. 

Entretanto, vendo apenas um dos capítulos da série de horror, não se tem ideia de como a ‘pandemia’ do non sense contagiou as instituições e as mentes das pessoas em todos os cantos do mundo. 

Para que se possa ter uma visão geral do avanço desse processo, o qual poderá provocar grandes catástrofes, sobretudo morais, impõe-se uma análise séria do conjunto dos acontecimentos, que certos setores da mídia são hábeis em abafar os importantes e divulgar com o maior estardalhaço os medíocres. Hábeis também em criar “cortinas de fumaça” para que o público em geral não veja com clareza, por exemplo, o grande incremento das reações conservadores que em 2021 notamos em muitos setores da opinião pública. 

Para não nos deixarmos embair por esses inescrupulosos interesses midiáticos, cumpre não somente dizer a verdade, mas apontar os erros nua e cruamente, doa a quem doer. 

É o que faz a matéria de capa da edição da revista Catolicismo deste mês [capa acima], comentando e analisando o ano velho, a fim de nos prepararmos para os imprevistos do novo ano. Como jornalistas católicos, seguimos a orientação dada pelo Papa Leão XIII: “Não diga nada falso, não cale nada verdadeiro”

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