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23 de abril de 2014

A verdade nua e crua sobre a “teoria do gênero”



Leo Daniele


“Le Figaro” de Paris publicou, em 31 de janeiro de 2014, o fracasso da primeira tentativa de comprovação da “teoria do gênero”, que culminou com o suicídio do jovem Bruce- Brenda-Davi (seus três nomes, como homem, mulher e homem!).(*) [foto acima]

As ideias do prof. John Money, que definiu o “gênero masculino ou feminino” como uma conduta sexual que escolhemos adotar, a despeito de nosso sexo de nascença, foi testada, em primeiro lugar, em Bruce, um menino canadense. Ele foi submetido a uma cirurgia de mudança de sexo e desde os oito meses passou a se chamar Brenda. Recebeu a princípio um tratamento hormonal, pois se pretendia retirar seus órgãos genitais depois de quatorze meses. Doravante, uma menina, a “Brenda”, usava saias e brincava com bonecas.


Mas diz um velho ditado: “Expulsai o natural, e ele voltará a galope”. Na adolescência passou a ter uma conduta masculina, o que obrigou os pais a lhe contar a verdade. Cirurgicamente, ele volta a ser homem, passa a chamar-se Davi — terceiro nome em sua existência — e se casa aos 24 anos. Entretanto, o trauma das mudanças de sexo causa um descompasso em sua vida, e ele se suicida. 

Basta! “Teoria do gênero”, escolher o próprio sexo, isto é demais para pessoas mentalmente normais! E pode transformar-se em uma monstruosidade legislativa. Se for necessário submeter à nossa aprovação o que Deus nos deu, o que a natureza nos deu, aonde chegaremos? 

É o cúmulo da revolta contra o Criador! Se chegado a determinada idade, teremos que dar aval àquilo que somos, se tudo é sujeito à nossa aprovação? 

Em definitiva, as crianças, nessa lógica, devem ser convidados a decidir se querem continuar vivendo ou se preferem morrer, sob o suave e criminoso jugo de um suicídio sem dor. Que certa classe de deputados não nos leiam, sob pena de quererem transformar este absurdo dos absurdos lei! Pois se é necessário escolher o sexo, por que não escolher também, em criança, entre a morte e a vida? É próprio dos absurdos virem em cascata. 

Para os que se esqueceram de sua própria natureza, aqui incluo algumas sentenças da sabedoria milenar a respeito, que vi por acaso preparando este artigo: 
“Não se vence a natureza senão lhe obedecendo” 
“Colocai uma rã sobre um trono de ouro, e logo ela saltará para o lodo” 
“Mesmo lavado com água de rosa, o alho não perderá seu odor” 
“O cão permanecerá cão, mesmo se for criado entre leões” 
“Um lobo ensinado sonha sempre com a floresta” 

A própria Sagrada Escritura homologa tais pensamentos, perguntando: “Um leopardo mudará suas manchas?” (Jeremias, XIII,23) 

Se o gênero humano tivesse algum inimigo mortal que o quisesse rebaixar, vilipendiar e humilhar, ele deveria estar empenhado na teoria do gênero. E não tem? É o demônio, o anjo das trevas. 

Um único pecado contra a natureza, diz o Catecismo, é um ato que “brada aos céus, e pede a Deus vingança”. Que dizer dessa escolha de sexo? 

Certos setores da midiagogia — perdoem o neologismo — tem escondido cuidadosamente os fatos aqui relatados. Portanto, vale a pena os comentar. Comente-os, pois.

____________ 
Nota: (*) Theórie du genre: comment la premiére expérimentation a mal tourné (Teoria de gênero: como seu primeiro experimento fracassou) publicado na edição de 31 de janeiro de 2014 de “Le Figaro”, Paris.

O exemplo da Suécia

Um país totalmente contaminado pela ideologia de gênero

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
O Projeto de Lei 8035/2010, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, trazia termos próprios da ideologia de gênero: “igualdade de gênero e de orientação sexual”, “preconceito e discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”. O Senado Federal, porém, em dezembro de 2013, aprovou um substitutivo (PLC 103/2012) que eliminou toda essa linguagem ideológica. De volta à Câmara, o projeto agora enfrenta a fúria dos deputados do PT e seus aliados, que pretendem reintroduzir o “gênero” no PNE, a fim de dar uma base legal à ideologia que o governo já vem ensinando nas escolas. O relator Angelo Vanhoni (PT/PR) emitiu em 09/04/2014 um parecer pela rejeição do inciso III do artigo 2º do Substitutivo do Senado Federal (sem “gênero”) e pelo retorno, em seu lugar, do inciso III do artigo 2º do texto da Câmara dos Deputados (com “gênero”). 

