Nereu Augusto Tadeu de Ganter Peplow
Peço perdão, inicialmente, pela extensão do texto, mas não saberia expressar com menos palavras o que penso a respeito e, então, trata-se do seguinte: Quando alguém está errado, pouco irá se importar com a existência da verdade.
Para simplificar, o erro é a verdade. Um erro sustentado com veemência acaba se institucionalizando. E assim nascem os fanáticos. Fanático vem do latim “fanum” — templo – e designava aqueles que entravam no templo, ao contrário dos profanos ("pre fanum"), que eram os que ficavam à entrada do templo.
Assim foram chamados, em certa época, os sacerdotes da deusa grega Belona (origem dos termos “bélico”, “belicoso”, “beligerante”, guerreiro), a versão feminina do deus da guerra Marte. Esses sacerdotes percorriam a cidade vestidos de preto e armados de machados de dupla lâmina, tocando trombetas, dançando nus e se lacerando com punhais.
Com o passar do tempo, o termo fanático passou a ser aplicado aos que demonstram exagerado ardor religioso ou que se mostre entusiasmado demais por uma idéia.
Dessa forma, em nossa civilização, nasceram e foram se desenvolvendo comportamentos que, por seu ineditismo e oportunidade, passaram a requerer qualificação própria e, gerados por um sistema político-social dominante, foram sendo batizados a bel prazer, segundo as regras da orwelliana novilíngua.
Por traz de tudo isso reside, impávido colosso, a tirania. A tirania do fanatismo. Expressão que me parece uma tautologia, um “bis in idem”; enfim, uma redundância. Indo direto ao ponto, a tirania impôs a idéia de que o homossexualismo, ou seja, a prática de sexo entre indivíduos de sexo — ou gênero — semelhante, isto é, um homem com um homem e uma mulher com uma mulher, deverá ser considerado como uma atividade corriqueira e tão integrante da natureza humana quanto um sujeito sair de casa de manhã para ir trabalhar.
A despeito da consuetudinária e legal verdade no sentido de que um casal é composto de indivíduos de sexos diversos. Do contrário não teremos um casal, mas sim um par. Um “par de dois”, voltando à tautologia.
Determinou-se, então, de modo artificial, como de costume, que aquele que se indispuser contra tal convenção social fosse chamado de “homofóbico” e, mais que chamado, criminalizado, penalizado, tipificado, punido e sentenciado.
Mas, se existe algo que me incomoda em particular, é a burrice, especialmente quando é crônica. Homofóbico, ao que me consta, é algo que não existe. Mas foi criado e teve que passar a existir, pelos poderes de outra tirania, a semântica.
Se não, vejamos: Etimologicamente falando, o termo homofobia (que não existe, foi construído) é constituído de um radical e um sufixo gregos: “homos”, que significa “semelhante” e “phóbos” que significa terror, medo, horror, ou medo mórbido de algo, sejam atos ou situações.
Em suma, homofóbico seria aquele que tem terror, medo, horror, do que lhe é semelhante. Até aqui, portanto, não se vê conotação sexual na coisa toda. Pode ser que signifique alguém ter medo do próprio vizinho, ou do gênero humano de um modo geral. Existe, no entanto, uma palavra consagrada pelo uso (uso antigo, é claro, porque hoje é ignorada pela própria existência da “ignorantzia”), que é “homogamia”. Homogamia sim, posso entender, que tem origem no grego “homógamos” que define aquele que está casado com alguém da mesma condição sexual, seria um termo que eu aceitaria que entrasse em discussão. Mas, homofobia? Como e com quem eu posso discutir algo que não existe? E, embora inexistente, céus, quanto incômodo!
O correto seria a mídia (incluindo professores de gramática) difundir que a forma correta de expressar o sentimento contrário à união entre pessoas do mesmo sexo seria "anti homogâmico" e não "homofóbico", cuja etimologia não leva a nada... mas, como a burrice impera...
5 comentários:
Vestidos de preto e dançando nus? pode explicar melhor?
Caro leitor. Grato pelo interesse. Embora as descrições estejam na mesma construção, ou mesmo período, ou mesma oração, comqueira, as locuções se referem a diferentes circunstâncias, diferentes momentos. Ao caminhar, as pessoas caminham vestidas e, no caso, de preto. Ao dançar, ou festejar, alguns o faziam nús. Não sou professor de História. Apenas me reportei a conhecimentos antigos, obtidos nos bons e velhos tempos dos bancos escolares, naquilo que minha memória me auxiliou. Espero que o resto do texto tenha sido satisfatório. Atenciosamente, Nereu.
compreendi. Parabéns pelo blog.
Caro Paulo:-
D. Murilo Krieguer, que agora é o Primaz do Brasil, quando era Bispo auxiliar de Florianópolis, proferiu uma palestra, onde ele disse, que a melhor definição de fanático é um ignorante que se entusiasma por alguma coisa!!! Creio que esta definição de D. Murilo se encaixa perfeitamente a estes militantes gays!!!
Um grande abraço:-
Alexandre.
PS:- O Gabriel esteve na nossa manifestação Pró-Vida, no dia 28/21/2011!!!
Sr. Paulo, o Dep. Jean Wyllis sofreu novos contra-ataques de católicos por ter caluniado o Papa, neste começo de ano este tipo está rodando sem parar por causa de católicos que resolveram defender as Leis de Deus:
http://sentircomaigreja.blogspot.com/2012/01/retratesedepjeanwyllys-fica-por-quase.html
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