Nem todos compreendem a importância e a extensão do problema. A vitória da ideologia de gênero significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa informe, apta a ser dominada por regimes totalitários. 

Alguns Bispos já alertaram a população para o perigo: Dom Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)[1], Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen (RS), Dom Antônio Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba (MG), Dom José Benedito Simão, Bispo de Assis (SP) e Dom Fernando Rifan, Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianey. 

Se quisermos, porém, ver o que é um país dominado pela ideologia de gênero, basta olharmos para a Suécia. 


Pais isolados das crianças 

Os dados a seguir foram extraídos de uma entrevista feita em 2011 pelo portal LifeSiteNews a Jonas Himmelstrand[2], um experiente educador sueco, autor do livro “Seguindo seu coração: na utopia social da Suécia”[3], publicado em 2007 e ainda pendente de tradução. 

Na Suécia, as crianças de um ano de idade são enviadas para as creches subsidiadas pelo Estado, onde permanecem desde a manhã até o entardecer. Enquanto isso, os pais ficam trabalhando fora do lar (a fim de arcarem com os elevados impostos cobrados), inclusive a mãe, pois a ideologia de gênero impede a mulher de ficar “trancada em casa e no fogão”, conforme uma expressão sueca. Num país de aproximadamente 100.000 nascimentos anuais, as estatísticas mostram que das crianças suecas entre 18 meses e 5 anos de idade, 92% estão nas creches. 

“Você não é forçado a fazer isso… propaganda é uma palavra forte”, diz Himmelstrand, “mas as informações sobre os benefícios das creches” vindas dos meios de comunicação e outras fontes “fazem os pais que mantêm seus filhos em casa até os 3 ou 4 anos de idade se sentirem socialmente marginalizados”. 

Segundo Himmelstrand, “o problema central do modelo sueco é que ele está financeiramente e culturalmente obrigando os pais e as mães a deixar nas creches seus filhos a partir da idade de um ano, quer eles achem que isso é certo ou não”. 


Crianças massificadas nas escolas 

O currículo nacional da Suécia procura combater os “estereótipos” de gênero, ou seja, os “papéis” atribuídos pela sociedade a cada sexo. A escola “Egalia”[4], do distrito de Sodermalm, em Estocolmo, evita o uso dos pronomes “ele” (han) ou “ela” (hon) quando se dirige aos mais de trinta meninos e meninas que lá estudam, com idade de um a seis anos. Em vez disso, usa-se a palavra sexualmente neutra “hen”, um termo inventado que não existe em sueco, mas que é amplamente usado por feministas e homossexuais. A escola contratou um “pedagogo de gênero” para ajudar os professores a removerem todas as referências masculinas ou femininas na linguagem e no comportamento. Os blocos Lego e outros brinquedos de montar são mantidos próximos aos brinquedos de cozinha, a fim de evitar que seja dada qualquer preferência a um “papel” sexual. Os tradicionais livros infantis são substituídos por outros que tratam de duplas homossexuais, mães solteiras, crianças adotadas e ensinam “novas maneiras de brincar”. Jenny Johnsson, uma professora da escola, afirma: “a sociedade espera que as meninas sejam femininas, delicadas e bonitas e que os meninos sejam masculinos, duros e expansivos. Egalia lhes dá uma oportunidade fantástica para que eles sejam qualquer coisa que queiram ser”. 


“Educação sexual” 

Nas creches e escolas, totalmente fora do controle dos pais, as crianças são submetidas a uma “educação sexual”. Johan Lundell, secretário geral do grupo sueco pró-vida “Ja till Livet” (Sim à vida) explica que se ensina às crianças que tudo que lhes traz prazer é válido[5]. Os professores são orientados a perguntar aos alunos: “o que te excita?”. Segundo Lundell, o homossexualismo foi tão amplamente aceito pelos suecos, que “nos livros de educação sexual, eles não falam em alguém ser heterossexual ou homossexual. Tais coisas não existem, pois para eles todos são bissexuais; é apenas uma questão de escolha”. 

Lundell cita uma cartilha publicada por associações homossexuais e impressa com o auxílio financeiro do Estado: “Eles escrevem de maneira positiva sobre todos os tipos de sexualidade, qualquer tipo, mesmo os mais depravados atos sexuais, e essa cartilha entra em todas as escolas”. 


Perseguição estatal 

Na esteira da ideologia de gênero, a Suécia aprovou uma lei de “crimes de ódio” que proíbe críticas à conduta homossexual. Em julho de 2004, o pastor pentecostal Ake Green foi condenado a um mês de prisão por ter feito um sermão qualificando o homossexualismo como “um tumor canceroso anormal e horrível no corpo da sociedade”[6]. 

Os pais são proibidos de aplicar qualquer castigo físico aos filhos, mesmo os mais moderados. Em 30 de novembro de 2010, um tribunal de um distrito da Suécia condenou um casal a nove meses de prisão e ao pagamento de uma multa equivalente a R$ 23.800,00. O motivo foi que os pais admitiram que batiam em três de seus quatro filhos como parte normal de seus métodos de educação. Embora os documentos apresentados não relatassem nenhum tipo de abuso e o próprio tribunal admitisse que os pais “tinham um relacionamento de amor e cuidado com seus filhos”, as crianças foram afastadas da família e enviadas para um orfanato estatal[7]. 

Em junho de 2009, o governo sueco tomou do casal Christer e Annie Johansson o seu filho Dominic Johansson, depois que a família embarcou em um avião para se mudar para o país de origem de Annie, a Índia. O motivo alegado é que o casal, em vez de enviar seu filho para as escolas estatais, havia resolvido educá-lo em casa, uma prática conhecida como “home scholling” (escola em casa), amplamente praticada nos Estados Unidos e outros países, com excelentes resultados pedagógicos. As autoridades suecas, porém, decidiram remover permanentemente Dominic de seus pais, alegando que o ensino domiciliar não é um meio apropriado para educar uma criança[8]. 


Aborto

Entre 2000 e 2010, quando o resto da Europa estava dando sinais de uma redução da taxa anual de abortos, o governo sueco divulgou que a taxa tinha aumentado de 30.980 para 37.693. A proporção de abortos repetitivos cresceu de 38,1% para 40,4%. – o mais alto nível já atingido – enquanto o número de mulheres que tinha ao menos quatro abortos prévios cresceu de 521 para aproximadamente 750. A Suécia é o único país da Europa em que o aborto é permitido por simples pedido da gestante até 18 semanas de gestação. Menores de idade podem fazer aborto sem o consentimento dos pais e os médicos não têm direito à objeção de consciência[9]. 


Decadência social 

Segundo Himmelstrand, tudo na Suécia dá sinais de decadência: adultos com problemas de saúde relacionados com “stress”, jovens com declínio na saúde psicológica e nos resultados escolares, grande número de pessoas com licença médica e a incapacidade dos pais de se conectarem com seus filhos[10]. 

Para Lundell, a Suécia quis criar um “socialismo de famílias” por meio de uma “engenharia social”[11]. Os frutos são patentes: casamentos em baixa, divórcios em alta, a família assediada e oprimida pelo totalitarismo estatal. 

Convém olhar para o exemplo sueco antes de se votar a reintrodução da ideologia de gênero no PNE. É a própria família brasileira que está em perigo. 
____________________
Ligue para o Disque Câmara 0800 619 619 – Tecle “9”: Desejo enviar uma mensagem aos membros da Comissão que votará o Plano Nacional de Educação (PL 8035/2010). 

Solicito a Vossa Excelência que vote pela rejeição do parecer do relator e pelo retorno ao substitutivo do Senado, que elimina do texto a ideologia de gênero. A família brasileira agradece.



Anápolis, 21 de abril de 2014 
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz 
Presidente do Pró-Vida de Anápolis 

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[1] Reflexões sobre a ‘ideologia de gênero’, 25 mar. 2014, em http://arqrio.org/formacao/detalhes/386/reflexoes-sobre-a-ideologia-de-genero. 
[2] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/ 
[3] http://www.jhmentor.com/eng_follow_heart.html 
[4] http://www.lifesitenews.com/news/gender-madness-swedish-pre-school-bans-him-and-her 
[5] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden  
[6]http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2004/jul/04070505 
[7] http://www.lifesitenews.com/news/swedish-parents-jailed-for-spanking-children-seized/ 
[8] http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2009/dec/09122304 
[9] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden 
[10] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/ 
[11] 
htp://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden